Capítulo Cinquenta - Livro 2

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desculpem a demora dnv

*Emma*

Consegui por milagre reunir toda a minha família em casa num dia de semana e disse para eles que precisávamos ter uma conversa junto com Henri, quando o mesmo chegou percebi a tensão com meus pais ao ver que a expressão dele não era muito boa.

- Entre e sente-se.

- Boa tarde - Henri diz.

Quando todos se sentaram Henri jogou a certidão de nascimento na mesa.

- Vou ser bem direto: o que é isso?

Meus pais se entreolharam.

- Onde achou isso? - meu pai perguntou.

- Por favor, só me diga.

- Tudo bem, vamos contar tudo.

***
*Henri*

- Se vocês já se conheciam por que agiram como se nunca tivessem se visto antes? - Hugo perguntou para minha mãe.

- E vocês dois também fingiram que estavam se conhecendo naquele momento. Se são primos e o senhor ainda chegou a morar com ele quando seus pais morreram por que fizeram isso?

- É ai que entra a outra parte da história, quando vocês quatro estavam prestes a chegar em nossas vidas.

Sem querer meus olhos se encontraram com os de Emma.

- Como a Mari disse, ela e sua mãe sempre foram apaixonadas por mim na época da escola, o que acarretou em algumas brigas as vezes.

- Quando ficamos adultas sua mãe e a Chloé foram trabalhar na nossa empresa, teria uma festa de boas vindas para nossa amiga Kioko e seria na vasa dela, quase todos os funcionários da empresa foram convidados e a Lila era uma delas.

Cruzei os braços e concordei, queria muito saber onde o Agreste no meu nome se encaixava e até agora só ouvi sobre duas adolescentes apaixonadas pelo mesmo garoto.

- O problema da Lila - Adrien disse - era ser sempre muito golpista, ela gostava de fingir que tinha coisas valiosas e que conhecia pessoas importantes. Nunca achei que tenha sido por mal, talvez um jeito de fugir da realidade que tinha e como era nova na escola essa foi a forma que achou para fazer amigos.

- Mas ai ficamos adultos e ela não podia mais inventar coisas como se ainda tivesse no ensino médio, então ela realmente tentou dar o golpe para ficar rica.

- Na noite da festa da Kioko, eu e sua mãe - ele apontou para mim - acabamos indo para a minha casa e dormindo juntos, mas nunca mais aconteceu assim como nem eu e nem ela falamos sobre isso em outra ocasião.

- Exceto pelas piadinhas que ela jogava as vezes - Marinette disse revirando os olhos.

Louis sussurrou algo no ouvido de Hugo que saiu quase que correndo em direção a escada que dá ligação aos quartos.

- Um mês depois, Marinette e eu começamos a namorar e logo eu a pedi em casamento em uma viagem de trabalho onde todos, inclusive Lila, estavam presentes.

- E é aí que começa o golpe.

- Quando chegamos de viagem a Marinette anunciou que estava grávida e tudo foi incrível pra gente.

Marinette suspirou.

- Até o dia seguinte quando sua mãe apareceu na casa dele onde eu estava e contou para ele que estava grávida dele.

Arregalei os olhos e um "uou" de Emma e Louis foi deixado escapar.

- Particularmente acho que ela contou com essa rapidez por ter visto que eu fui pedida em casamento.

Eu ainda estava atônito com a notícia da gravidez, pela distância de tempo não poderia ser outro bebê....se eu era o bebê então Emma, Louis e Hugo eram meus irmão, e se eles eram meus irmão eu tinha beijado minha irmã. Senti um enjoo quase que imediato ao pensar nisso, eu nem olhei mais para Emma para poder saber sua reação, apenas permaneci de cabeça baixa.

- Quanto mais os meses da gestação das duas corria, mais eu ficava desesperado de saber que teria dois filhos de uma vez e de mulheres diferentes. Marinette e eu casamos e descobrimos que teríamos trigêmeos.

Fechei os olhos, levantei a cabeça e engoli o vômito e a vontade de chorar que se embolavam na minha garganta, logo a abaixei novamente para não olhar para Emma.

- No dia do chá de bebê dos trigêmeos sua mãe entrou em trabalho de parto e eu tive que correr para vê-la e nossa....você sempre foi uma criança linda e idêntico a mim.

Esse foi o auge, corri para o banheiro mais próximo e vomitei tudo que estava no meu estômago atê aquele momento. Hugo entrou logo atrás de mim e quando parei de vomitar ele ajudou a limpar meu rosto.

- Relaxa cara, vocês nem sabiam disso.

- Mas tínhamos uma leve noção que poderíamos ter um certo parentesco, talvez primos distantes mas irmãos é demais pra mim.

Ele concordou - Te entendo, também vomitaria só de imaginar em beijar a feia da Emma, mas agora precisamos voltar e ouvir para meus pais não desconfiarem que você já enfiou a língua na garganta da sua irmã.

Senti meu estômago embrulhar novamente enquanto ele me puxava de volta para a mesa segurando minha mão.

- Você está bem? - Adrien perguntou e eu apenas concordei sem olhar para ele.

- Continuando, assim que te peguei no colo e brinquei com você na maternidade eu voltei para casa e encontrei Marinette e Luka se beijando, mas depois descobri que ela estava dormindo e ele subiu em cima dela depois de uma noite de bebedeira por estar triste com Zoe e Chloé, ele confundiu a Mari pois estava morando lá em casa. Eu sai de casa e fui morar num hotel e sua mãe e eu ficamos super próximos por sua causa. Te registramos, batizamos e fizemos tudo perfeito.

- Aí eu entrei em trabalho de parto na casa de Alya e Nino e como ele estava próximo por conta de um trabalho que ele estava fazendo com o Nino chegou a tempo de fazer o meu parto.

Louis me cutucou e colocou algo em minha mão.

- Coloque e se transforme na hora certa - sussurrou, abri a mão e vi o miraculous de Chat Noir, Plagg estava escondido juntamente com os outros kwamis. Assenti e coloquei o anel no dedo.

- Um tempo depois eu descobri que Lila estava tentando dar o golpe do baú e como não conseguiu engravidar de mim aproveitou que estava tento um caso com meu primo e a semelhança que eu tinha com ele para fingir que o bebê loirinho de olhos verdes era meu.

Soltei o ar que nem sabia que estava prendendo, um peso pareceu sair das minhas costas.

- Então você não é meu pai?

- Não, eu apenas deixei que você tivesse meu nome na certidão, provavelmente Félix disse ser Agreste para não te deixar confuso. Ele e eu somos parentes por parte de mãe e Agreste é o sobrenome do meu pai.

- Então eu sou um Grahan de Vanily?

Ele sorriu e negou - Se você tem Agreste na certidão você é um Agreste, e aliás, bem vindo a família.

Marinette riu - Espera, vocês não acharam que eram mesmo irmão não é? Se fossem irmãos nós sequer deixaríamos vocês dormirem na mesma casa, ou vocês acham que não sabemos que vocês já se beijaram por aí?

Emma e eu finalmente nos entreolhamos.

- Vocês não são irmãos, são primos de terceiro grau até porque nem meu irmão o Félix é.

- Eu aqui achando que tinha ganhado um irmão e você é só filho do primo do meu pai.

Hugo falou com um ar decepcionado e todos rimos.

- Tudo bem, agora expliquem isso.

Louis falou as palavrinhas mágicas e Emma em seguida, Hugo disse em seguida e logo eu na ordem que estávamos.

- Plagg, mostrar as garras!

Então olhamos para Adrien e Marinette, eles estavam travados e muito surpresos.

Miraculous: Um Internato - DuologiaOnde histórias criam vida. Descubra agora