Epilogo.

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Felicidade tem vários significados, o mais conhecido é, que quando se está feliz, você está em um estado de satisfação e equilíbrio psíquico e físico, em que sofrimento e angustia não estão presentes. Não era para Cereja esse o significado de felicidade. Na verdade depois de muitos anos, ela já não tinha mais palavras para descrever o que sentia, e resolveu nomear de amor, pois apenas felicidade não era o bastante para expressar tudo que ela estava sentindo.
"Você esqueceu de fechar o saco de pão outra vez". Bibi abriu a porta do quarto furiosa. Cereja estava sentada na cama com o notebook no colo resolvendo alguns problemas de sua galeria de arte.
"Eu não comi pão". Cereja disse rindo.
"ALICE". Bibi gritou fechando a porta do quarto. Alguns segundos depois a porta se abriu novamente e uma garotinha de olhos cor de avelã e cabelo castanho escuro olhou irritada para a mãe.
"Você me dedurou". Ela disse simples e fez uma carranca. Cereja sorriu.
"Desculpe, não ia levar a culpa por você outra vez". A loira falou e a garota suavizou sua expressão.
"DESCULPA MAMÃE". A garota gritou antes de fechar a porta e sair à procura de Bibi.
"VOCÊS SÓ SABEM GRITAR? PARECE CASA DE LOUCO". Cereja gritou para a porta, segundos depois a porta se abriu e duas morenas apareceram rindo. Bibi e a pequena Alice se jogaram na cama e sorriram.
"Mamãe, tio Walter ainda vai vir jantar em casa hoje?". Pequena Alice que tinha seus 7 anos de idade falou sorrindo para Bibi.
"Sim". Bibi falou sorrindo e deu um selinho em sua esposa. "Por que o interesse?". A morena perguntou desconfiada.
"Nada". A pequena garotinha falou corando.
"Que bom, pensei que isso tivesse a ver com o Erick". Cereja falou sorrindo, sem tirar os olhos do computador.
"Não". Alice falou ficando mais envergonhada, e Bibi levantou uma sobrancelha em questionamento. "Talvez um pouquinho". A pequena falou corando mais. Cereja fechou o notebook e abraçou suas duas garotas.
"Se ele chegar muito perto de você, você me avisa". Cereja falou sorrindo. E a pequena Alice revirou os olhos.
"Ele é apenas meu amigo". A garotinha falou e sorriu.
"Vai tomar banho que jaja eles estarão aqui". Bibi falou sorrindo.
"Tudo bem". A pequena concordou e saiu do quarto.
Bibi deitou no ombro de Cereja e perguntou sorrindo.
"Como que está a galeria?".
"Muito bem, estava terminando de passar uns e-mails, acho que vou conseguir tirar as tão sonhadas férias para viajarmos". Cereja falou sorrindo.
"Na mesma época que as minhas férias?". Bibi perguntou com os olhos brilhando.
"Sim, na mesma época das suas". Cereja falou sorrindo e elas começaram a se beijar. O que as duas mais amavam, é que mesmo depois de tanto tempo, seus estômagos ainda reviravam a cada beijo e a cada toque, a cada palavra sussurrada enquanto faziam amor, e em cada gesto de carinho.
Cereja assistia a peça de Bibi uma vez por semana, sempre na primeira fila aplaudia de pé por vários minutos, e levava um buque de rosas brancas para a morena a parabenizando assim que a peça acabava.
A loira ficou preocupada no começo, pensou que talvez a homossexualidade de Bibi pudesse atrapalhar sua carreira, mas isso nunca aconteceu. A Broadway não se importava com isso, e com o sucesso que teve nos palcos, conseguiu algumas participações em filmes e séries. Bibi era conhecida, e sua carreira um sucesso. Com um começo muito conturbado, e muito apoio vindo de Cereja, a morena tinha conseguido fazer a carreira que tanto sonhava.
Cereja entrou em Yale, e preferiu fazer o que gostava, e não o que todos pensavam que ela tinha que fazer, ela fez curso de Artes e abriu a própria galeria, com muito trabalho e noites sem dormir, ela conseguiu se manter e ganhar estabilidade, agora era muito conhecida e procurada em toda a cidade de Nova York.
Em uma semana Bibi entraria de férias por duas semanas, seu show teria uma pausa. E Cereja estava mexendo os pauzinhos para conseguir aproveitar esse tempo com a esposa. Talvez viajar para um lugar legal. Alice poderia ir junto. Seria a melhor viajem da vida delas, Cereja estava fazendo os preparativos.
"Que horas nossos convidados vão chegar?". Cereja perguntou sorrindo.
"Daqui uma hora, então é melhor ir se arrumar". Bibi falou sorrindo.
"Sim senhora Fabray". Cereja respondeu e beijou Bibi. Pulando da cama e foi correndo em direção ao banheiro, Bibi jogou um travesseiro nas costas da loira.
"Berry-Fabray". Falou séria. Cereja mostrou a língua e quando Bibi ameaçou jogar outro travesseiro a porta se fechou.
A loira abriu a porta novamente com um sorriso de lado.
"Quer me acompanhar?". Falou com o olhar sexy. Bibi olhou para a porta e pensou por um momento sorrindo.
"Claro". Bibi falou mordendo os lábios, e sorriu antes de entrar no banheiro e trancar a porta.
Cereja abriu a porta da sala sorrindo enquanto David segurava um pequeno garotinho em seus braços. Cereja sorriu.
"Heeey?". Abrindo passagem para o homem passar. "Olá Walter". A loira falou para melhor amigo de sua esposa.
"Olá." Ele disse simples dando dois beijos na loira e entrou correndo para abraçar Bibi, enquanto os dois pulavam e começavam a colocar as fofocas em dia, Cereja apenas sorriu para David.
"Ela sente falta dele". Cereja falou para ele.
"Eu sei, Walter também sente falta dela". Ele respondeu sorridente.
"Como que está em Los Angeles, Karofsky?". A loira perguntou sorrindo.
"Posso dizer que está muito bem, Wal está trabalhando duro para manter a sua vida de escritor e ator ao mesmo tempo, mas está tudo dando certo, e os atletas que eu estou gerenciando são ótimos, estou conseguindo cada vez mais clientes". Ele completou sorrindo.
"Isso é maravilhoso!". Cereja exclamou sorrindo.
"Cadê a Alice?". O garotinho que estava ao no colo de David perguntou sorrindo.
"Está terminando de se arrumar, você sabe como ela é". Cereja respondeu sorrindo enquanto David colocava o garoto no chão, que foi correndo abraçar Bibi e Walter.
"Como está a galeria?". Karofsky perguntou sorrindo.
"Muito bem, tudo está dando certo agora". Cereja falou simples. "Aceita uma bebida?". Perguntou para o homem que sorriu.
"Com muito gelo". Ele falou sorrindo enquanto seguia Cereja para a cozinha do apartamento gigante.
"Cereja, anos de prática e sua comida ainda é horrível". Juh disparou acida assim que colocou a comida que a loira havia feito na boca.
"Não ouve o que ela diz Cereja, a gravidez tem deixando Juh mais irritada que o normal". Juju sussurrou no ouvido da loira e Cereja balançou a cabeça em compreensão.
Juh continuou com a cara emburrada enquanto continuava comendo. David dava comida ao filho enquanto Walter sorria para os dois, Bibi apertou a coxa de Cereja por baixo da mesa e sorriu.
"Sua comida está deliciosa como sempre". A morena falou alto olhando para Juh que apenas revirou os olhos e continuou comendo como uma louca. A gravidez estava fazendo com que a ruiva variasse de humor mais do que normalmente fazia. Então às vezes ela estava um amor, muito mais carinhosa do que era normalmente e segundos depois estava brava e xingando todo mundo, sem motivo aparente, apenas Juju que se salvava das mudanças de humor de Juh, mesmo com tanta variação dos hormônios, Juh nunca brigava com a esposa.
Os amigos sempre se reuniam de tempos em tempos para um jantar, ou um almoço. Eles eram uma família que nunca se separava. Juju abriu um estúdio de dança e estava indo muito bem, Juh era uma advogada que estava conseguindo mais respeito conforme o tempo passava, ela era conhecida por acabar com todos os argumentos contrários aos seus e praticamente nunca perder. Elas moravam na mesma cidade de Walter e David, e os quatro sempre se encontravam. Já Bibi e Cereja ainda estavam em Nova Iorque, que apesar de ser muito longe dos amigos, sempre davam um jeito de se encontrar. Kaká e Oliver se casaram e Kaká mora com ele no Brasil desde então.
Normalmente eles se encontravam em Lima nos feriados, Alice gostava de ver os Avós Leroy e Hiram, e a vovó Judy sempre a mimava com vários presentes. Cereja e Bibi aproveitavam para ver os pais.
Todos terminaram de comer e ainda ficaram sentados na mesa de jantar conversando. Alice e Erick brincavam na sala, enquanto os pais obsevavam babando nos filhos.
"Ah, vocês são um bando de bobões babões, e você nem me serviu sobremesa, você é uma inútil Cereja". Aquela era a 16ª frase que Juh soltava reclamando de Cereja.
"Eu vou pegar a sobremesa pra você Juh". Cereja falou sorrindo cínica para a amiga. "Onde está o veneno de rato amor?". A loira perguntou para Bibi, e a morena riu.
"Deixa que eu sirva a sobremesa". Bibi falou e entrou na cozinha. Os olhos de Juh brilhando com a possibilidade de comer mais. Sua barriga estava gigante, ela já estava no oitavo mês de gestação, quase entrando no nono, então todos sabiam que o nascimento da filha delas estava próximo. Isso mesmo, Juh teria uma filha e ela e Juju já haviam escolhido o nome, Juliana Pierce-Lopez, até o quarto da pequena já estava pronto, apenas esperando sua chegada, que estava marcada daqui três semanas, e todos podiam sentir a ansiedade das mais novas mães.
Comeram a sobremesa e continuaram conversando, enquanto as crianças brincavam e os pais riam. Cereja observava o quanto David havia mudado depois que assumiu a homossexualidade. Ela não conseguia acreditar em quanto ele era carinhoso e engraçado, e conseguia mostrar sempre que era muito apaixonado por Walter. Foi uma surpresa para a loira, quando Walter procurou por Bibi e por ela para contar que Karofsky o havia beijado no vestiário. A primeira coisa que Cereja fez foi não acreditar, mas depois que ela viu que Walter estava serio, ela só poderia ficar atônita e não conseguir pronunciar uma palavra. Ela foi conversar com David, e o garoto confiou nela, e contou tudo que sentia. Eles viraram amigos desde então e ela o ajudou a conquistar Walter, levou mais tempo do que Cereja imaginara, mas no final, Walter estava tão apaixonado por Karofsky quando Bibi por ela.
"É sério Cereja, você deveria pensar em fazer um curso de culinária, você é péssima". Juh falava enquanto se levantava para ir embora.
"Se eu não gostasse tanto da minha cunhada e da pequena Juliana, eu juro que te empurrava escada abaixo". Cereja falou sorrindo para Juh e a ruiva apenas revirou os olhos.
"Tchau Bibi, você deveria tentar encontrar alguém melhor, duvido que a Cereja esteja dando conta do recado". Juh falou sorrindo enquanto abraçava Bibi.
"O que a Titia Juh quis dizer com isso?". Pequena Alice perguntou para Cereja.
"Que ela me ama, e não consegue ficar longe de mim, então toda vez que ela me vê ela dá um jeito de chamar minha atenção". Cereja respondeu para a filha sorrindo e a garota sorriu de volta.
"Eu também acho que a Titia Juh te ama, mãe". A garotinha disse sorrindo e Cereja a abraçou. Alice saiu do abraço da mãe correu ao lado de seu amigo Erick.
"Você acha que a pequena Juliana vai nascer logo?". Ela perguntou sorrindo e o garotinho sorriu.
"Sei lá, ainda não entendo como ela pode estar dentro da tia Juh". O garoto respondeu fazendo uma careta.
"É, isso ainda é um pouco confuso". A garotinha respondeu pensativa.
"Erick, vamos?". Walter falou sorrindo para o filho. O garotinho balançou a cabeça concordando enquanto abraçava Alice, se despedindo da amiga.
Walter pegou o garoto na mão pela mão e se despediu de Bibi e Cereja com dois beijos em cada uma, enquanto Erick balançava a mão também se despedindo.
"Vocês vão ficar na nossa casa para o nascimento da Juliana, né?". David perguntou sorrindo para Cereja.
"Claro, vamos sim". Cereja respondeu sorrindo e David se despediu.
Cereja fechou a porta e deu a mão para Bibi, as duas foram sorrindo em direção a sala e Alice ainda estava sentada no chão brincando com suas bonecas.
"Hora de dormir". Bibi falou sorrindo para a filha.
"Só mais um pouquinho". A pequena pediu.
"Eu coloco Funny Girl pra você assistir". Cereja falou sorrindo e a pequena acenou feliz e saiu correndo para o quarto.
"NÃO CORRE QUE VOCÊ VAI SE MATAR GAROTA". Bibi gritou e Cereja riu, seguindo a filha até o quarto.
Bibi foi para o próprio quarto e tomou um banho rápido, e se trocou para dormir. Deitou na cama e ficou feliz ao olhar para a escrivaninha e ver as varias fotos que ela tinha. Fotos com Walter e Karofsky, Juh e Juju, com Cereja e Alice, com seus Pais Leroy e Hiram, e com sua sogra, algumas com seus amigos de palco ela sorriu para o quadro que fez com fotos e cartas de fãs que recebia. Ficou pesando o quanto ela era feliz ao lado de Cereja e o quanto ela a apoiava e cuidava dela.
Sentiu o colchão cedendo ao peso de sua esposa e suspirou ao sentir as mãos dela passeando pelo seu corpo.
"Alice está dormindo?". Bibi perguntou sorrindo.
"Sim". Cereja respondeu sorrindo.
"Você trancou a porta?". Bibi perguntou e reprimiu um gemido ao sentir Cereja morder seu ombro.
"Sim". Cereja respondeu e Bibi se virou começando um beijo urgente.
"Juju, respira, vai ficar tudo bem". Cereja apertava a mão da amiga, que suava frio.
David andava de um lado para o outro. Walter e Bibi estavam com as crianças no refeitório, todos acharam melhor não deixar as crianças no ambiente hospitalar, Bibi citou pelo menos 12 motivos e ninguém quis discutir com ela.
Uma enfermeira sorridente saiu e olhou para Juju.
"Você quer ver sua filha?". Ela perguntou.
"Cl-cl-cl-claro". Juju ainda parecia nervosa. A loira seguiu a enfermeira sala adentro deixando os amigos sorrindo.
"Vou chamar a Bibi e o Walter para verem a pequena". Cereja falou sorrindo e saiu. Trazendo minutos depois a pequena Alice no colo com Bibi, Walter e Erick atrás.
"Dois visitantes de cada vez". Uma enfermeira apareceu sorrindo falando com o grupo que estava na recepção.
"Eu quero ver a pequena Juliana mamãe". Alice pediu fazendo biquinho.
"Moça, você poderia me deixar entrar com a minha filha e minha esposa, prometemos ficar só um pouquinho". Bibi falou sorrindo para a mulher.
Ela pensou por um momento e acenou.
"Mas não deixe ninguém saber. E tem que ser rápido". A moça falou sorrindo.
"Claro". Bibi falou baixinho para a enfermeira.
Walter disse que entraria com David assim que Alice, Bibi e Cereja saíssem e elas concordaram.
Cereja levava Alice no colo, e dava a mão para Bibi, elas entravam pelo labirinto de corredores seguindo a enfermeira.
Quando entraram no quarto tiveram uma das visões mais inacreditáveis. Juju segurava a pequena filha nos braços ao lado de Juh que sorria para as duas, como se não pudesse acreditar que sua filha tivesse nascido tão linda.
"Ela é linda". Bibi falou enquanto chegava perto.
"Ainda bem que ela puxou a Juju!". Cereja falou rindo.
"Eu só não vou xingar você, porque minha filha está aqui". Juh falou não tirando os olhos da garotinha.
"Olha só que é a bobona babona agora". Cereja disse e Juh apenas revirou os olhos.
A porta se abriu e por ela entraram David com Erick no colo e Walter ao lado.
"Como vocês entraram aqui?". Bibi perguntou sorrindo.
"Eu sou Walter amor e você é Bibi, você deveria ficar impressionada se eu não conseguisse entrar aqui". Walter falou sorrindo e deu uma piscadela para Bibi.
Todos ficaram em volta da pequena garotinha, a olhando admirada.
Cereja pegou na mão de Bibi, e segurou mais Alice em seus braços, vendo os olhos de todos brilhando ao olhar a pequena Juliana.
Bibi olhou para Cereja e elas sorriram uma para a outra. Elas estavam felizes pelos amigos que tinham, e pela mais nova criança que chegava. Por estarem juntas, e por terem maravilhosas pessoas ao lado. Cereja passou o braço pelo ombro de sua esposa, e Bibi a abraçou de volta, enquanto todos ficavam em silencio, apenas sorrindo. Pois eles sabiam que podiam contar um com o outro sempre que precisassem.
Cereja agradecia mentalmente Juh por ter feito aquela aposta com ela todos os dias. Porque Cereja não conseguia imaginar uma vida sem Bibi ao seu lado. Enquanto Bibi agradecia seu pai por ter lhe dado o melhor conselho que poderia receber. Ela sempre seguia seu coração, e sempre as coisas davam certo. Ela agradecia por ter Cereja ao se lado, pois ela não imaginava mais a sua vida sem a loira.
Elas estavam juntas e tinham uma filha adorável, uma família maravilhosa, e amigos inesquecíveis, aquilo era muito melhor do que poderiam sonhar um dia. Elas tinham ainda muitos desafios para vencer, mas sabiam que juntas, elas venceriam qualquer coisa

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⏰ Última atualização: Jun 16, 2021 ⏰

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