A Aposta

Capitulo 26 - Judy Fabray.

"É tudo vegan, né?". Cereja perguntou pela milésima vez.
"Sim, Cereja, tudo vegan". Judy respondeu sorrindo. "Seja lá o que isso significa". Judy falou e começou a gargalhar.
"Minha nossa, vou acabar com a dieta da minha namorada". Cereja falou olhando desesperada para a mãe.
"Para de paranóia garota, sua namorada que tem que ficar preocupada". Judy falou olhando para Cereja que arqueou a sobrancelha para a mãe.
"Como assim? Mãe, o que você está pensando?". Cereja perguntou olhando para a mãe.
"Que eu quero uma garota que seja correta, e te leve para um bom caminho, então ela vai ter que passar no meu teste de caráter". Judy falou olhando séria para a filha.
"É obvio que a Bibi vai passar". Cereja falou sorrindo para a mãe.
"Que horas ela disse que viria?". Judy perguntou olhando para o relógio. Eram sete e vinte e cinco.
"Sete e–". Cereja não terminou a frase, a campainha tocou. "Vou atender, eu quero muito que ela conheça você mãe, mas mais do que nunca eu quero que você conheça minha namorada". Cereja disse e piscou para Judy. A mulher mais velha entendeu o que a filha quis dizer e sorriu.
Cereja apareceu na porta com uma garota morena e levemente mais baixa que ela, a garota tinha um sorriso bonito. Cereja carregava uma tigela na mão.
"Olá Senhora Fabray". Bibi falou sorrindo e Cereja colocou a tigela na mesa.
"Bibi trouxe sobremesa mãe". Cereja falou sorrindo para a mulher.
"Olá Bibi, por favor, me chame de Judy, acho que já falei isso pra você". A mulher falou sorrindo e cumprimentando a morena que corou.
"Tudo bem, Judy". Bibi falou e a mulher sorriu.
"Estou terminando de cozinhar, vamos até a sala enquanto esperamos ficar pronto". A mulher sugeriu e Cereja pegou na mão de Bibi, encorajando a morena. As duas seguiram Judy até a sala. Elas se sentaram.
"Então Bibi, quais são seus planos para o futuro?". Judy perguntou sorrindo.
"Bom, vou tentar entrar em NYADA, quero ser atriz, preferencialmente da Broadway". Bibi falou sorrindo para a mulher que sorriu de volta.
"Você canta? Cereja não me falou". Judy olhou para a filha.
"Não é como se todos não soubessem da bela voz que ela tem". Cereja respondeu para a mãe sorrindo.
"Você não acha meio arriscado, ou incerto sua escolha?". Judy perguntou olhando para Bibi.
"Mãe". Cereja repreendeu, mas Bibi apenas pegou na mão dela.
"Não, quer dizer, eu entendo sua preocupação com o futuro da sua filha, se ela estiver com uma garota que só tem sonhos e nada concreto, mas eu apenas quero tentar, lá no fundo, eu sinto que esse é o caminho, e que mesmo que ele seja difícil, vai valer a pena, principalmente porque sua filha vai estar comigo". Bibi falou e olhou para Judy, a mulher sorriu.
"Eu admiro muito pessoas como você Bibi, que correm atrás do que elas realmente querem, espero que você consiga realizar todos os seus sonhos, estarei aqui se você precisar de ajuda". Judy falou sorrindo.
"Obrigada, Judy". Bibi sorriu para a mulher.
"É sério?". Bibi perguntou enquanto sorria, terminando seus últimos pedaços de comida.
"Muito sério". Judy falou rindo.
"Mãe, você está me envergonhando". Cereja falou corada.
"Você aprontou muito quando era criança Cereja, eu tenho que compartilhar isso com alguém que goste tanto de você quanto eu". Judy falou sorrindo.
"Então você era uma escaladora de armários?". Bibi perguntou sorrindo, e Cereja apenas corou e abaixou a cabeça.
"Foram três, ela abria todas as gavetas e saia escalando, ela quebrou todos, e o mais impressionante, ela nunca se machucou, ou caiu". Judy falava sorrindo enquanto bebia um pouco do suco que estava em seu copo.
"O que mais que ela aprontou?". Bibi perguntou sorrindo enquanto colocava o garfo e a faca na mesma posição do prato. Tomando um gole da bebida que estava em seu copo.
"Você quer mais alguma coisa queria?". Judy perguntou de forma delicada.
"Não, estou satisfeita, muito obrigada". Bibi respondeu sorrindo e Cereja pegou na mão da namorada por cima da mesa, elas ficaram trocando caricias com as pernas por baixo da mesa, enquanto sorriam.
"Ela aprontou muito, teve uma vez, que ela pegou as roupas que estavam lavadas em cima da minha cama, e jogou todas na privada do banheiro do meu quarto, quando eu cheguei, ela tava rindo, enquanto via as peças de roupa girarem lá dentro". Judy falou e Cereja corou outra vez, Bibi riu.
"Ela pensou que estava lavando as roupas?". Bibi perguntou sorrindo.
"Provavelmente ela só queria molhar tudo". Judy respondeu rindo.
"Mãe já chega, quando que seu namorado vem te pegar, vocês não iam sair hoje?". Cereja perguntou olhando sorrindo para a mãe.
"Jaja ele chega, mas ainda tem um monte de coisas pra contar". Judy falou olhando para Cereja enquanto a garota parecia desesperada.
"Mãe, não, daqui a pouco ela vai achar que eu fui uma criança neurótica e não vai me querer mais". Cereja olhou para a mãe séria. Bibi abraçou a namorada e aplicou um beijo em sua bochecha.
"Eu nunca vou deixar de querer você". A morena sorriu e Cereja sorriu de volta.
Judy nunca tinha visto Cereja sorrir tanto em sua vida, tirando obviamente a parte do jantar em que ela contava as traquinagens de Cereja na infância, a garota foi realmente muito ativa.
"Ela gostava de colocar meu sutiã como uma faixa na cabeça e se denominava a sutininja". Judy falou rindo.
"Você tinha que falar da sutininja". Cereja exclamou enquanto batia na testa. Bibi riu.
"Sutininja?". A morena perguntou sorrindo.
"Era tipo um ninja, só que usando ao invés da faixa na cabeça, usava um sutiã, eu era criança, eu não sabia o que eu estava dizendo". Cereja tentou se explicar, ficando mais corada. Judy e Bibi riram.
A sobremesa foi servida e Judy elogiou muito a comida de Bibi. Elas comeram enquanto Judy ainda falava das coisas que Cereja aprontava quando criança.
Elas ouviram uma buzina.
"Ele está ai, tchau garotas". Judy colocou a bolsa no ombro e virou para Bibi.
"Foi um prazer conhecer você, venha mais vezes, você é muito agradável". Judy falou sorrindo abraçando Bibi, a morena retribuiu o abraço.
"O prazer foi todo meu, o jantar estava uma delicia, já sei da onde Cereja puxou os dotes culinários". Bibi respondeu sorrindo e Judy deu um beijo na filha.
"Juízo". Judy exclamou antes de fechar a porta e sair.
Bibi suspirou aliviada.
"Nossa, eu estava tão nervosa, como eu me sai? Será que ela gostou mesmo de mim?". Bibi abraçou Cereja, a loira passava as mãos gentilmente nos cabelos da morena.
"Ela gostou de você Bibi, você é a pessoa mais maravilhosa do mundo, tem como não gostar de você?". Cereja perguntou sorrindo.
"Boba, você é a pessoa mais adorável do mundo". Bibi respondeu e elas deram um beijo apaixonado.
"Vamos subir para o meu quarto?". Cereja perguntou e só depois que viu Bibi ficando vermelha que ela percebeu como aquilo tinha soado. "Não, eu quis dizer, ir lá assistir um filme, ou ficar abraçadinha, ou qualquer outra coisa que você queria, nós podemos ficar na sala se você estiver mais a vontade". Cereja falou de uma vez, olhando para a namorada.
"Tudo bem Cereja". Bibi respondeu rindo, a loira era a coisa mais adorável do mundo.
As duas subiram de mãos dadas.
Cereja remexia furiosamente em sua gaveta de DVDs, enquanto Bibi estava sentada em sua cama sorrindo. Vários DVDs caíram no chão e Cereja suspirou, enquanto olhava para eles. A loira olhou para Bibi e sorriu, depois voltou sua atenção para as coisas que estavam no chão, ela colocou as mãos em direção aos DVDs e fez uma cara de concentrada.
"O que você está fazendo?". Bibi perguntou rindo da cara da namorada.
"Tentando colocar os DVDs de volta na gaveta com a força do meu pensamento". Cereja falou sorrindo e Bibi começou a gargalhar.
"Sério, Cereja?". A morena perguntou divertida.
"Não custava tentar". Cereja respondeu sorrindo, abaixando para recolher os filmes. Ela os colocou de volta na gaveta, enquanto procurava por algum titulo que chamasse sua atenção.
"Porque você está demorando tanto?". Bibi falou olhando para a namorada, fazia dez minutos que a loira procurava algum filme.
"Estou procurando algum filme, que não seja interessante, mas estou falhando miseravelmente, por que eu tenho que ter um bom gosto tão grande?". Cereja perguntou olhando para a namorada que sorria.
"Seu ego também é grande não é?". Bibi foi até a namorada e a abraçou por trás, enquanto ela ainda remexia na gaveta. "Porque você quer um filme ruim?". Bibi perguntou curiosa.
"Porque ai você vai achar mais interessante me beijar do que assistir ao filme". Cereja falou sorrindo dando um beijo casto nos lábios da morena, que sorriu de volta.
"Beijar você é mais interessante que qualquer filme Cereja". A morena respondeu olhando nos olhos cor de avelã.
"Se eu colocasse Funny Girl". Cereja começou com um sorriso, Bibi sorriu de volta.
"Deveria ser considerado crime não prestar atenção em Funny Girl, mas você sabe que eu não resisto a você". Bibi falou baixinho, sorrindo enquanto Cereja capturou seus lábios em um beijo calmo, Bibi arrepiou quando a língua da loira invadiu sua boca sem pedir permissão, e as duas sentiam seus corpos ficando quente. Cereja abraçou a morena pela cintura e deixou seus corpos colados. Bibi colocou os braços em volta do pescoço da loira e começou um carinho leve em seus cabelos.
"Você ainda quer ver o filme?". Cereja se afastou apenas alguns centímetros da boca da morena.
"Não". Bibi falou juntando seus lábios novamente, em um beijo agora mais urgente.
Bibi surpreendeu Cereja quando ela pulou em cima da garota, colocando suas pernas ao redor de sua cintura, ainda durante o beijo, Cereja segurou a morena pela cintura, enquanto caminhava lentamente até a cama de seu quarto. Cereja amava o jeito como Bibi sempre a surpreendia de alguma forma, e ela também adorava o cheiro que os cabelos da morena tinham. Enquanto Bibi amava a forma como Cereja a fazia se sentir, e amava como o corpo da loira era quente.
As duas caíram na cama, quando Cereja começou a beijar o pescoço da morena, que suspirou de forma audível. Cereja sorriu enquanto mordia de forma carinhosa o queixo da morena, que sorriu. Cereja passava as mãos pelo abdômen e pela cintura da morena. Bibi sabia muito bem onde aquilo poderia parar. Mas quando estava com Cereja, todas as inseguranças que ela tinha iam embora. Ela fechou os olhos e gemeu baixo quando sentiu as mãos quentes de Cereja tocarem a pele de sua barriga por baixo da blusa que estava vestindo.
Elas voltaram a se beijar de forma quente, enquanto Cereja apertava seu corpo contra o de Bibi no colchão, e a morena passava as mãos pelas costas da líder de torcida. Cereja foi subindo sua mão pelo corpo da diva, quando chegou até a base do sutiã, sentindo o tecido macio sobre seus dedos, Bibi apenas suspirou, e elas continuaram se beijando. O celular de Bibi tocou, e elas pararam e se olharam. Bibi pegou o celular que tinha deixado no criado mudo ao lado da cama e atendeu.
"Alô". Falou com a voz falha e rouca. Ouviu atentamente o que a pessoa do outro lado da linha estava dizendo, enquanto Cereja acariciava suas bochechas com um sorriso apaixonado. As duas sorriram.
"Agora?". Bibi perguntou, ainda no telefone, e revirou os olhos, Cereja riu, provavelmente a morena tinha pego essa mania dela.
"Aqui fora?". Bibi riu. E Cereja estava começando a ficar impaciente.
"Estou indo". A morena falou e desligou o celular.
"Quem era?". Cereja perguntou sorrindo, pegando na mão da namorada fazendo carinho com o polegar.
"Era papai, meus pais estão aqui na frente, eles vieram me buscar". Bibi falou envergonhada.
"Tudo bem, mas você não ia ligar pra eles virem te buscar?". Cereja perguntou desconfiada.
"Sim, aparentemente eles foram a um jantar e quando estavam voltando pra casa resolveram vir me buscar, já que era caminho". Bibi olhou para sua mão entrelaçada com a de Cereja e sorriu.
"Venha, vou te levar até a porta". Cereja falou sorrindo.
"Boa noite Sr. e Sra. Berry". Cereja falou sorrindo enquanto Bibi entrava no carro.
"Boa noite Fabray". Leroy falou olhando sério para Cereja.
"Boa noite Querida". Hiram falou sorrindo. "Espero que não tenhamos atrapalhado nada". Ela completou sorrindo ao ver a filhar corar pelo retrovisor.
"Não, nós íamos começar a ver um filme". Cereja respondeu gentil.
"Sei que filme vocês iam ver". Leroy falou olhando para Bibi que ficava cada vez mais vermelha.
"Cereja, espero te ver amanha de manhã lá em casa, vamos viajar para o rancho da família Berry em Fort Wayne, e queríamos que você fosse junto, para te apresentar para o resto da família, afinal, você é namorada de um dos nossos bebês. A Juh já passou por isso". Hiram falou gentil.
"Eu não sou um bebe". Bibi falou sorrindo para o homem.
"Você vai sempre ser o meu bebe, não importa quantos anos passem, nem quantos Tonys você ganhe". Ela falou e olhou para Cereja.
"Que horas tenho que estar na sua casa?". Cereja olhou sorrindo para a mulher.
"Partimos as dez em ponto". Ela falou sorrindo.
"Estarei lá". Cereja falou sorrindo.
"Não esqueça de levar roupas, nós iremos amanha e voltaremos só no domingo". Hiram falou empolgada. Cereja ficou estática. Ela iria dormir com Bibi? Não que elas não tivessem feito isso antes, mas foi quando eram apenas amigas e não com a presença dos pais da morena, Cereja de repente ficou nervosa.
"Não irei esquecer". Cereja falou sorrindo. E o três Berry sorriram de volta.
Cereja mandou um beijo para Bibi e a morena mexeu os lábios falando um 'Eu te amo' sem realmente vocalizar. Cereja sorriu, e eles partiram, todos ainda sorrindo, quando eles viraram à esquina a loira paralisou.
Como ela iria fazer para dormir perto da morena, agora que nada a impedia de querer dar o próximo passo? Ela estava ferrada.