A Aposta

Capitulo 29 - Coleira.

Cereja abriu os olhos e sentiu que Bibi não estava ao seu lado, suspirou triste sentindo falta do corpo da namorada. Cereja sentou no colchão e percebeu que tinha alguém a observando se assustou ao ver que era Sofia com um sorriso de lado.
"Você não lembra de mim Cereja?". A garota perguntou sorrindo ainda mais.
"Não". Cereja disse simples se levantando.
"Regionais do ano passado". Sofia insistiu.
"Desculpe, eu mal consigo me lembrar das regionais desse ano pelas Cheerios". Cereja falou simples e recuou ao ver que Sofia se aproximava.
"Você tentou me beijar, mas eu estava namorando, então a muito custo, eu te dispensei. Acho que é uma das coisas que eu mais me arrependo". Sofia falou simples chegando mais perto, enquanto Cereja se afastava.
"Ah, a garota do namorado, lembrei". Cereja falou sorrindo sem graça.
"Nós podemos agora que eu não tenho mais namorado". Sofia falou ainda sorrindo maliciosa.
"Eu estou namorando". Cereja falou firme.
"A Bibi não precisa saber". Sofia falou e chegou com os lábios muito perto de Cereja que não se moveu. Sofia pegou na cintura da loira e deixou seus lábios a centímetros de distancia. "Me beija". Falou com a voz rouca.
Cereja sorriu, pegou nos ombros da morena e prensou a garota contra a parede.
"A Bibi não vai saber?". Cereja perguntou simples, olhando nos olhos da outra garota.
"Não". Ela respondeu sorrindo, Cereja sorriu de volta. Ainda com a boca a centímetros de distancia da outra garota.
"Mas eu vou saber". Cereja falou simples. "Eu não estragaria meu namoro com a Bibi nem por mil garotas, sabe o por quê?". Cereja se afastou e Sofia permaneceu na parede com um olhar surpreso, balançou a cabeça de forma negativa para a pergunta da loira. "Porque eu amo a Bibi, mais que qualquer coisa nesse mundo". Cereja respondeu e saiu do quarto batendo a porta. Sofia sorriu.
Cereja avistou Bibi conversando com tia Lina, a loira correu até a morena e a abraçou forte por trás, falando baixinho em seu ouvido.
"Eu te amo".
Bibi sorriu ao ouvir aquilo e se virou.
"Eu também te amo Cereja". Respondeu sorrindo. As duas trocaram um beijo apaixonado quando ouviram um pigarro. Tia Lina estava sorrindo.
"Ah o amor, como é lindo". Falou sorrindo. "Mas parem de agarração se não vou ter que dar uma aula de como um casal deve se comportar em publico, e aproveito e já dou uma aula de sexo com segurança". A mulher falou sorrindo e Bibi corou enquanto Cereja ria. A mulher deu uma piscadela para as duas e saiu.
"Aconteceu alguma coisa?". Bibi perguntou olhando para a namorada.
"Não Bibi, só acordei, e você não estava lá, ai eu fiquei com vontade de te abraçar forte, e falar que eu te amo". Cereja falou simples.
"Eu também amo você, bobona". Bibi falou sorrindo. "Se troque, vamos na piscina antes do almoço, depois vamos comer e ir embora, pode ser?". Bibi perguntou sorrindo.
"Claro Bibi". Cereja respondeu sorrindo e beijou de leve a namorada, saindo logo em seguida em direção ao seu quarto para se trocar. Viu Sofia no caminho, mas apenas passou pela morena sem dizer nada.
"Você estava certa". Sofia falou chegando ao lado de Bibi.
"Você tentou beijá-la?". Bibi perguntou.
"Ela não veio correndo pra cá contar o quanto forte e fiel ela é?". Sofia perguntou curiosa.
"Ela não precisa Sofia, pois ela sabe que eu confio nela". Bibi disse simples sorrindo.
"Ela realmente mudou". Sofia disse pensando alto.
"Eu disse que ela tinha mudado". Bibi falou simples olhando para a prima.
"Ela é Cereja Fabray, eu nunca imaginei essa garota apaixonada, ela era a que quebrava os corações". Sofia falou pensativa.
"Digamos que eu tive que agir como uma tola, e causar muito sofrimento, tanto para ela, quanto para mim, pra entender e acreditar que ela tinha mudado". Bibi falou sorrindo de lado.
"Desculpa por ter que dar em cima dela o final de semana todo fingindo ser uma vadia, para provar para mim mesma que ela tinha mudado, e que ela não ia quebrar o seu coração, você sabe que eu estava com medo que ela fosse machucar você! E eu iria quebrar a cara dela se ela fizesse isso". Sofia falou sorrindo e as primas se abraçaram.
"Eu sei, mas eu posso me cuidar sozinha". Bibi disse revirando os olhos.
"Não pode não! Eu tenho que cuidar de você, mas agora eu também confio na Fabray, sei que ela vai cuidar bem de você". Sofia sorriu e elas se abraçaram mais forte.
"Boba!". Bibi disse sorrindo.
"Só não deixa o Luke ficar sabendo, ele morre de ciúmes dela". Sofia falou sorrindo.
"Eu não vou contar nada para o bobo do seu namorado, pode deixar". Bibi respondeu rindo.
"Parabéns, você colocou uma coleira na Fabray". Sofia disse ainda sorrindo.
Cereja estava sentada em sua carteira na aula de espanhol com uma latina sorridente ao seu lado.
"Como foi o final de semana?". Juh perguntou sorrindo.
"Lindo, perfeito, maravilhoso". Cereja falou suspirando.
"Vocês fizeram?". A ruiva perguntou sorrindo maliciosa.
"Não". Cereja respondeu simples.
"Sério?".
"Muito sério". Cereja falou olhando para a latina surpresa.
"Então não foi tão bom assim". Juh falou quando o sinal tocou indicando que a aula havia terminado. Treino das Cheerios era a próxima coisa que Cereja ia fazer. Ela e Juh se levantaram e foram andando lado a lado para o ginásio para a pratica das cheerios.
"Não precisa de sexo para ser bom". Cereja falou suspirando ao lembrar do corpo de sua namorada com o biquíni e a água escorrendo por seu corpo moreno e esbelto. Só aquele pensamento causava muito mais fogo do que Cereja havia experimentado em toda a sua vida.
"Precisa sim". A ruiva respondeu sorrindo, quando elas entraram no vestiário das lideres de torcida.
Cereja percebeu que as Cheerios estavam em uma rodinha com uma garota ao centro sorrindo, elas abriram a roda e a garota que era conhecida como Desiree saiu e deu uma coleira para Cereja, todo mundo riu.
"O que é isso?". Cereja perguntou confusa.
"Uma coleira". Desiree falou sorrindo.
"Eu estou vendo, o que eu quis dizer foi, para que isso serve?". Cereja perguntou desconfiada.
"Agora que você é o cachorrinho da Berry, você pode usar isso daqui, para mostrar para todo mundo". Desiree falou e as garotas sorriram.
"Que piada genial". Cereja falou entediada e sorriu passando pelas garotas indo até seu armário, se virou olhando para a garota e disse sorrindo. "Mas você poderia usar, já que está agindo como uma cadela".
A garota apenas olhou seca para Cereja e saiu do vestiário, varias outras a seguindo.
"Fabray, que orgulho, finalmente agredindo as pessoas com suas palavras mortais novamente, estou tão emocionada". Juh falou sorrindo.
"Não enche". Cereja disse sorrindo.
"Isso não incomoda você?". Juh perguntou sorrindo.
"O que?". Cereja perguntou pegando a toalha que levava para a pratica das cheerios.
"Elas falando essas coisas para você". Juh falou.
"Não me incomodam, desde que elas não mexam com a Bibi, mas de qualquer forma, eu não entendo, porque elas não falam isso pra você?". Cereja sentou no banco que tinha no vestiário e olhou para a amiga.
"Provavelmente porque a Juju é uma de nós". Juh falou e apontou para o uniforme.
"É, pode ser". Cereja comentou pensativa.
Neste instante Juju e Bibi entraram no vestiário, conversando e sorrindo.
"Vamos?". Juju perguntou sorrindo se enrolando no pescoço da ruiva.
"Vamos". A ruiva respondeu sorrindo e elas deram um beijo casto e deram as mãos saindo do vestiário.
"Aqui não cheira tão mal quanto eu pensei que fosse". Bibi falou sorrindo encostando-se a um armário olhando para Cereja.
"Nós somos higiênicas". Cereja respondeu simples e Bibi deu um sorriso de lado e varreu o vestiário com o olhar.
"O que você está pensando?". Cereja perguntou sorrindo.
"Posso confessar uma coisa?". Bibi perguntou corando. Cereja achou aquilo muito lindo e se aproximou da namorada ficando a centímetros de distancia.
"Pode". Respondeu simples.
"Eu sempre... imaginei". Bibi começou a falar, mas ficou muito vermelha e parou."Deixa pra lá". Concluiu tímida.
"Não, pode falar". Cereja falou passando a mão pelo rosto da namorada, fazendo carinho. Bibi mordeu os lábios e Cereja se pegou olhando para eles muito fixamente.
"Eu sempre imaginei, nós duas aqui". Bibi falava com os olhos no chão, e Cereja pensou que a morena não conseguiria ficar mais adorável do que naquele momento.
"Nós duas aqui? Fazendo o que?". Cereja perguntou sorrindo e Bibi corou mais, se aquilo era possível. Bibi então levantou os olhos de chocolate em direção aos olhos cor de avelã e sorriu.
"Você me pressionava contra um desses armários, e me dava um beijo de tirar o fôlego". Bibi sorriu ainda mais ao ver os olhos de Cereja escurecerem de desejo. A loira sorriu e pegou a morena pela cintura e a empurrou de costas para o armario e prensou seu corpo contra o dela deixando seus lábios a centímetros de distancia. Cereja colocou sua perna entre as pernas da morena e começou a pressionar seus corpos, arrancando leves gemidos de Bibi. Cereja pegou os cabelos da morena pela nuca e deu um puxão leve, Bibi suspirou baixinho. A morena foi com a boca em direção a de Cereja, mas a loira a puxou pelos cabelos para trás, impedindo o contato entre os lábios. Cereja passou a língua pelos lábios de Bibi, os deixando molhados e muito convidativos, a morena soltou outro gemido. Cereja não resistiu e atacou os lábios de Bibi com os próprios, introduzindo sua língua na boca da namorada sem pedir permissão, arrancando outro suspiro da morena, o beijo durou por muito tempo, enquanto as línguas brincavam umas com as outras e Cereja continuava pressionando seus corpos juntos. Elas se separaram e sorriram.
"Tenho que treinar". Cereja disse sorrindo.
"Não quer ficar aqui comigo?". Bibi perguntou sedutora, colocando seus braços em volta do pescoço da loira.
"Eu quero, mas se eu me atrasar, Sue vai me fazer pagar tantos suicídios que eu vou preferir me suicidar a atrasar de novo". Cereja falou sorrindo e Bibi a acompanhou.
"Você tem razão, aquela Sue é louca". A morena falou e deu um beijo casto nos lábios da namorada que saiu correndo para o treino.
Bibi fazia a lição de espanhol enquanto estava sentada na arquibancada do ginásio assistindo ao treino das Cheerios, isso havia se tornado de alguma forma uma rotina. No começo as garotas reclamavam, mas no final elas sempre acabavam concordando com tudo que Cereja pedia, a loira sabia ser gentil ou hostil, normalmente dependia da ocasião e do que podia estar em jogo. Bibi percebeu que Cereja estava sentando ao seu lado, respirando fundo e pesado, transpirando muito.
"E o meu beijo?". Perguntou Bibi sorrindo para a namorada.
"Eu estou suada". Comentou Cereja passando a toalha no rosto.
"Eu não me importo". Bibi falou sorrindo. Cereja riu e pousou seus lábios gentilmente contra os de Bibi, tentando deixar seu corpo afastado para não sujar a garota.
"Meus pais estão te chamando para jantar em casa". Bibi falou sorrindo para a loira.
"Seis e meia eu chego à sua casa". Cereja falou sorrindo e beijou a morena novamente.
Cereja sabia que os Berry eram pontuais, gostavam de jantar as sete. Ela sempre queria deixar uma boa impressão, e sempre conseguia.
Jantares, almoços, finais de semana juntas, filmes, pais, companheirismo, conhecer família, alguns carinhos de vez em quando, amassos mais quentes, mais carinho e mãos. Foi assim que aqueles meses seguiram para as garotas, Cereja naquele momento era uma pilha de tensão e vontades. Bibi sabia disso, e a loira sabia que a morena sabia. Bibi estava provocando a loira muito por esses dias, porem as garotas nunca chegavam aos finalmentes, Cereja desconfiava que Leroy tinha implantado um chip em alguma parte do corpo de sua namorada, pois sempre que elas estavam esquentando, ele aparecia, ou ligava, ou mandava uma mensagem, uma vez até o despertador do quarto da morena tocou quando ele não estava em casa para conseguir atrapalhar. Bibi apenas ria, e ficava feliz em provocar a loira em cada oportunidade que tinha, deixando Cereja cada vez mais desesperada por algo a mais, elas sentiam que a oportunidade perfeita estava chegando.
Cereja olhava distraída para seu armário aberto onde se viam varias fotos dela com Bibi, as duas sorrindo, lambuzadas de sorvete, Cereja jurava que não tinha sido proposital o sorvete melecando o rosto da morena, é claro que Bibi não tinha deixado barato, e o que era uma tarde divertida virou uma guerra de sorvetes, fazendo ficar tudo mais divertido ainda.
"Sexta vai fazer três meses". A morena sorriu ao se colocar ao lado da namorada.
"Pensou em algo especial?". Cereja perguntou sorrindo enquanto puxava a morena pela cintura e colava seus corpos, sorte que já estava na hora de ir embora, e não se viam muitas pessoas pelos corredores. Cereja fechou a porta do armário e sorriu.
"Meus pais vão fazer um cruzeiro. Kaká vai para o Oliver, a Juju você já sabe...". Bibi falou e corou. Cereja não entendeu porque a namorada havia ficado com vergonha.
"Eles estão querendo isso faz dois meses, que bom que eles conseguiram. ". Cereja falou sorrindo enquanto pousava seus lábios gentilmente sobre os de Bibi.
"Vou ficar uma semana sozinha na minha casa". A morena falou um pouco rápido demais e Cereja olhou para ela.
"Certo". Cereja falou enquanto levantava uma sobrancelha.
"Você poderia dormir lá, no final de semana". A morena falou olhando para Cereja enquanto passava a língua lentamente pelos lábios, fazendo um arrepio subir pela espinha da loira.
"Claro". Cereja respondeu sorrindo, enquanto acariciava a cintura da morena.
Bibi a abraçou colocando seus braços em volta do pescoço da loira, passando a unha pela nuca dela, fazendo com que as respirações ficassem pesadas. A morena chegou com a boca bem perto do ouvido da loira e sussurrou de forma rouca e sexy.
"Tenho um presente especial para você". A morena sorriu ao ver que a loira engoliu seco. Bibi mordeu de leve o lóbulo da orelha da namorada e riu.
Bibi ainda sorrindo se afastou da loira e foi saindo da escola, Cereja ficou observando a morena se afastar, e sorriu, se sentindo muito quente com os pensamentos que invadiram a sua mente.
Ela estava ansiosa pelo seu presente de três meses de namoro. Mal ela sabia que Bibi sorria ao perceber que estava sendo observada, o estomago da morena revirava com a ansiedade. Então era isso. Sexta feira ela se entregaria para Cereja, ela ficou nervosa de repente, mas teve a sensação que tudo ficaria bem, pois ela estaria nos braços da pessoa que mais amava no mundo.