Capitulo 25 - Primeiras experiências.

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Sexta feira.
Bibi sorriu ao abrir o armário e encontrar uma rosa branca com um bilhete.
Você é sempre assim, ou está fantasiada de gostosa?
Brincadeiras a parte, você é linda, e eu te amo.
Frabray.
Bibi sorriu e guardou novamente no armário, sentiu quando Cereja a abraçou por trás. Ela sabia que era Cereja apenas pelo cheiro de baunilha que a loira tinha, e que Bibi amava.
Cereja mordeu o lóbulo da orelha da garota, que arrepiou e sorriu, se virando para dar um beijo leve na namorada.
"Nós estamos no meio do corredor, sua louca!". Bibi exclamou rindo.
"Isso incomoda você? Me desculpe, eu não sabia". Cereja falou e encostou no armário ficando de frente pra morena sorrindo.
"Não me incomoda, é que todas as garotas passam olhando como se quisessem me matar porque eu tirei você delas". Bibi falou e Cereja sorriu.
"Mas se elas só olharem feio, qual o problema?". Cereja perguntou.
"Você já imaginou se elas se revoltam e começam a armar planos para me matar e me enterrar em um lugar escondido, onde nunca encontrarão meu corpo e então eles vão chamar de O Mistério da garota do corpo desaparecido". Bibi falou enquanto arregalava os olhos, com medo.
"Você é tão dramática, por isso que eu te amo". Cereja falou rindo, enquanto Bibi sorriu e elas deram um beijo rápido.
"Tenho que ir pra aula, quer que eu te acompanhe até sua sala?". Cereja perguntou sorrindo para Bibi.
"Walter falou que vai vir aqui, pra irmos juntos até a aula, você sabe que nós temos aula de Geografia juntos". Bibi falou.
"Até mais então". Cereja falou dando um selinho em Bibi saindo.
"Cereja". Bibi chamou a loira de volta.
"O que foi?". Cereja falou sorrindo.
"Porque rosas brancas?". Bibi perguntou. Cereja sorriu.
"Você sabe o significado da rosa branca?". A loira perguntou enquanto mexia em alguns cachinhos da morena.
"Eu imagino algo como, inocência e pureza". A morena falou olhando para Cereja.
"Bom". Cereja pensou um pouco e continuou. "Significa na verdade um amor, puro e inocente, mas não só isso, rosas brancas significam algo como voto eterno de amor. Quando alguém te presenteia com rosas brancas, significa que a pessoa quer passar o resto da vida dela ao seu lado". Cereja falou sorrindo e Bibi a agarrou no meio do corredor, surpreendendo até mesmo a loira, que logo correspondeu ao beijo da morena, Bibi a abraçou forte, elas se separaram e sorriram.
"Onde você aprendeu isso?". Bibi perguntou sorrindo, ainda pendurada ao pescoço da namorada.
"Minha vó que me falou, ela disse que o vovô conquistou ela dessa forma, ela achava rosas vermelhas muito vulgares, como se fosse um amor controlado pelo desejo e pela paixão, coisas que são passageiras, não como o amor verdadeiro, que dura para sempre". Cereja sorriu e Bibi a beijou outra vez. "E eu pesquisei um pouquinho na internet". Cereja completou sorrindo, enquanto Bibi a abraçava, descansando a cabeça em seu ombro.
"Bibi, nós vamos nos atrasar". Bibi ouviu a voz masculina vindo de trás de Cereja, ela olhou e sorriu.
"Vamos Walter". Bibi pegou na mão do garoto que deu uma piscadela para Cereja e saiu, os dois de mãos dadas correndo, enquanto Cereja olhava eles irem para a aula, sentindo uma felicidade que ela não pensou ser possível.
"Como vocês estão?". Walter perguntou sorrindo.
"Bem". Bibi respondeu simples.
"Bem? Me conta, o que ta rolando?". Walter perguntou sério.
"Nada, nos estamos bem, sem nenhum problema". Bibi falou enquanto copiava matéria da lousa.
"Você esta com algum problema! Eu sempre sei quando tem alguma coisa incomodando você! Me fala o que é". Walter falou exigente.
"Ta, tem um probleminha". Bibi falou olhando para o garoto.
"Desembucha garota, você ta achando que eu leio mentes?". Ele falou olhando nervoso para a garota.
"Eu sou virgem". Bibi respondeu e ficou olhando para o garoto que parecia confuso e depois de alguns segundos ele abriu a boca em um 'o', chegou a ser cômico.
"Ela tentou alguma coisa que você não queria? Eu vou matar aquela loira tarada". Walter falou bravo.
"Não, não, Wal, você está viajando? Ela não faria uma coisa dessas". Bibi falou e o garoto pareceu aliviado.
"Então, qual o problema?". Ele voltou a ficar confuso.
"Ai Walter". Bibi olhou para o caderno, envergonhada. "Nós estávamos nos beijando ontem, e nossa, ela sabe passar as mãos nos lugares corretos". Walter deu uma risada maliciosa e Bibi ficou corada. "Não foi isso que eu quis dizer! Minha nossa, você pensa muita besteira garoto". Bibi falou e ele ainda sorria.
"O jeito que você falou foi malicioso". Walter replicou.
"Ta, soou malicioso, mas não foi isso que eu quis dizer". Bibi falou ficando cada vez mais corada.
"O que foi então?". Ele perguntou, começando a anotar algumas coisas da lousa no caderno.
"O que eu quis dizer é que ela tem experiência, experiência até demais!". Bibi ficou pensativa por um momento. "E seu eu for ruim de cama?". Perguntou baixinho só Walter ouviu.
"Ah Bibi, me poupe, que tipo de insegurança é essa?". O garoto olhou para ela.
"Tipo, e se eu for tão ruim de cama, que ela não me queira mais como namorada! Vamos encarar os fatos Wal, ela tinha exatamente cento e vinte e quatro nomes naquela lista, isso porque eu descobri que ela não tinha me colocado, porque eu sou especial". Bibi sorriu ao falar que era especial, mas logo ela parou de sorrir e continuou falando. "Cento e vinte e quatro! Ela transou pelo menos com umas vinte garotas daquela lista! Qual a chance de uma pessoa virgem ser melhor que vinte garotas! Sem contar que essas garotas devem ter feito coisas com ela que eu nem imagino que são possíveis". Bibi olhou para o amigo e suspirou.
"Primeiro, você tem cert–". Walter começou a falar, mas Bibi interrompeu o garoto.
"Não se atreva a questionar se ela é a pessoa certa, eu sei que ela é a pessoa certa só de olhar nos olhos dela". Bibi falou e o garoto pensou por um segundo.
"Segundo, você vai ser melhor que as outras, porque não vai ser só sexo, vai ser especial!". Ele falou sorrindo. Bibi sorriu de volta.
"Obrigada, eu não sei o que seria de mim sem você". A morena falou sorrindo e abraçou o amigo.
"Então ela sabe passar a mão nos lugares certos?". Walter perguntou sorrindo e Bibi ficou vermelha.
"Não seja malicioso ". Bibi sorriu e continuou. "Às vezes, ela é muito mais contida do que eu pensei". Bibi falou pensando.
"O que você quer dizer?". Ele perguntou confuso.
"Antes ela parecia mais selvagem, como se ela fosse me jogar em uma cama e rasgar minha roupa, mas eu sempre a parava, eu não acreditava em quanto eu podia ser forte! Mas agora ela parece mais contida, apesar de saber me provocar". Bibi olhou para o amigo que sorriu.
"Eu te disse". Ele falou sorrindo.
"O que?". Bibi perguntou confusa.
"Eu disse que você é especial! Ela te trata assim porque ela gosta de você". Ele falou sorrindo.
"E eu também gosto muito dela". Bibi falou sorrindo.
"Vai dar tudo certo, quando for pra acontecer, vai acontecer". Walter falou sorrindo. Bibi deitou em seu ombro e suspirou sorrindo, lembrando do sorriso de Cereja, e que faltava pouco tempo para vê-la novamente.
"Jeniffer". Cereja falou enquanto olhava para uma ruiva que tinha as sobrancelhas arqueadas. "Natalia". A loira falou e ficou pensativa. "Sarah". Cereja sorriu, ela lembrava que era algum nome que ela gostava.
"Sofia". A ruiva falou sorrindo. Cereja riu.
"Sofia, eu ia lembrar". A loira falou sorrindo enquanto pensava.
"Qual é seu ponto Cereja?". A ruiva perguntou impaciente.
"Ah sim, meu ponto é, eu sou a pessoa certa?". A loira pareceu triste.
"Você não passou por todo esse sofrimento para desistir, não é?". A ruiva perguntou brava.
"Não! Você é maluca? Eu nunca desistiria dela, eu a amo demais para isso". Cereja continuou. "Mas como você percebeu, eu não me lembro muito bem com quem eu perdi minha virgindade, nem quando, nem como, de qualquer forma, pra ela é especial, e eu não quero que ela se arrependa mais tarde". Cereja falou olhando para Juh.
"Você pretende casar com ela?". Juh perguntou.
"Claro".
"Então, se vocês ficarem juntas, ela não vai querer nem poder perder a virgindade com ninguém a não ser com você".
"Mas e se ela se arrepender, e não me quiser mais?"
"Cereja, para de ficar preocupada com isso, você não vai forçar ela a nada, se ela deixar, você tirar o v-card dela, vocês vão ficar mais apaixonadas". Juh falou sorrindo.
"Eu não sei, eu fico com medo de forçar a barra, eu quero que ela esteja pronta pro próximo passo, quero que ela se sinta bem!"
"Ela reclama, ou fica tensa quando vocês estão se pegando?"
"Não, ela não parece ficar tensa, ela fica vermelha às vezes, ou fica arrepiada, ela nunca me parou, mas eu também nunca tentei dar o próximo passo, não de uns tempos pra cá, ela é muito especial pra eu tratar ela como qualquer uma"
"Você acha que ela quer?". Juh perguntou.
"Eu não sei ler mentes Juh, nós nunca conversamos sobre sexo, eu não sei se ela quer, parece que sim, ela sempre corresponde aos meus carinhos, eu só não quero que ela se arrependa". A loira falou.
"Cereja, veja isso como uma prova de amor, e não fique pensando no amanha, se a Bibi se entregar pra você, é porque ela sabe o que está fazendo, nunca vi uma pessoa mais sensata que ela, acredite em mim, ela sabe o que ela está fazendo, ela não vai se arrepender". Juh falou sorrindo.
"Às vezes parece que você tem coração". Cereja falou sorrindo e levou um tapa da morena no braço.
"Só parece". Juh riu.
"Você tem que ter um coração, afinal, você ama a Juju". Cereja falou sorrindo.
"Ela é a única que faz meu coração bater mais forte, e é por isso que só quando ela está por perto que eu sinto que eu tenho um, no resto do tempo, como agora, por exemplo, eu estou entediada com a sua conversa melosa, fingindo me interessar só pro tempo passar mais rápido". A ruiva falou enquanto rabiscava o caderno.
"Claro". Cereja falou sorrindo e voltou a prestar atenção na aula.
"Minha mãe quer conhecer você". Cereja falou sorrindo enquanto Bibi terminava de guardar o material para ir embora.
"Quando?". Bibi perguntou.
"Hoje de noite, ela te chamou para jantar". Cereja estava encostada no armário enquanto umas cheerios passavam acenando.
"Você me fala agora? Eu preciso de dias pra me arrumar, tenho que ensaiar minhas maneiras com o Walter, e ver que tipo de coisa é educado ou não falar, Cereja, não dá pra ser hoje, não dá tempo". Bibi terminou de falar e Cereja a beijou de surpresa.
"Você fica irresistível ansiosa, quer dizer, fica mais irresistível, porque você é irresistível a todo o momento". Bibi corou enquanto Cereja dava um sorriso de lado.
"Eu estou falando sério, garota". Bibi falou rindo.
"Acho que recusar o convite ia ser indelicado". Cereja falou sorrindo.
"Que horas vocês jantam?". Bibi perguntou.
"Oito horas". Cereja falou ainda sorrindo.
"Sete meia eu vou estar na sua porta". Bibi falou sorrindo.
"Eu sei que vai". Cereja beijou a bochecha da namorada e elas deram as mãos, indo em direção a saída.
O corredor estava vazio, era impressionante como Bibi era a ultima a sair de sala, sempre.
Cereja sorriu ao notar que não havia mais ninguém na escola, e quando elas passaram por uma sala que estava com a porta fechada, Cereja abriu a porta e puxou Bibi para dentro, sem que a morena tivesse tempo de protestar, a sala estava vazia. A loira fechou a porta e colocou seu corpo contra o de Bibi, deixando a morena encostada contra a porta, com seus corpos grudados. Cereja buscou a boca da morena para um beijo urgente, as línguas se procuravam, e um frio gostoso passava pela barriga de ambas. Cereja passava uma mão na cintura da morena, enquanto com a outra ela puxava de leve os cabelos da nuca da garota. A respiração das garotas estava ficando cada vez mais pesada. Bibi arranhou as costas de Cereja, quando a loira mordeu seu lábio inferior, causando arrepios pelo corpo das duas.
Cereja pegou na coxa da morena, e começou a acariciar, passando a mão por toda a extensão, apertando e passando a unha de vez em quando, Bibi suspirava. Maldita Cereja, ela sabia sempre onde colocar a mão.
Cereja partiu para o pescoço da morena, passando a língua bem devagar, parando para dar leves chupões e mordidas, Bibi sentiu suas pernas amolecerem, enquanto ela passava as mãos pelas costas e pelo cabelo da loira. Elas se separam milímetros e se olharam nos olhos, as duas sorriram e voltaram a se beijar, agora mais calma e de uma forma mais apaixonada. Cereja ainda pressionava seu corpo contra o da morena, e Bibi puxava de leve os cabelos da namorada.
"Desse jeito eu vou acabar me atrasando". Bibi falou divertida.
"Não tem problema". Cereja falou sorrindo. As duas se olharam e ficaram sorrindo uma para a outra. Bibi chegou perto da loira e sussurrou em seu olvido.
"Eu te amo".
Aquilo fez o coração de Cereja dar um pulo de alegria, e seu corpo arrepiou de uma forma que ela nunca tinha sentido antes. Bibi riu, ela sabia o que estava provocando na loira. Elas deram mais um beijo e saíram da sala, sorrindo, de mãos dadas. E naquele momento, a infelicidade do passado pareceu apenas uma brincadeira de mau gosto do destino. Elas não sabiam que podiam ser tão felizes como estavam naquele momento.

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