Eu nunca me imaginei escrevendo no título o que escrevi para o capítulo de hoje,
boa leitura, amores <3
Uma batida brusca foi feita na minha porta, olhei para meu relógio e constatei que eram seis da manhã. Alguém parecia socar a madeira, então meus sentidos se aguçaram e pulei da cama colocando meus óculos.
— Pois não? — Abri a porta e dei de cara com um guarda que tinha o dobro da minha altura, com uma cara muito fechada. Senti meu corpo estremecer.
— Você ser chamado para reunião, rei preocupado e bravo. Ir agora. Ordem imediata. — Do modo em que falou, reconheci o sotaque como o de Helsinki, por conta de suas origens talvez. Engoli seco e peguei um casaco antes de acompanhar o homem.
Não fomos para nenhuma das salas de reunião, fomos direto para a sala de jantar, onde já haviam algumas pessoas sentadas na mesa para tomar o café. Estranhei tal coisa.
— Senhor Marquina, sente-se aqui. — O rei disse com uma cara estranha.
— Algum problema, vossa majestade? — Perguntei perdido com a situação.
— Você dormiu com a princesa! É traição! — Um dos representantes gritou da ponta da mesa.
— Perdão, como assim? — Tentei segurar minha postura e não apresentar medo.
— Não banque o sonso. Eu vi, hoje de madrugada — Reconheci a voz de Alberto — E tenho uma testemunha — Agarrou um mordomo pelo colarinho da roupa que usava — Diga, agora! — rosnou.
— Só vi alguém deixar o quarto da princesa, não sei quem... — O mordomo alternava o olhar com medo entre mim, o rei e Alberto.
— Você viu e eu vi, e foi esse aqui — Andou até mim e praticamente enfiou o dedo em meu rosto, deu uma risada debochada — É claro que seria. De duas uma, ou você é um abusador interesseiro, ou é a Raquel o problema em si. Não consegue nunca se segurar, está sempre por aí abrindo as... — Eu interrompi com um soco em seu rosto.
— Desgraçado, quem é você para falar assim da Raquel? Esqueceu que quem foi abusar dela, quem ofendeu ela, e quem ameaçou ela, foi você próprio? — Ele passou a mão onde levou o golpe e me encarou.
— Agora você é o assunto aqui, cavaleirozinho — Tentou devolver o soco, mas desviei e o joguei no chão, ficando por cima e batendo nele.
— Vai pagar pelo que fez, hijo de p... — Eu disse irado.
— JÁ CHEGA! — O pai de Alberto gritou e ordenou dois guardas para separar nossa briga.
— Sérgio, pare — o rei disse com a voz trêmula, estava quase pronto para dar mais um golpe, quando um guarda me segurou pela mão.
— Está na lei, traidores devem ser banidos. É do seu reinado que estamos falando Max — Um dos ministros disse. O rei me olhou com pena e meus olhos se encheram de lágrimas.
— Não - Eu pedi.
— Sérgio Marquina — Max começou de pé.
— Não, majestade, não.
— De acordo com o livro real, do meu governo, você está neste momento banido para sempre, do castelo e do reino da Espanha. Por causa de traição em serviço. — Declarou e cerrou os dentes.
— O que coños está acontecendo aqui? — Raquel entrou pela porta seguida por Mônica, Paco e Ricardo. Ambos com olhares perdidos e preocupados.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A nossa História (Concluída)
RomanceSergio Marquina é um jovem fugitivo de suas próprias cicatrizes. Depois de ter andado por alguns lugares ao redor do mundo, retorna para a terra em que nasceu para recomeçar uma nova vida. Ele vai enfrentar um novo presente cheio de experiências no...