Capítulo 4 - As the world caves in

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- Uh..? O que aconteceu? - Kirishima abre um pouco seus olhos e aos poucos recobre a sua consciência, se sentando no chão gelado de seu dormitório e colocando a mão na cabeça - ah.. lembrei.

O mesmo olha em volta e percebe que não havia uma única fonte de luz em seu quarto além da janela que estava coberta pela metade da cortina. Não havia pensado em ligar a luz uma única vez?

Se levanta e vai direto ao interruptor, ligando a luz num movimento rápido. Se dirige a passos pesados para a sua cama visivelmente abatido. Estava repensando tudo que havia passado em apenas uma hora e tanto.

Quando se sentou, chegou a conclusão que: acordou cedo uma vez na vida, sentiu coisas estranhas mas não ligou, depois disso começou a pensar no Deku e no Bakugo, logo em seguida começou a ter uma crise, vomitou pétalas da flor lírio azul e descobriu que possivelmente tinha uma doença literária chamada Hanahaki. A, sim, e também desmaiou.

Deitou-se na sua adorável e macia cama com os braços como travesseiro, olhando para o teto. Será que deveria acreditar mesmo nessa tal doença? Estava escrito no Google que ele iria morrer se não fizesse uma cirurgia. Cirurgia pra que, afinal de contas? Bom, provavelmente é para a retirada das flores, mas não é o importante agora.

O que ele acabou de sofrer no banheiro foi, possivelmente, um surto que ele teve com as aulas e se imaginou tendo uma doença. Isso, foi tudo um surto. Quem nunca se imaginou com uma doença para não ir para as aulas, não é mesmo?

Quando ele iria pensar o que iria fazer no resto da tarde, se lembrou que tinha aula. E um almoço. Se virou para a cabeceira ao seu lado onde havia seu celular e o pegou. Com o mesmo ligado, viu que era 10:09.

Perfeito. Daria para tomar banho antes das aulas sem problema nenhum. Se levantou com nenhuma vontade e foi em direção ao banheiro. Quando chegou no mesmo, viu aquela mesma poça de sangue.

- Eu.... eu devo ter me machucado. É, machucado. Essa poça de sangue nunca sairia de mim com pétalas de flores azuis, não é? - ele ri seco e sem nenhum resquício de felicidade - né?

Ele balança a cabeça para o lado e se vira para o espelho. Quando os olhos dele se encontram na pia, o mesmo vê uma pétala azul bem reluzente por causa da luz e por causa do fundo branco que a mesma se encontrava.

- Isso... isso..... mais que merda! - o mesmo fala com raiva, chutando o armário que fica em baixo da pia onde se guarda os produtos do quarto, e em seguida se vira de costas para o espelho, se sentando novamente no chão com as costas contra o armário.

- Merda, merda... isso não é real. Isso não existe, então por que estou tendo isso? - fala olhando para o chão com lágrimas nos olhos, tentando não deixa-las caírem - essa doença não existe, então por que tudo que esta acontecendo comigo se relaciona a ela? POR QUE?

Ele coloca as mãos em sua boca, tentando abafar os possíveis soluços que iriam vir mais para frente. Ele para de olhar para o chão e olha para o teto.

O avermelhado odeia chorar, com todas a forças. Ele sabe que isso é humano e é uma coisa um tanto saudável, vamos assim dizer. Mas ele não consegue suportar o sentimento de se sentir tão fraco ao ponto de chorar que nem uma criancinha.. que nem antigamente. Aquela mesma criança que chorava todos os dias em seu antigo quarto não iria voltar, não agora. Agora que Kirishima estava tendo uma vida feliz, ele não pode se deixar levar por esse desespero.

Depois de alguns minutos se acalmando internamente, ele se dirige para o rolo de papel higiênico e pega uma quantidade um tanto significativa de papel para limpar de uma vez aquele sangue que estava no meio de seu banheiro.

Por que ele?Onde histórias criam vida. Descubra agora