Capítulo 18 - Another love

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Bakugou foi dormir chorando ontem à noite. Depois do mesmo ter saído da sala em disparada, não conseguia nem formar uma frase antes que o choro se tornasse presente. Por conta disso, faltou as aulas e iria faltar as aulas de hoje também.

No meio de seu caminho para seu dormitório na tarde anterior, encontrou Aizawa. Seu professor, entendendo logo de cara o que o loiro estava passando, deixou ele faltar as aulas hoje pois sabia que ele era um dos alunos que conseguiam as melhores notas da classe.

Bakugou agradeceu com um leve acenar de cabeça, e em seguida entrou para dentro de seu dormitório, se jogando na cama. Ele se sentia incompleto de todas as maneiras possíveis. Por que justo agora foi perceber que amava Eijiro Kirishima? Por que que foi descobrir esse fato justamente quando o mesmo estava morrendo?

Ligou seu telefone e viu que eram 10 horas da manhã. Ainda lembra que havia ido dormir somente as 6 e tanto da manhã, mas mesmo dormindo por quase 3 horas não estava com nenhum sono. Estava era cansado. Cansado e com medo de nunca mais poder ver o garoto sorridente com cabelos vermelhos que tanto amava.

Se senta na cama, coloca suas pantufas e pegou rumo até o banheiro. Quando ele se encontra no mesmo, percebeu que seus olhos estavam vermelhos que nem suas íris¹. Envolta de seus olhos estava olheiras grandes e escuras, e seu rosto estava um pouco vermelho e inchado. Essa foi, literalmente, a pior noite que ele poderia ter na vida.

O explosivo escova seus dentes e lava seu rosto, em seguida saindo de seu banheiro e se vestindo de uma forma desleixada. Iria ir para o hospital hoje para visitar Kirishima, e não conseguia esperar nem mais um segundo sem ver ele. Não iria mentir, estava um tanto ansioso e triste pois iria ver a pessoa que gostava num coma, mas ignorou esses sentimentos e saiu de seu quarto.

Não viu ninguém nos corredores, e não esbarrou em completamente ninguém em todo seu caminho até a saída. Quando saiu de sua faculdade, começou a caminhar até o hospital de cabeça baixa. Não queria que ninguém o reconhecesse e visse seu estado deplorável que se encontrava.

Avistou um prédio moderno e cheio de vidros, e em seguida o adentrou. Dentro do hospital, avistou uma bancada onde havia umas pessoas sendo atendidas, e ao lado umas cadeiras com mais ou menos 60 pessoas esperando para serem atendidas.

- Eu não vou esperar todo mundo daqui ser atendido nem a pau.. - Bakugou sussurra para si mesmo, tomando rumo para o balcão agora vazio onde se encontra uma atendente que chamava um número aleatório para o próximo paciente.

- Bom dia jovem, você é o número 56? - a atendente pergunta sorridente, fazendo Bakugou ficar ainda mais bravo. Esse lugar é aonde vem mais gente ferida e quase morrendo, como ela poderia sorrir tão alegremente daquele jeito?

- Não - Bakugou responde seco - eu vim aqui ver meu.. meu amigo-

- Ah, me desculpe então.. não vou poder atende-lo - a atendente o corta, fingindo que o mesmo nem estava mais ali e chamando o número 56 uma outra vez.

- Eu estou falando com você vadia! - Bakugou quase berra. Não estava com nenhuma paciência para ficar conversando amigavelmente com uma pessoa. Precisava encontrar Kirishima.

- Me desculpe senhor, mas vou ter que te expulsar do hospital se você me xingar mais uma vez.

- Aaah que medinho - Bakugou fala irônico - me fale onde está Eijiro Kirishima e ninguém sai ferido.

- Você é amigo dele? - a atendente fala surpresa, apertando um botão vermelho - ele é tão gentil.. como pode ser amigo de uma pessoa como você?

- Olha sua- Bakugou é cortado novamente por ser segurado por braços fortes. Ele estava sendo expulso?

- ME LARGA SEU PORRA! - Bakugou grita, tentando se soltar - EU DISSE PARA VOCÊ ME SOLTAR SEU FILHO DA PUTA! 

Por que ele?Onde histórias criam vida. Descubra agora