32 - Amarrando as pontas soltas

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O dia amanheceu frio, não consegui dormir pensando em tudo que teria que fazer, por sorte as aulas foram adiadas por um problema nos computadores e nada de provas finais por alguns dias

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O dia amanheceu frio, não consegui dormir pensando em tudo que teria que fazer, por sorte as aulas foram adiadas por um problema nos computadores e nada de provas finais por alguns dias. Sorte ou não veio em uma hora perfeita, eu jamais conseguiria me concentrar em uma prova idiota quando estou tento que bolar um jeito de viver e sair do esquema criminoso do meu pai mais uma vez. 

Abro o guarda roupa e pego as antigas malas, começo a colocar algumas roupas, não posso encher muito a mala pois será uma viagem de mudança completa, suspiro ao encarar os livros de psicologia, terei que abandonar a faculdade que sempre sonhei me formar, tudo porque dei o azar de ser adotada por um desgraçado, ladrão, mal caráter e psicopata. 

A raiva esquenta meu sangue e me mantem focada em continuar preparando tudo, teremos que abandonar o apartamento e não teremos tempo de vender, não temos dinheiro o suficiente para recomeçar e continuar faculdade em outro lugar. Estou me colocando junto com minha irmã, mas não sei se ela virá comigo, não com a proposta de Rubens sobre sua cabeça. 

Também não sei se quero que ela vá. 

Meu celular toca me trazendo de volta a realidade,  o nome de Jake brilha novamente na tela e me sinto mal por não conseguir falar com ele, sai da sua casa e não pensei mais nele depois disso. Ignoro a ligação e encaro King dormindo tranquilo na minha cama, não sei se poderei leva-lo também. Mesmo que Michel não tivesse me dito que Jake só me via como uma amiga, depois da noite de ontem nunca poderíamos ficar juntos. 

Não poderei mais ajudar Thomas, logo quando eu disse que não iria abandona-lo é exatamente isso que farei agora. Por mais que seja para tirar o alvo das suas costas não consigo deixar de me sentir culpada, triste, irritada e temerosa. Foi tão rápido para que eu criasse laços com essas pessoas e agora terei que fazer com que me esqueçam, com me odeie, porque os arrastei para meu passado que eu prometi nunca mais voltar. 

Ainda com o celular na mão vejo duas novas mensagens , a primeira é de Henry confirmando nosso encontro, terei que ameaça-lo para que ele não conte sobre ter visto minha irmã n baile de ontem, é isso ou sermos perseguidas pela policia. Poderia entregar seu nome para os garotos, mas ele seria morto e não quero que isso aconteça, não queria que nada disso estivesse acontecendo. 

A segunda mensagem é de um numero desconhecido.

Por ter ajudado ontem.

São vinte mil dólares na minha conta, era isso que o pendrive valia, vinte mil dólares, é o valor pelo qual eu terei que fugir, que terei que deixar tudo e todos com quer me importo. Sinto vontade de devolver todo dinheiro e dizer que não preciso deste dinheiro sujo, mas eu estaria sendo inconsequente, burra e estupida como uma maldita adolescente. Então em vez de devolver vou usar isso para sumir de seu radar, seu próprio dinheiro para comprar minha liberdade uma segunda vez. 

Decido largar a bagunça e ir logo para a lanchonete que eu marquei de encontrar Henry , ficar remoendo o que aconteceu não vai fazer com que aconteça diferente. 

Se formando no AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora