Sense of Home

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Luke se assusta com a cena de Louis entrando no escritório com um bebê risonho nos ombros e uma mochila holográfica muito pequena para suas costas masculinas. O homem respira fundo, por um momento ele pensou que seu amigo e colega de escritório havia sequestrado uma criança, mas era o filho do rapaz, Tom que descia de seus ombros para seus braços.

- Acho que perdi o dia dos filhos ao trabalho hoje, bem que Honey tentou entrar no carro enquando eu e Michael não estávamos olhando. - Brincou.

Louis entortou a boca em uma careta.

- Antes fosse, eu precisei trazer Tom hoje porque Harry ainda não sai do quarto e está longe de todos em casa.

Luke evita de revirar os olhos. É claro, ele entende que o que aconteceu com a família era algo sério, mas Styles em seu ponto de vista era tão dramático em fazer todos na casa pagar pela sua dor. Louis fazia o melhor que podia, porque seu marido não podia se esforçar.

- Eu sei o que você está pensando, - Disse Louis - Mas, acredite, ele está bem melhor do que no início da semana. Um passo de cada vez.

- Claro, mas ele deveria estar batendo na porta daquela jaguatirica e pegar o filho dela de volta.

Louis suspira. Seu marido era do tipo que esperava a dor passar pra tomar uma atitude, mesmo que pra isso ele precise fugir das coisas por um tempo, nem todo mundo entendia, ou melhor, apenas ele conseguia compreender isso. Não era ninguém para julgar a dor alheia.

- Nós vamos pegar Oliver de volta, mas não dessa forma. Nessa altura perder a razão é um erro. - Ele responde, beijando a bochecha de Tom.

- Sei... Olha, não quero julgar, só não gosto de ver vocês passando por mais uma barra. Já pensou em chamar um padre, uma benzedera, demonologistas...? - Ele bate palmas para Tom que solta um grito alto e se joga para cima de Luke.

Louis passa o bebê para o amigo.

- De resto, como estão? - Luke agora está balançando o bebê de um lado para outro. Sua voz muda para um tom pateta. - Você com certeza vai ser uma distração hoje, é sim você vai.

Louis estala o pescoço antes de responder.

- Freddie não come desde que Oliver saiu de casa, Doris pergunta até o porque do sal ser salgado, Tom está com problemas pra dormir e Ernest por incrível que pareça é um dos meus filhos com menos problemas. Mas tudo bem, sabe por quê?

- Hum? - Luke murmura com a mão de Tom na sua boca.

- Porque eu sou o super-pai, nada me atinge, eu dou conta de tudo. Vou olhar Tom o dia todo, encontrar um jeito de Freddie jantar, de Tom dormir, enviar um e-mail para a professora de Ernest justificar as faltas e por cima de tudo isso fazer o meu trabalho. - Por ironia do destino, Thomas solta uma risada.

- Uhum. E tudo que você precisa está na mochila clubber anos 90 que você passou a usar, né? - Disse o outro rindo.

Louis olhou para a mochila agora nos seus pés. Ah não, ele trocou a sua mochila, com agenda, troca de roupa, fraldas e um notebook pela mochila de Doris. Ele ainda abriu para ter certeza e deu de cara com um unicórnio laranja, giz para colorir e o avião favorito da filha. Papai Tomlinson queria sentar no chão e apenas chorar, talvez ele não fosse tão super-pai assim.

Solidário, Luke diz que ele pode usar um notebook de reserva do escritório e enquanto Louis se ajeita ele vai dar uma volta com Tom e comprar o necessário para o bebê, uma vez que tudo de Tom está na mochila com Doris. E ainda iria lembrar de como eles fizeram Honey dormir quando ela tinha a mesma idade de Thomas.

- Você sabe né, eu sou o super-amigo. - Ironizou.

-x-

Oliver estava sentado no balanço, o dia estava um pouco nublado e seu cabelo até os ombros balançavam com o vento. Ele já estava com sua mochila nas costas e esperava, não pelo garoto de cabelos castanhos que caminhava até Freddie, mas sim pela mulher alta e esguia que estacionava o carro na outra esquina.

the kids are alright ↺ l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora