Every Styles needs a Tomlinson

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Era hora do recreio e Freddie estava sentado no balanço, comendo um sanduíche pensando em como a vida era injusta. Seus pés quase não tocavam a terra abaixo dele porque sua altura era praticamente igual a de um anão. Seu pai jurava que dali a alguns anos ele seria mais alto que Theo e Ernest, mas o garoto duvidava. O do meio dos Tomlinson, era o segundo menor da sala, e até os meninos mais novos eram maiores do que ele.
 

Oliver por exemplo, mas isso não incomodava Freddie, por incrível que pareça. Era bom, principalmente quando havia algo para se pegar em algum lugar realmente alto.

 
Enfiou o último pedaço de sanduíche de atum, seu favorito, na boca e tentou se balançar, mas estava difícil pegar impulso com os pés sem escorregar a bunda para fora do banco. Caramba! Onde está Styles quando se precisa dele?

 
Ah sim, ele estava ajudando a Srta. Yang a guardar as tintas da aula de artes. Essa era a única aula em que Oliver não se dava melhor do que Freddie, o garoto não sabia desenhar uma linha reta enquanto Freddie sempre tinha seu quadro pendurado em algum canto da sala de desenho. Mas em compensação, o pequeno Styles era excelente em todas as outras matérias e tinha uma paciência eterna para ensinar quem não conseguia entender.

 
Frações sempre foram o pesadelo de Freddie e desde que Oliver entrou em sua vida elas ficaram até mais divertidas. Parando para pensar, tudo na vida de Freddie ficou mais fácil com o garoto ao seu lado.

 
Ollie nunca ficava chateado quando Fred precisava descansar pro seu peito não fazer barulho e nem doer. Sempre, sempre ajudava ele nas tarefas com os bichos antes de poderem ir brincar e não se incomodava se precisavam levar Doris a tiracolo. O pequeno também sempre tinha algo inteligente para dizer, Freddie se irritava com facilidade e depois de seu pai a única pessoa que conseguia fazê-lo entender como as coisas funcionavam era Oliver.

 
- Ele só deve estar um pouco estressado, não pegue tão pesado, Fred. – Dizia quando Louis lhe dava uma bronca, totalmente desnecessária.

 
E tinha os abraços. Oliver sempre sabia quando era necessário um deles, na casa dos Tomlinson, abraços e beijos era distribuídos sem medida o tempo todo, o que acabava ficando até mesmo sem graça depois de um tempo. Com Styles era mais raro mas quando chegava tinha conforto do cobertor macio e chocolate quente, curava qualquer chateação de um dia ruim ou quando Freddie sentia falta da mãe.

 
Em um desses dias que amanheciam cinzas mesmo com todo o sol que a cidade tinha para oferecer, e até mesmo nas noite quentes que ficavam meio frias por causa da saudade, Louis colocou cobertas na grama e deixou que as duas crianças ficassem sob as estrelas antes de irem para cama. Nesse dia Ollie contou que tanto seu pai, quanto ele tinha nomes em homenagem as constelações* que existiam acima de nós. Freddie ficou encantando com a história e mais encantando quando soube reconhece-las no céu.

 
- Quando não estou em casa, sempre procuro a constelação do papai, assim não me dói tanto ficar longe. – Disse, puxando os fios cacheados do cabelo como sempre faz quando se distrai.
 

Naquela noite, Freddie se lamentou por Lisa não ser um nome de estrela, nem de constelação. Seria confortante bastar um olhar para o céu para ver a sua mãe. Desde então, os dois pesquisaram nos computadores de casa e escola os endereços dos planetários da cidade, que só havia um no caso, e outras formas para que Freddie tivesse sua estrela. Oliver iria garantir que isso iria acontecer.
 

Um leve empurrão em suas costas fez suas mãos se fecharem ao redor da corrente do balanço. A risada conhecida, seguida com mais um novo empurrão, levando Freddie para o ar não deixou dúvidas de quem era.
 

- Você precisa impulsionar o corpo pra frente e as pernas para trás, Tomlinson, como eu te ensinei. – Disse divertido, o empurrando mais uma vez.
 

the kids are alright ↺ l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora