This time I'm not leaving without you

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Era difícil para Oliver ficar longe do pai. Ele se sentia completamente desnorteado e sozinho sem o homem por perto, sentia falta até mesmo das broncas e da insistência dos vegetais na hora do jantar.

Quem nesse mundo pode gostar de rabanetes afinal?

Hoje, porém, Ollie vai precisar soltar o laço um pouco, era o fim de semana de Camille, sua mãe. A criança odiava ficar presa naquele condomínio exageradamente luxuoso da mãe, sem a atenção da mesma que passava a maior parte do tempo trancafiada no escritório desenhando mais uma nova coleção de jóias. Era entediante ficar jogado no sofá assistindo Pokemon por quase 48 horas seguidas.

Além disso, Camille não deixava que naquele tempo o garoto mantivesse nenhum tipo de contato com o pai enquanto estivesse com ela. Houve uma vez que Oliver chorou durante uma noite inteira, porque queria escutar a voz de Harry pelo telefone antes de dormir, ele precisava disso para diminuir a saudade mas foi impedido pela mulher que não aceitava que o amor de seu filho pelo pai fosse maior do que o pequeno deveria sentir por ela.

- Eu prometo que vai passar rápido. - Escutou o pai dizer enquanto arrumava sua mochila, que com certeza iria voltar intacta. Outra regra de Camille era que Oliver não podia usar nada que era da casa do pai, nem mesmo suas cuecas.

Mas para Harry aquele ritual de colocar cada coisa favorita de Oliver dentro da mochila era um lembrete de que ele tinha para onde e para quem voltar, que seu pai sempre estaria esperando não importa para onde ele fosse.

- Eu não gosto de ficar naquele quarto. Tenho certeza que todos os tipo de fantasmas vivem embaixo da cama que eu durmo. - Resmungou, encarando triste os olhos do pai.

- Nós já tivemos essa conversa sobre fantasmas e sobre ler as minhas anotações escondido. Ollie, você sempre fica impressionado demais. - Repreendeu Harry, abotoando os botões da camisa do filho.

- Eu queria mostrar a Freddie e ele acabou se empolgando mais do que deveria... - Disse, mordendo o lábio.

- Freddie? - Oliver concordou com a cabeça. - Bem, isso é uma surpresa.

- Porque?

- Louis não é muito fã de terror, imaginei que Freddie também não fosse. - Deu de ombros.

- Eu tentei convencê-lo de que fantasmas não são legais, mas ele é muito teimoso, pai. Quase nunca me escuta. - Suspirou exausto, Freddie era um doce na maioria das vezes, mas tinha a tendência a ser difícil quando contrariado. Não que Oliver fizesse isso, mas era cansativo precisar ceder sempre.

- Isso definitivamente não me surpreende. - Riu. - Ele faz uma coisa com o nariz assim? Quando está irritado?

Harry franziu o nariz para o filho que abriu a boca concordando.

- É! E diminui os olhos assim, como se tivesse super-poderes que vai me fazer derreter ou coisa parecida. - Gesticulou, imitando em seguida o olhar para o mais velho.

- Oh, sim... Eu conheço esse olhar - Balançou a cabeça.

Pai e filho soltaram um profundo respiro, seguido de um "É..." pensativo.

- Bem, quando não souber o que fazer para mudar a cara irritada, segure o nariz dele assim, até a braveza se desfazer. - Demonstrou rapidamente no próprio nariz.

- Como isso daria certo? - Riu

- Se dá certo com o pai, com certeza dará certo com o filho.

Oliver parou por um momento, refletindo aquela pequena conversa e nos conselhos dados.

- Peraí... Como é que você sabe tanto sobre o pai do Freddie? - Perguntou confuso de repente. Não tinha nem mesmo dois meses que os Tomlinson haviam se mudado para o jardim ao lado, e Louis e seu pai haviam se encontrado sei lá? Umas poucas vezes?

the kids are alright ↺ l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora