Harry POV
Molly era adorável.
Ela e minha mãe precisavam se conhecer... Urgentemente.
Ela nos levou ao Beco Diagonal no nosso terceiro dia de estadia na casa dela.
Devo dizer que foi uma experiência meio... Conturbada.
- Não vamos com o carro? - eu me lembro de perguntar.
- Não, querido, nós usamos a lareira, é mais rápido. - Molly respondeu.
Eu não entendia como se podia viajar por uma lareira.
Mas não custava nada tentar.
- Pela... Lareira? Como? - eu disse confuso.
- Pó de flu, é claro. Muito eficiente. - ela disse e então pegou um pote cinza ao lado da lareira com o que parecia ser areia dentro.
- Aqui, você pega um punhado, entra na lareira, diz o lugar aonde você quer ir e então solta o pó no chão. - ela estendeu o pote e eu gaguejei um pouco confuso e assustado.
- Harry nunca viajou com pó de flu antes, mãe, não é melhor... - Ron começou a dizer mas foi cortado por Draco.
- Eu vou primeiro! - Draco pegou um punhado de pó de sei lá o que e entrou na lareira. - Beco Diagonal! - e soltou o pó desaparecendo em chamas verdes.
Confesso que tomei um susto.
- Ele... Está bem? - perguntei só para conferir.
- É claro, desde que não tenha ido parar no lugar errado... - Fred disse. - Então... Próximo!
Eu peguei um punhado daquilo me tremendo de medo mas fui até a lareira.
Joguei o pó no chão mas quando fui falar aquilo entrou no meu nariz e fez com que eu dissesse as palavras de forma estranha.
- B-be-Beco Diagonal!
A última coisa que ouvi antes de deixar a sala foi uma voz bem distante da Sra. Weasley.
- O que foi que ele disse?
- Bbebeco Diagonal. - respondeu o Sr. Wesley.
- Foi o que imaginei. - Molly disse como se eu fosse um caso perdido.
Nesse momento tudo escureceu e eu saí por uma lareira imunda eu uma loja muito estranha.
Não fazia ideia de onde estava.
As prateleiras eram todas imundas, repletas por teias de aranhas e pó acumulado por no mínimo uns cem anos.
Em uma delas havia uma mão de esqueleto muito chamativa.
Admito que tinha muita vontade de tocar para ver se eram ossos de verdade.
Mas obviamente, assim como aprendi, sempre desconfie das coisas óbvias.
Passei longe da mão de esqueleto.
Abri a porta da loja e o sol me cegou por alguns instantes.
Estava em uma ruazinha estreita, feita por paralelepípedos de pedra.
As lojas em volta da rua pareciam todas tão sombrias quanto a que eu estava.
Saí de fininho da loja e então me deparei com muitos bruxos.
Dos bruxos mais tradicionais mesmo.
Como os de filmes trouxas, com capas negras até os pés, chapéus pontudos enormes, cabelos desgrenhados e grisalhos, mas principalmente uma grande verruga na ponta do nariz.
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Inimigo do quarto ao lado
Fanfiction_ Sonserina não, sonserina não. Tudo menos sonserina! _ Sonserina não...? Então melhor que seja... SONSERINA! ________________________________________ Arte da capa: apollinariart no Instagram