Sinners - TRADUÇÃO [Sakuatsu]

Capítulo 8

Tudo desmoronou do jeito que as coisas sempre aconteciam - por causa de um erro descuidado. Apenas um pequeno erro de cálculo que desvendou tudo. Apenas um momento em que Kiyoomi largou as rédeas de seu controle e seguiu seu coração. Um beijo, um abraço e mãos cuidadosas segurando sua cintura enquanto ele se sentava em cima de Atsumu, rindo sem fôlego. Foi inocente. Eles estavam totalmente vestidos. Eles nunca foram além do beijo porque Kiyoomi era conservador e Atsumu era um cavalheiro quando isso contava. Kiyoomi se inclinou novamente para outro beijo porque era seu novo vício, e então -

O som da porta se abrindo, um suspiro e vidros quebrando. E então um silêncio apavorante, apavorante.

Por um momento, ele e sua mãe se entreolharam com horror. Atsumu estava segurando seus flancos com força, mas Kiyoomi não conseguia desviar o olhar. Os segundos pareceram uma eternidade.

E então o rosto de sua mãe se contorceu em uma fúria sem precedentes, e ela se aproximou e estendeu a mão para Kiyoomi e -

E então unhas compridas arranharam seu couro cabeludo, puxando seu cabelo - puxando-o pelos cabelos de Atsumu, para fora da cama e para o chão. Atsumu estava gritando, sua mãe estava gritando e ele estava apenas tentando colocar os pés debaixo de si de novo, apavorado, muito animado para sentir a dor. Em algum momento ele tropeçou e caiu com as mãos no vidro quebrado no chão e sim, havia dor.

Mas ele não teve tempo de respirar antes que sua mãe o arrastasse com toda a fúria que ela podia reunir e o jogasse em seu quarto e fechasse a porta.

Ele ficou sentado lá em silêncio, atordoado e respirando com dificuldade.

Então, quando ele ouviu sua mãe gritando para Atsumu sair, você não deve mostrar sua cara aqui de novo, ele percebeu.

Ele tinha acabado de arruinar sua vida.

-

Quando sua mãe voltou, ele havia acabado de tirar os pedaços de vidro das palmas das mãos e embrulhado as mãos com o kit de primeiros socorros na pia do banheiro de sua mãe. Ele se sentou na beira da cama, entorpecido, esperando pelo livramento.

Seus pensamentos foram dispersos. Agora que o dia que ele temia finalmente chegou, ele não sabia o que fazer ou como se mover. Ninguém poderia salvá-lo - nem Deus, nem Atsumu, nem sua mãe. Esta foi sua batalha.

O que ele vai fazer?

Que resultado ele queria?

A mãe arrastou a penteadeira e a colocou na frente dele. Ela se sentou e ele ficou olhando enquanto ela cruzava as mãos.

Calmamente, ela perguntou: "Onde foi que eu errei? Onde eu errei ao criar você? "

As palavras foram uma faca em seu coração. Ele estava errado, errado, errado. Para sua mãe. Para seu Deus. E para todos os seus crentes, incluindo o próprio Kiyoomi.

Ele sussurrou: "Sinto muito, mamãe".

"Kiyoomi, você é meu filho. Se você puder me dizer que não fará isso de novo, eu posso perdoar isso."

Ele começou a chorar. "Me desculpe mãe."

"Oh Deus," sua mãe gemeu e ela começou a chorar também. Ela sussurrou, desesperada: "Bebê, é um pecado."

"Eu sei", ele soluçou. "Eu sei. Eu não posso evitar."

Depois de um tempo, eles se recompuseram. "Não sei o que fazer", admitiu a mãe. "Eu preciso de alguma orientação. Vá para o seu quarto. Você não deve sair. Você não deve ir para a aula o resto da semana."