Serotonin.

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    Vão ler minha outra fic!

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      - Lucas...onde tá o Harry? - Louis com um copo de refrigerante em uma mão, embalando o corpo como se não quisesse nada.

     - Hãm, eu não sei...vai ver ele foi pro quarto.

     Louis estava ali a bastante tempo, ele conhecia as pessoas e sabia como cada um era, após observar todos, percebeu que faltavam alguns homens, entre eles, um ex presidiário que foi condenado por estupro de vulnerável. Entre todos que não estavam, apenas *ele* poderia fazer alguma coisa com Harry, na cabeça de Louis. Durante alguns segundo, ele pensou que poderia estar enlouquecendo e que Harry estava completamente bem no seu quarto - Não custa nada dar uma olhada... foi o que passou em sua cabeça enquanto largava o copo em cima de uma das mesas e se retirava.

     Ele foi direto no quarto do mais novo e não demorou pra ver que ele não estava la. Nesse momento poucas coisas passavam em sua cabeça, ele apenas queria encontrar Harry e ouvir ele lhe xingar com palavras que não lhe davam medo algum; correndo pelo corredor, Louis não sabia qual era o quarto do homem, mas sabia que era no andar a cima do dele. Pelas escadas foi o caminho mais fácil de chegar, de porta em porta, foi batendo e quando não abriam rapidamente, ele apenas girava a maçaneta e verificava quem estava ali.

     Em uma das portas no meio do corredor, Louis bateu, mas sem dizer uma palavra, apenas dando socos, tentou e tentou abrir, mas a porta não se mexia. Nervoso e com medo, ele foi obrigado a tentar arrombar.

     - Abre essa merda! Abre a porra da porta logo! ABRE LOGO!! - se jogando contra a porta, deixando dolorido os braços e joelhos, ele não parou; duplicou a força quando percebeu que a fechadura estava começando a sair do lugar. Alguns segundo naquilo quando deu um último chute, foi o certeiro para arrombar.

     A sensação que Louis teve ao ver Harry desmaiado, sendo amarrado na cabeceira, semi nú, foi completamente sufocante.

     Puxou pelo calcanhar fazendo o homem cair de frente, o arrastou até o meio do quarto, a força de Louis era menor, assim como o seu tamanho, mas a raiva, o nojo e o ódio que ele sentia, supria qualquer coisa.

     - SEU FILHO DA PUTA, VOCÊ NUNCA MAIS ENCOSTA NELE, NUNCA! - as palavras saíam da boca de Louis juntamente com os vários socos dados na parte de trás de sua cabeça. - SEU NOJENTO, VAI PRO INFERNO, DESGRAÇADO! - o homem tentou se levantar.

     - Sai de cima de mim pirralho, ele me quis!

     - Te quis na casa do caralho! - Louis dizia quando se levantou e começou a dar chutes no mais alto.

     Até que ele estivesse com sangue saindo pela boca, Louis não parou de chuta-lo, deixando o homem inconsciente durante alguns minutos. Nessa altura, alguns outros homens já estavam chegando para ver o que estava acontecendo.

     - Louis, que porra é essa? - Lucas, o único que poderia entender a situação, disse ao chegar no quarto.

     - CHAMA A AMBULÂNCIA, LUCAS!

     - Pra que? Me explica?!!

     - CHAMA A PORRA DA AMBULÂNCIA, CARALHO! E TIRA ESSE CARA DAQUI, VAMO LOGO PORRA!

     Lucas, obviamente, fez o que Louis tinha pedido; com a ajuda de mais dois amigos, ele retirou o cara que estava inconsciente jogado no chão.

     - Harry...- Louis foi até Harry, desamarrou seus pulsos e o enrolou em um cobertor. - Harry, fala comigo...abre o olho! - apoiando o maior contra seu peito, Louis o sacudia sutilmente para que de alguma forma, Harry reagisse. Assim ele ficou poucos minutos, até sentir o corpo do mais novo, que estava gelado, começar a tremer. - ei, Harry, tudo bem, tá tudo bem agora! Preciso que você olhe pra mim!

     O maior estava tremendo e completamente perdido, a última coisa que esperava encontrar depois de desmaiar, era Louis Tomlinson lhe acalmando.

     - NÃO, POR FAVOR - Harry ainda estava em choque, então qualquer um que lhe encostasse ele se sentiria ameaçado. - FAZ LOGO, ACABA COM ISSO!

     - Harry sou eu, o Louis, tô aqui com você...você quer que eu te solte? - como se em alguma parte no cérebro de Harry não estivesse em pânico, o mesmo discordou com a cabeça. - ele já foi embora, eu Louis, tô com você...vai ficar tudo bem, agora - Louis não parou de repetir que estaria com Harry; enquanto se balançava delicadamente - assim como quando estamos com um bebê - ele também acariciava os braços de Harry; apoiou seu queixo na cabeça do maior, fazendo com que o mesmo terminasse de se encaixar no abraço.

     - Louis a ambul...- quando Lucas entrou rapidamente no quarto, Louis o interrompeu fazendo sinal de silêncio - pondo o indicador sob os lábios - demonstrando que estava acalmando Harry. Ele se retirou e entendeu que teria que explicar para os paramédicos a situação.

     - Você tá bem? - enquanto inclinava o rosto para ver o de Harry. O maior estava com os olhos fechados e com os lábios trêmulos; uma expressão de pavor e alívio.

     - Lou.....não.....não vai.......- as poucas palavras, palavras fracas, que saíram da boca de Harry, foram o suficiente para Louis saber o que faria. Ele ajeitou-se na cama, se escorando na cabeceira. Harry foi junto se deitando no peito do menor; ambos se aconchegaram um no outro; estava frio, então Louis fez questão de puxar o cobertor e por em cima de Harry.

     Minutos depois os paramédicos entraram no quarto e fizeram exames simples, como olhar e tatear algumas partes do corpo de Harry. Louis não saiu nenhum momento de perto do mesmo; quando Harry teve que se sentara para ver a situação de seu pulmão, Louis estava ali, segurando a sua mão. Poucos minutos depois dos paramédicos, a polícia chegou, apreendeu o homem. Alguns dos quais estavam no lado de fora do quarto, assim como Lucas, foram juntos para fazer a ficha de ocorrência como testemunha.

     Durante toda a noite, Louis ficou ali; momentos de silêncio, momentos em que Harry começava a tremer, em que tinha crises de choro, fizeram parte, mas já perto do amanhecer, o mais novo conseguiu pegar no sono, encolhido e aconchegado no peito de Louis. Apenas os dois.

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