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Bárbara on


B: eu sei que horas são
D: eu disse que ia te levar - ele fala grosso
B: posso muito bem ir sozinha Dacruz - sou ríspida também
D: por que você quis ir sozinha ?  Acho que eu já sei o porque- ele da um sorriso amargo
B: olha, não sei onde você quer chegar, mas é melhor você parar .

Dacruz levanta e vem até mim e coloca as mãos nos meus ombros, fico tensa

D: sem mentiras babizinha
B: você estava dormindo não tinha a necessidade de você me levar .
D: era pra você estar dormindo também- franzi o cenho - como você acordou ?
B: do que você tá falando- por favor que não seja o que estou pensando
D: nada Babi, por que não me chamou pra ir junto ?
B: era um almoço em família- vou até o sofá colocando minha bolsa
D: coringa é da sua família ?- puta que pariu
B: eu não disse que ele estava lá
D: EU SEI QUE TAVA PORRA
B: acho melhor você ir embora

Vou até a porta, Mas ele me impedi de abrir

D: não vou embora até resolvermos isso
B: você parou pra se escutar ? Não te devo satisfação
D: estamos juntos se você tá dando pra outro tenho que saber
B: não estamos juntos, só ficamos com frequência e se eu dou ou não pra alguém não é da sua conta .

Péssima ideia Bárbara.

Ele me empurra contra a porta e bato a cabeça e Caio no chão ele me levanta pelos cabelos e leva a mão ao meu pescoço me prensando contra a porta .

D: língua muito afiada babizinha - ele apertou mais forte
B: você tá me machucando - mumurrei
D: é objetivo assim você aprende

Morro, mas não apanho calada .

Quando ele aumentou a pressão contra meu pescoço, fiquei sem ar. Sem pensar muito levantei meu joelho direito e acertei no meio das pernas dele e ele se afastou .

D: filha da puta - levou a mão ao local atingido, passei a mão no pescoço puxando o ar.
B: não toca em mim seu covarde - ele se aproxima e me acerta um tapa, sinto o gosto de sangue e uma ardência no lado esquerdo do rosto, e uma lágrima solitária descer do meu rosto .

Encarei o Dacruz em silêncio .

D : meu Deus- ele levou a mão aos cabelos - eu não queria ter feito isso- ele se aproximou e levou a mão ao meu rosto

Fiquei calada só encarando

D: me desculpa, me desculpa eu tava com raiva, eu..., você entende né ? Pensei que ...
B: eu entendo- falei baixinho- sei que você ainda não confia em mim - ele me abraçou
D: desculpa, isso não vai mais acontecer- beijou minha testa- nunca mais
B: eu sei que você não vai fazer isso de novo
D: certo, vamos tomar um banho e dormir
B: quero ficar sozinha - ele me encarou- só hoje por favor
D: tudo bem - me deu um selinho e saiu

Tranquei a porta e desabei. Comecei a chorar baixinho como eu fui deixar isso acontecer. Eu não devia ter ficado com ele, eu sabia quem ele era .

Fui até o sofá e peguei minha bolsa, preciso ir embora . Assim que abri a porta vi três vapores, entre eles só conheço o mob

M: foi mal doutora, cê não pode sair não .

Fechei a porta e entrei, revirei a bolsa atrás do meu celular.

Porra, esqueci a merda do celular na casa da minha mãe, minha visão se embaçou com as lágrimas e me joguei no sofá. Senti algo nas costas, o celular do Dacruz, e desbloqueado .

Mordi o lábio não sei o número de ninguém de cabeça. Corri até o quarto e peguei um papel na mesinha de cabeceira.

Número do Victor.

Digitei rápido antes que o Dacruz voltasse.

Começou a chamar :

1. Vez
2. Vezes

Na terceira ele atendeu

B: Victor sou eu a Babi- funguei- preciso de ajuda por favor
X: Victor tá ocupado
B: quem é?
X: a Fernanda, não lembra mais de mim
B: Fernanda por favor - engulo o choro - deixa eu falar com ele
F: não vai dar fofa - ela desliga na minha cara

Tento ligar de novo mas o celular foi desligado, não sei o número de mais ninguém. E não é como se eu pudesse ligar pra polícia .

A porta de entrada é aberta e escuto passos vindo na minha direção .

M: levanta dona, você vem comigo
B: não quero - minha visão fica embaçada
M: anda, tô fazendo o meu trabalho - ele puxa meu braço me fazendo levantar .

Fomos pro lado de fora e vi os outros vapores .

M: vou levar ela pro barraco que ele mandou, já subo de novo
X: falo mano - mob me puxa pra um carro e me debato pra não entrar
M: Sossega aí - me empurrou e fechou a porta, tento abrir mas tá travada .

De volta ao Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora