Eu acordo confusa,desnorteada,a luz é forte e eu pisco meus olhos várias vezes até me acostumar com a claridade.Estava deitada em uma cama,o quarto era todo branco.
- Senhorita? - diz a voz de um homem.
Olho para o lado e o vejo.
- Onde eu estou? - pergunto.
- Está no hospital.Qual seu nome?
- Meu nome é Maya,porque estou aqui?
- Você realmente não se lembra?
- Do que está falando?
- Você foi atropelada Maya.
- Atropelada?
- Sim.
- Como eu vim parar aqui?Quem me trouxe?
- Na verdade,nós não sabemos.Você foi deixada por alguém na frente desde hospital.
- Eu quero sair daqui - começo a tentar me mover,mas sinto uma dor forte na barriga.
- Você não pode se mover Maya,ainda está muito ferrida - diz ele me ajudando a me ajeitar novamente na cama.
Mas não me importo com o que ele diz,quando sinto a dor na barriga acabo me lembrando de uma coisa.
- E meu bebê?
Ele não diz nada por um instante.
- Eu lamento,mas você perdeu seu bebê.
- O quê?Não,por favor diga que é mentira - começo a chorar.
- Tem algum parente que quer ver neste momento?
- Não,eu não tenho mais ninguém.
3 anos depois
- Peguem aquela ladra!
Saio correndo o mais rápido que posso e me escondo atrás da parede,isto para mim era rotina.Eu já estava bem treinada,eles nunca me alcançavam.Depois que os vejo ir para outra direção volto correndo para minha casa,quer dizer minha nova casa.Agora eu morava com uma senhora e com a neta dela que se chamava Vitória,era melhor do que viver na rua.Quando meu pai me expulsou de casa e eu perdi meu filho,fiquei vagando pelas ruas sem rumo algum,até que Joana me encontrou e me ofereceu ajuda.Procurar meus pais?Sim,eu procurei,liguei,mas simplismente não encontrei ninguém,todos haviam sumido em um simplis passe de mágica.
Chego em casa com o que roubei da padaria.
- Onde estava menina?Já estava preocupada com você.
- Joana eu...
- Maya! - grita Vitória e corre para me abraçar.Ela me lembrava minha irmã,elas tinham quase a mesma idade.
- O que roubou desta vez?Já falei que não gosto disto mocinha - diz Joana me repreendendo.
- Ou eu faço isto ou ficamos sem comida - abro as sacolas com a comida.
- Eu ganho meu dinheiro e...
- Joana você não ganha quase nada,e sabe que precisa guardar para alguma emergência de verdade.
- Fico preocupada que uma hora dessas você possa ser pega.
- Não vai acontecer nada comigo.
- Sei.
Depois disto nós comemos um pouco dos pães e dos doces que roubei da padaria e guardamos boa parte.Eu tinha aprendido a roubar e fazer outras coisas do tipo com Rodrigo,acho que ele tem a mesma idade que Joana,só que ele é bem mais liberal e conta histórias super engraçadas dos velhos tempos.Ele era nosso vizinho.
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Quero que me ensine (De volta dia 15/01/17)
RomanceACONSELHAVEL PARA MAIORES DE 18 ANOS PLÁGIO É CRIME DIAS DE POSTAGEM: DOMINGO DE VOLTA DIA 15/01/17