Capítulo 8

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Acordo com Alex me dando vários beijos em meu pescoço e descendoor meus braços.

- Bom dia! -digo sorrindo.

- Bom dia linda!

Olho para ele e percebo que já estava vestido.

- Está acordado a muito tempo?

- Sim.

- Que horas são?Já é muito tarde? -pergunto preocupada.

- Ei,não pense nisso por enquanto ok?Trouxe seu café da manhã -diz ele botando uma bandeija com suco,frutas e sanduíches ao meu lado.

- Obrigada -abaixo a cabeça.

- O que foi? -ele pergunta.

- Eu me sinto estranha morando aqui,sinto como se estivesse dando muito trabalho para você.

- Não pense assim,eu gosto de tê-la aqui.

Sorrio para ele,me sento cama me cobrindo com um lençol.

- Posso te fazer uma pergunta?

- Claro.

- Como vai ser?

- Como vai ser o que?

- Como vai ser...você sabe,depois do que aconteceu aqui.

- Nós continuaremos amigos,nada mais.

- Porquê?

- Eu seria muito burro se deixasse você gostar de mim.

- Deixa eu adivinhar,você é o mocinho da história com um passado terrível?

- Não é exatamente isso.

- Me explica o que é então.

Nesse momento alguém bate na porta.

- Eu já volto Maya.

Vejo que quem está na porta é um dos empregados,percebo isso por causa do uniforme.Nesse momento uma pergunta vem a minha cabeça.Alex volta e se senta na cama.

- Você mora sozinho nessa casa?

- Sim,não era assim antigamente.

- E como era?

- Eu morava com minha mãe,meu pai e minha irmã.

- Onde eles estão agora?

- Minha mãe faleceu a pouco tempo,meu pai se casou de novo e minha irmã fica...viajando pelo mundo.

- Lamento por sua mãe.Posso saber como ela morreu?

- Acidente de carro.

- Se tem pouco tempo...como seu pai superou isso tão rápido e casou com outra?

- Meu pai nunca a amou de verdade,se casou com a amante uma semana depois de minha mãe morrer,sem nem se importar com seus filhos.

- E como é a mulher com quem ele se casou?

- Eu a odeio,só se casou com meu pai por causa do dinheiro.Ela tem a minha idade.

- Vocês não tentaram alertar ele sobre isso?

- Acredite,foi o que mais tentamos.É que as vezes o amor nos deixa cegos.

- Você já se apaixonou?

- Somente uma vez,já faz bastante tempo.

- O que aconteceu?

- Melhor não falarmos disso,coma seu café da manhã - ele se levanta da cama - Vou buscar uma roupa para você.

Termino de comer meu café da manhã e logo depois ele entra com um vestido em mãos,ele estava diferente,parecia preocupado.

- O que foi?

- Vou ter um compromisso no dia em que eu ia ser voluntário em um abrigo aqui na cidade.

- Que legal,eu não sabia que fazia isso.

- Sim,eu tenho...bastante dinheiro,mas do que me seria útil se não ajudar os outros?

Sorrio para ele.

- Eu admiro muito isso.Olha se não puder estar lá,eu posso ir no seu lugar pelo menos dessa vez.

- Faria isso?

- Sem nem pensar.

- Obrigado -ele pega e minha mão.

Olho para ele e me vem uma pergunta a cabeça.

- Eu te conheço de algum lugar?

- Não - ele se levanta da cama -melhor se arrumar - deixa o vestido na cama e vai embora do quarto.

Respiro fundo e vou até o banheiro fazer minha higiene matinal,ponho o vestido e vou até o segundo andar.

- Maya -ouço uma voz fraca vindo de algum quarto do corredor.

Entro no quarto e percebo que era Joana,ela estava deitada na cama,parecia muito mal.

- Oi -me sento ao seu lado na cama.

- Oi querida.

- Você está bem?

- Sim,eu estou.

- Quer alguma coisa?

- Quero sim,deite aqui comigo filha.

- Claro -digo me acomodando ao seu lado.

- Você sabe que estou ficando bem velha,em breve eu vou...

- Por favor,não fale uma besteira dessas.

- É a verdade,só quero que saiba que eu torço para algum dia você se casar,ser feliz - ela toca meu rosto - e que Vitória também tenha um lindo futuro.

- Pare de falar isso Joana.

- Eu te amo filha.

- Eu também te amo.

Começo a chorar a chorar.

- Está tomando seus remédios?

- Não.

- O quê?

- Eu não quero adiar mais ainda a minha morte.

- Você não entende Joana,se você morrer eu também morro.

- Nunca mais fale isso,você ainda tem uma longa vida pela frente.

- Você também,quero que me veja casar,quero que veja como Vitória cresce cada vez mais e fica linda.

- Eu já me decidi,não quero ser um estorvo a vocês.

- Sua doença só vai piorar a cada vez mais se não tomar os remédios,não faça isso comigo - eu a abraço forte - Não vou deixar você morrer,agora não.


Quero que me ensine (De volta dia 15/01/17)Onde histórias criam vida. Descubra agora