0.2.

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Assustada com as palavras do médico, S/n caminha até Lilly e as duas ficam de frente para ele.

- E o que você aconselha? Que a gente tire ele daqui?

S/n pergunta cruzando os braços o olhando fixamente.

- Eu como médico nunca seria irresponsável ao ponto de recomendar isso, mas como amigo, sim, recomendo.

Ele diz pegando a ficha de Jake e a lendo calmamente.

- Isso é uma piada! Não podemos tirar o Jake daqui, eu perdi a Hannah e não vou perder ele também

Lilly responde olhando para S/n que tenta acalma-la explicando que Jake não está tão mal como antes, o médico interrompe a conversa.

- O Jake está com um trauma na cabeça, é uma situação séria que necessita cuidados mas definitivamente ele não tem traumas físicos graves. Tem o braço quebrado que em alguns meses estará novo. Eu não estou recomendando nada, repito, o melhor lugar para o Jake é aqui. Mas como eu também já disse, eu não posso impedir que o governo o leve, ele está consciente.

- Podemos apelar pra amnésia dele? Eles não podem fazer nada com ele nesse estado

Lilly diz apreensiva.

- Podemos! Mas prender um criminoso procurado do nível dele é ganhar na loteria, eles querem muito a cabeça do Jake. O fato dele não lembrar o que fez não anula o que ele fez. Não sou advogado, mas sei que podem prende-lo assim mesmo, seria um sofrimento muito grande pro Jake. Eu vou convidar vocês duas para me acompanhar até a minha sala, não é nada seguro conversar sobre isso por aqui, me acompanhem.

Lilly e o médico caminham alguns passos até Lilly parar, ela olha para trás e S/n está ainda olhando Jake pela janela, ele a olha de volta com o olhar perdido. Sua cunhada se aproxima e a abraça.

- Ele vai lembrar.

As duas de mãos dadas caminham até a sala do médico, dr Marcelo é o que diz na porta. Elas se sentam nas cadeiras de frente a uma mesa, ele tranca a porta da sala e caminha até sua poltrona sentando de frente a elas.

- Podemos tirar ele daqui

Ele diz olhando para as garotas.

- Isso não pode ser arriscado para a saúde do Jake?

Lilly pergunta.

- Não. Jake está estável agora. Claro que necessita cuidados. Olha eu vou estar por perto, mas precisamos de um local seguro para ele.

- Eu tenho uma casa nas montanhas, mas é na cidade vizinha. Não é uma viagem longa mas não quero cansa-lo.

S/n responde olhando para Lilly e em seguida para o médico. A casa nas montanhas sempre foi um refúgio para o casal, eles viveram noites inesquecíveis lá. S/n acredita que as boas memórias do local irá ajuda-lo e o fato dela ser distante e quase perdida em meio a árvores é ótimo para que ele se esconda.

- Bom, já que vocês apóiam eu estou com vocês. Mas se em algum momento ele não estiver bem, eu mesma vou traze-lo de volta ao hospital.

Lilly afirma se levantando da cadeira sendo seguida por S/n.

- Vou dar a alta para o Jake agora, meu turno está acabando posso ajudar vocês caso precisem.

Elas aceitam a ajuda e enquanto o médico descreve a alta elas escutam algum barulho, o ignoram inicialmente, acreditando ser apenas o murmúrio de pacientes. Mas o barulho insisti e em meio a ele pode se ouvir o nome "Jake" vindo de uma grossa voz.
O dr Marcelo esconde atrás de si mesmo a alta do hacker e abre a porta da sala, dando assim de frente com 3 policiais.

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