Amigos nunca dizem adeus

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Hinata sentiu uma fisgada incômoda na barriga e tentou levar a mão até lá, mas foi impedida no meio do percurso. Abriu os olhos com dificuldade, encontrando as ônix de Sasuke a encarando com preocupação.

Oi — ele sussurrou sorrindo. — Estou feliz em ver seus olhos de novo.

O que aconteceu, Sasuke? — perguntou tentando sentar.

Continue deitada — pediu suavemente. — Você tem que repousar.

A Hyuuga acatou ao pedido e relaxou, fechando os olhos novamente enquanto as lembranças voltavam. Suspirou desnorteada. As coisas não haviam saído como planejado. Orochimaru era inflexível.

Não acredito que ele tentou me matar — sussurrou nervosa. — Quero dizer, claro que acredito. Me impressiona que não o tenha feito antes...

Sasuke riu da maneira como a mulher falou e acariciou seu rosto, fazendo-a olhá-lo.

Fiquei com muito medo de perder você — confessou encarando-a.

Está muito sentimental, Sasuke — falou rindo e apertando a mão do homem. — Já deveria saber que nada pode me parar.

Hinata — a voz do homem soou séria, fazendo a morena se remexer na cama. — Eu me apaixonei por você. E não consigo mais imaginar uma vida longe do seu sorriso. Você é única. E é perfeita.

A mulher mordeu os lábios, sentindo o coração acelerar e concordou com a cabeça, puxando Sasuke pelo pescoço e unindo os lábios dele aos seus. O beijo foi calmo e singelo, uma declaração silenciosa. Hinata encarou os olhos ônix quando se separou e sorriu.

Eu também não suportaria ficar sem você, Sasuke — sussurrou. — Amo cada detalhe seu.

O moreno sorriu e beijou a palma da mão da mulher, levando-a até seu rosto e se aninhando nela. Ele desejava poder viver naquele momento para sempre. Onde não havia preocupação, havia somente os dois, se declarando um para o outro.

A realidade, no entanto, era necessária, por isso Sasuke tomou coragem e encarou a morena.

Meu amor, você precisa saber de uma coisa...

[...]

As crianças corriam empolgadas em frente ao palácio, brincando de pega-pega sob o olhar atento de Naruto. Ele invejava aquelas pequenas, tão distraídas e tranquilas, sem preocupações ou medos.

Era melhor assim. Eram pequenas demais para saber dos problemas que as cercavam.

Sentiu quando alguém se sentou ao seu lado nos grandes degraus do edifício, e se virou, encontrando Sasuke.

— Como a Hinata está? — perguntou ansioso.

— Ela acordou e está muito bem. A curandeira fez um bom trabalho com a ferida... — Encarou o céu e suspirou.

— Mas? — Naruto incentivou, reconhecendo o tom do amigo. Sabia que havia algo a mais.

— Parece que não era uma flecha comum. — Olhou para o amigo, os olhos brilhando pelas lágrimas contidas. — Orochimaru a envenenou.

— O quê?! — exclamou desesperado. — Por favor, fale que é mentira! A Hina...

— Calma, Naruto! — pediu, colocando a mão sob seu ombro. — Não é o fim. Existe uma solução...

— E o que estamos esperando? O que devemos fazer?

— Naruto, nós vamos para a América — sentenciou.

Os deuses de Konoha - O paraíso perdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora