Sob a proteção do Lobo - Série Guarda-costas - Livro 1

Capítulo 22 - parte 2

Boa tarde, minha gente lindaaaa!

Capítulo novinho para vocês...

Jasmin Cahill

Sempre que sofria com pesadelos, meu corpo amanhecia dolorido no dia seguinte, e fora as noites de terror, geralmente acordava elétrica, ansiosa ou até mesmo letárgica. Mas quando abri os olhos tudo que consegui sentir foi uma leveza que me fez suspirar.

Espreguicei-me sob as cobertas que nem me lembrava de ter colocado sobre mim. Abri os olhos e me assustei ao notar o quarto levemente escuro, com apenas uma pequena greta na janela.

Ainda era dia... pensei, encarando o tempo nublado lá fora. Olhei para a cama de lençóis brancos e notei que um dos lados estava revirado. As lembranças do que aconteceu antes que eu apagasse de vez retornaram com tudo e não consegui evitar o sorriso que se formou em minha boca.

Tinha acontecido.

Tinha mesmo acontecido!

Mordi os lábios e me enfiei debaixo das cobertas só para descobrir que ainda estava totalmente nua.

— Minha nossa! — Tapei a boca com a mão. O som da porta se abrindo me fez espiar por cima das cobertas.

Christopher entrou pelo quarto usando apenas uma calça, a mesma da noite anterior. Os músculos atléticos do peito se destacavam e os cabelos amarrotados davam a ele um visual desgrenhado lindo. Ele trazia consigo uma pequena bandeja.

— Bom dia, senhorita Cahill. — Brincou com meu nome e me lançou um sorriso quente como o inferno.

— Bom dia? — Sentei-me repentinamente. Meus cabelos estavam para todos os lados.

— Você dormiu depois de... — Meu rosto fumegou e tapei os olhos com as mãos. — O que foi? Não há nada para se envergonhar. — Bem sabia que aquilo era algo natural quando nos sentíamos atraídos por alguém, mas lembrar os sons que acabei fazendo quando estava nos braços daquele homem me deixou quente de vergonha.

Ele colocou a bandeja em uma pequena mesinha ao nosso lado, com cuidado e se sentou na cama, à minha frente. Suas mãos seguraram as minhas, forçando-me a encará-lo.

— Foi incrível. — Depositou um beijo em cada uma delas. — Você parecia cansada, então deixei que dormisse. Como está se sentindo? — Ele tocou meu rosto com o dorso da mão e seus olhos pousaram sobre os meus, repletos de cuidado e preocupação.

— Melhor impossível. Estou pronta para uma nova rodada. — Mordi o lábio com vontade ao perceber o que tinha dito impulsivamente e percebi quando os olhos de Lobo se prenderam ao movimento.

— Precisa descansar, minha encrenca.

— Já descansei o suficiente, mais do que isso só quando eu morrer.

— Não diga essas coisas. — Sua mão alcançou minha nuca e o calor rotineiro que me atingia toda vez que ele me tocava aqueceu meu coração. Um lugar muito perigoso, por sinal. — Está dolorida?

Pensei em mentir por um momento, ciente de que se dissesse a verdade, ele talvez não tocasse um dedo em mim novamente, mas quando encarei seus olhos brilhantes e instigantes, soube que ele arrancaria de mim toda e qualquer verdade.

— Bem pouquinho — confessei.

— Trouxe algo que talvez possa ajudar. — Ele se inclinou sobre a mesinha com o café da manhã e tirou de lá uma vasilha pequena com algumas pedras de gelo.