Minha paixão por você nunca desapareceu...
Eu vou te amar pelo resto da minha vida.
Se você quisesse, eu começaria uma família com você!September | James Arthur
As palavras de Brianna me atingem com força. Sinto meu coração pesando em meu peito quando fecho a porta do meu apartamento. Brianna e eu geralmente não discordamos em quase nada, mas quando se trata da nossa mãe, é visível que nossos pensamentos seguem linhas diferentes.
Minha irmã é completamente dominada pela emoção. Brianna se apegou a minha mãe de uma maneira muito mais forte. Estiveram juntas quando me mudei para Londres e criaram algo único. Ela esteve com a minha mãe em todas as suas crises. Sei que a viu se perder de quem era, e por isso, talvez tenha uma urgente necessidade de querer que as coisas voltem a ser como era antes.
Eu sigo fielmente a razão. Quero que minha mãe termine o tratamento para enfim voltarmos a viver como uma família. Não que eu tenha pretensão de fazer isso um dia. Quando meu pai faleceu, foi difícil lidar com a sua ausência. Era difícil caminhar pelos corredores da casa e não ouvir a sua risada ecoando pelos cantos. Era difícil não ter o seu abraço, seu carinho, mas eu sabia que ele não teve escolha. Que se dependesse dele, ele ainda estaria ali me abraçando e cuidando de mim.
Mas foi diferente com a minha mãe. Ela tinha uma escolha, ela podia ser simplesmente a minha mãe, mas escolheu não fazer isso. Eu estive tão perdida nos primeiros dias, eu não entendia porque seu consolo era totalmente direcionado a minha irmã. Eu precisei aprender a lidar com a minha própria dor sozinha e doeu. Então agora não consigo, por mais egoísta que eu me sinta por isso, fingir que os últimos meses não aconteceram.
Tom me espera encostado na porta do prédio. Quando meus olhos encontram os dele, finalmente me permito chorar. Ele me envolve em um abraço apertado e eu afundo minha cabeça em seu peito. Sinto suas mãos passeando gentilmente pelo meu cabelo antes de segurar meu rosto para que eu o encare.
─ O que houve? – Seu polegar enxuga a lágrima solitária que escorre pela minha bochecha.
─ Me acha egoísta? – Minhas palavras saem com fraqueza a timidez. A minha pergunta é direcionada para ele, mas sinto que é mais um questionamento próprio.
─ Alya. – Ele encosta sua testa na minha depois de beijar a ponta do meu nariz. ─ Você é a pessoa mais altruísta que eu conheço princesa. Por que isso agora?
─ Porque acho que sou. – Respondo e mordo o lábio inferior tentando evitar que o nó formado em minha garganta, se torne ainda maior.
─ Sua mãe falou isso? – Sinto a raiva presente na sua voz. ─ Porque se a Eliza falou...
─ Não. – Digo e seguro seu rosto. ─ Minha mãe não falou nada. Vamos embora? Não quero mais ficar aqui.
─ Tudo bem, princesa. – Ele beija o topo da minha testa. ─ Vamos para casa.
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Home - What if it was never you?
Romance"Eu preciso que você me escute... Eu preciso que você ao menos tente me entender..." - Seus olhos fitam os meus desesperados, como se procurassem em um algum lugar distante um pouco de perdão. "Eu fiz isso porque amo você... Por favor... Só me escut...