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Posso ser valente, posso ser forte…
Mas contigo não é assim deste jeito!
Há um garoto que se importa por trás desta parede, pela qual você acabou de atravessar…

Wish you were here | Avril Lavigne

Ainda é difícil assimilar tudo que aconteceu. A forma como Jenny nos virou as costas e foi embora me quebrou completamente. Me sinto culpada por ter alimentado a esperança de que tudo ficaria bem, de que ela e Harrison conseguiriam conversar e que finalmente ficaríamos todos bem de novo. Juntos. Todos parecem um pouco anestesiados com essa situação.

Harrison está sentado no chão do estacionamento encarando os pés, e por mais que eu sinta a necessidade de conversar com ele, ainda estou irritada por tudo que aconteceu. Brianna e Harry voltam para dentro do pub enquanto Thomas e eu decidimos esperar Harrison se acalmar. Me sento ao seu lado e pouso minha mão sobre a dele.

─ Acha que acabou de vez? – Harrison continua olhando para os próprios pés. ─ Acho que estraguei tudo.

─ Eu acho, Haz, que vocês estavam bêbados, alterados e cheios de impulsividade. Podem tentar conversar quando estiverem de cabeça fria, podem tentar se entender. – Ele vira seus olhos para mim.

─ Deveríamos ir para casa. – Thomas coça a cabeça. ─ Descansar, colocar a cabeça no lugar e depois pensarmos nas consequências de hoje.

─ O Tom tem razão, Haz. – Harrison meneia a cabeça e respira fundo. ─ Você tem que descansar.

─ Se importam se eu ficar? – Arqueio a sobrancelha. ─ Acho que preciso pensar um pouco em tudo que aconteceu e beber pode ajudar.

─ Eu não sei se é uma boa ideia, Harrison. – Ele dá de ombros.

─ Provavelmente não é – ele concorda ─, mas ir para casa agora não vai me fazer tão bem.

─ Promete ligar se precisar de nós?

─ Prometo, criança.

Thomas e eu encontramos Brianna e Harry sentados dentro do pub. Brianna ainda está irritada com tudo que aconteceu, não a julgo, mas também não podemos exigir do Harrison clareza em seus pensamentos estando magoado da maneira como ele estava. Finalmente voltamos para casa, confesso que depois que Jenny foi embora, não tinha mais motivos para continuar ali.

Jenny nos trouxe um pouco de luz e esperança, como se ainda houvesse alguma chance de sermos quem nós éramos, como se o passado e todos os traumas finalmente pudessem ser superados. Agora que ela se foi, é como se ela tivesse levado com ela toda a esperança que trouxe, e estivéssemos novamente imersos em dúvidas, medos, traumas, desconfianças e saudade, saudade do que um dia fomos.

No trajeto não trocamos nenhuma palavra, mas o silêncio diz muita coisa. O caminho até o pub foi revestido por nossas risadas e as vozes altas entoando pelo carro, mas agora tudo parece quieto, triste e solitário. Por mais que ainda tenhamos uns aos outros, a falta de Jenny sempre será amargamente sentida por nós.

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