Voto Perpétuo~ Severus Snape

𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟖

Alya se encontrava jogada sobre a poltrona. Parecia um ovo esparramado sobre uma frigideira, pensou ela. Era agonizante não ter com quem conversar, ou alguém para incomodar. Pensou como eles estavam na toca, então se entristesseu pela saudade, desejava imensamente estar ao lado de quem amava. Claro, ela tinha grande apreço por Snape, mas ele nem ao menos estava aqui, não que o julgasse, ele precisava ir. Mas a solidão nunca foi uma boa amiga para a loira.

E acima de tudo, ainda estava preocupada com Snape. Veja bem, ela sabia que ele era o braço direito de Voldemort, então era óbvio que seu professor só iria para as missões mais perigosas e que exigem confiança. E sua ansiedade se encontrava maior do que nunca, precisava saber se ele estava bem. Era estranho a preocupação que Alya sentia por seu mestre de poções, mas ela evitava pensar sobre. Era mais fácil só fingir que todo aluno tinha essa preocupação com seus tutores.

Então encarou o livro jogado sobre seu colo, havia o lido rapidamente. Snape realmente entendia o gosto literário da garota, e essa uma das coisas que ela mais apreciava em seu professor, ele era o único a conhecer a loira assim, claro, seus amigos também entendiam sobre seus gostos, mas era diferente. Eles não tinham a mínima ideia sobre sua paixão pela literatura, mas Snape sim, e sempre lhe indicava os melhores livros, seus amigos não sabiam o quanto a garota amava trabalhar com tintas, mas seu professor sim, ele até mesmo lhe presenteava com tintas e telas, e ela dedicava inúmeras pinturas a ele, e seus amigos não sabiam que ela apreciava a arte e a música clássica, mas Snape sim, tanto que as vezes, em raras ocasiões, eles já chegaram a tocar juntos, aliás, Severus era ótimo no piano. E Alya se viu sorrindo de forma calma, por que diabos seu professor sabia tanto sobre ela? No fundo, a loira acreditava que ele a conhecia melhor que ela mesma.

Alya então se levantou, decida a parar de pesar em seu Professor. Sentiu uma pequena pontada em seu tornozelo, mas era suportável. Então rumou até a cozinha, ela conhecia cada canto daquela casa, já estivera ali tantas vezes quando menor, foram muitas brincadeiras de esconde-esconde veja só. Ao chegar em seu destino parou, uma elfa passava pano sobre uma mesa, e veio correndo ao encontro da loira ao notar sua presença.

- Srta. Malfoy- Exclamou Minnie surpresa- A quanto tempo a senhorita não vem aqui, em que posso lhe ser útil?

- Olá Minnie, tive saudades. Na verdade, eu quero fazer cookies- Disse a loira sorrindo.

- Saudades? De Minnie?- Perguntou a elfa, e a Malfoy acenou com a cabeça- Ah, ninguém nunca sente saudades de Minnie. Mas, bem, irei fazer seu cookies senhorita.

- Ah não não, eu mesma quero fazer!

- A senhorita? Mas não é nenhum trabalho para Minnie, posso preparar...

- Não há necessidade Minnie, apenas quero que encontre os ingredientes para mim. Sinto falta de cozinhar- Declarou Alya passeando pela cozinha.

- Bem, se a senhorita insiste, irei pegar os ingredientes necessários.
A elfa foi até a dispensa e alguns minutos depois, com algumas coisas flutuando sobre sua cabeça e outras sobre seus pequenos braços. Também trouxe tigelas e coisas a mais necessárias. Alya então se apressou a começar os preparativos. Começou separando a farinha de trigo, com o sal e o fermento, deixando descansar dentro de uma tigela separada. Enquanto isso Winnie observava a loira trabalhar, já que a mesma mantinha a elfa longe. Após, a Malfoy misturou os açúcares e a manteiga. Depois os ovos, e misturou mais um pouco. Colocou também os ingredientes secos, anteriormente separados. Misturou até formar o ponto certo da massa. E por fim adicionou as costas de chocolate. Pegou uma forma e colocou colheradas na mesma, como pequenas bolinhas. E levou ao forno que tinha sido pré-aquecido mais cedo por Winnie. A Malfoy então suspirou, hora de limpar a bagunça. Winnie se pôs a protestar sobre Alya querer limpar as coisas. Mas a loira sendo totalmente teimosa ignorou a elfa.