𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟐

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Após as aulas detestáveis, com seus alunos detestáveis. Snape se encontrava sentado em sua cadeira confortável na sua sala, enquanto tomava um copo de whisky. Sua atenção foi para uma pequena carta sobre sua mesa. Ainda lacrada com o selo Malfoy, Severus sabia que era de Narcisa, e preferiu não ler. Se levantando ele caminha até seu quarto, mas antes mesmo que pudesse abrir a porta ele hesita, e se a carta fosse sobre Alya?

E com esse pensamento que o aterrorizava ele volta a se sentar na cadeira e fita a carta, sem mais delongas ele a abre, e a lê com cuidado.

"Olá Severus, tenho algo de muita urgência a tratar, algo importante e que você certamente achará loucura. Mas preciso que mantenha Alya o mais longe da mansão Malfoy que você conseguir durante o Natal. Eu não tenho como lhe explicar isso agora, mas se você estiver disposto a isso, me envie uma carta. "

Severus tinha uma expressão confusa e um tanto irritada. Ele prometeu a si mesmo que sua única obrigação com o voto seria proteger Alya, mas isso parecia mais difícil, quanto mais ele estava na presença dela, mais era complicado apenas a proteger. Tudo culpa do maldito voto.

E agora ele teria que cuidar dela durante o Natal, o que não seria fácil. Ele poderia dar uma detenção a garota, mas a loira era sempre obediente e nunca descumpria as regras de Hogwarts. Seria uma missão difícil.

E com fúria ele saiu de sua sala caminhando pelas frias masmorras a procura de algum aluno descumprindo regras. Enquanto o fazia pensava em formas de manter Alya afastada, ele poderia simplesmente dizer não a Narcisa, mas ele entendia o porque dela pedir sua ajuda. Era Lucius, ele representava perigo para a menina, e Snape não gostava de quem pudesse trazer qualquer tipo mal para a garota.

~★♥︎~


E não muito longe dali, uma loira saí a prantos de sua comunal, seu pulso ardia de dor e o sangue escorria rápido demais, sendo contido apenas por pequenos panos, antes brancos e agora vermelhos. Os passos da garota ficavam mais rápidos e pesados ​​a medida que ela andava. O frio congelante das masmorras se tornou insignificante para a menina que usava apenas a camisa escolar e a saia. Seu choro silencioso fazia sua visão ficar turva e a respiração de Alya era pesada e eufórica.

E a dor piorou quando ela trombou com alguém na virada do corredor. Ao levantar o olhar ela se deparou com o professor Snape,e rapidamente escondeu o braço atrás das costas com medo do bruxo ver o que ela escondia.

- Srta. Malfoy- falou com a voz grave fazendo Alya sentir calafrios por seu corpo- Espero que tenha uma boa explicação do porque estar fora de seu dormitório após o horário!

- E-eu, estava indo até a ...- E apenas agora a loira percebeu que não sabia onde iria- Até a ... a enfermaria- respondeu com a primeira coisa que veio em sua mente mas percebeu o erro quando o professor se aproximou dela.

- Você está machucada? - perguntou com um tom de voz levemente preocupado, e Alya se sentiu um pouco "feliz", mas lembrou-se do voto.

- N-não, eu só ...- tentou argumentar a jovem bruxa.

E para sua surpresa, Snape pegou pelo braço não machucado e arrastou pelas masmorras. Alya tinha de confessar que se sentia acolhida quando Snape a protegia, ou cuidava dela. Mas ela sabia que sua obrigação com o voto. Sim ela era ciente da existência do voto, era uma das condições do mesmo, que ela soubesse assim que tinha idade para entender, e a dois anos atrás, a menina soube da verdade, e quis chorar, se sentindo inútil por ter que haver alguém para a proteger. Mas a loira entendia que era necessário, e com o tempo a aceitação foi mais fácil.

- Entre- falou Snape com a voz branda mas com o olhar furioso.

Alya entrará na sala do mestre de poções, era escura e fria. Ela se sentou em uma cadeira enquanto Severus se abaixava para ficar a altura de Alya, que ainda tentava esconder o braço, e o professor não tardou a perceber o desconforto da.

- O que está doendo? - perguntou tentando achar algum machucado evidente.

- Nada- respondeu hesitante.

- Não minta para mim Alya, eu tenho um voto e sabes que fico ciente quando você se machuca-argumentou Severus.

Mas o bruxo não tardou de perceber os panos nos pulsos da garota, e com cuidado ele pegou o braço da garota que tinha uma lágrima escorrendo por sua bochecha. Ao tirar os panos Snape, sentir sua raiva se tornar maior ainda. Ele sentia seu sangue ferver, ele poderia quebrar tudo que estivesse na sua frente, se não fosse pela mão da menina que segurou a dele com firmeza. Ao encarar o sangue e os cortes Snape sentia que poderia matar qualquer um, e iria. Mas antes ia cuidar da menina, se levantando ele retornou com água e panos.

- Isso irá doer- avisou Severus limpando o sangue, Alya já sabia como era a dor, mas ainda sim sempre doía como na primeira vez.

- O senhor está bravo comigo? - perguntou temerosa.

- Não Alya- respondeu concentrado nos machucados. Severus tentava ao máximo ser delicado.

- Vai questionar o porque então?

- Não, porque eu já sei.

- Então por que o senhor está bravo? - perguntou a garota triste.

O bruxo se levanta tirando os panos antes brancos e agora vermelhos dali, e com um impulso de raiva ele joga um copo na parede, e logo se arrepende ao ver a menina se assustar.

- Não é com você que estou bravo- argumentou Snape se ajoelhando na altura da garota- E sim com aquele homem repugnante que infelizmente é seu pai.

- Não deixa de ser minha culpa, se eu...

- NÃO- Severus levantou a voz fazendo a menina se encolher um pouco na cadeira- O único culpado disso é ele Alya, eu não quero mais ouvir você dizendo que é culpa sua, entendeu?

A garota ainda um pouco assustada apenas assente com a cabeça incapaz de falar. E mesmo quando ela pensou que tinha se recuperado lágrimas tomam o rosto da menina, Severus sem saber direito o que fazer se aproxima e abraça a menina que se joga em seu colo, hesitante ele apenas a abraça e sussurra coisas boas para Alya. Quando as lágrimas cessaram o bruxo se surpreende ao ver a menina dormindo tranquilamente em seu colo. Ele se levanta sem jeito e a leva para seu quarto, onde a deita com cuidado na cama e tira seus sapatos para que ela conseguissem dormir melhor. Severus sobre a menina com uma coberta, com cuidado para não pressionar os machucados.

Ver a menina tão frágil em sua cama fazia o bruxo sentir uma espécie de, conforto. E com um simples beijo na testa da menina ele a deixa dormir.

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Espero que tenham gostado e desculpas por quaisquer erros de português
( ˘ ³˘)♥︎

Voto Perpétuo~ Severus SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora