-Kakashi... pelo amor de deus acorda! -Ouso uma voz conhecida chamar ao longe, eu não consigo abrir os olhos? - Não vá embora!! Eu preciso de você aqui comigo!! Por favor volte para mim!!
Essa voz, eu conheço essa voz, essa voz me faz feliz, eu não posso deixar o dono dessa voz triste! Eu preciso voltar! Eu preciso...
Iruka! Iruka! I...
*
- Iruka!! -Dou um sobresalto me sentando.
- Meu deus você acordou! -Olho para o lado, e minha vista começa a desembaçar.
- Gai? Aonde eu estou? Cadê o Iruka? -Olho pro moreno que chorava. -Gai porque você está chorando?!
Uma fisgada no ombro esquerdo, foi quando lembrei... Eu tomei um tiro, estava no hospital.
- Espera um pouco amigo! Não volte a dormir! -Ele se levanta tropeçando na cadeira. -Iruka! -E sai correndo pela porta.
O quarto era totalmente branco, eu estava em uma maca hospitalar, uma agulha estava presa em minha mão, parecia que eu estava recebendo soro, coloco a mão no meu ombro.
-Como isso é nostálgico... -Murmuro, olho para o lado, havia uma cadeira do meu lado esquerdo, o lado oposto aonde Gai estava sentado, tinha uma coberta fina sobre a cadeira, alguns livros que eu havia escrito, pelo que parecia uma garrafa de café, alguém passou a noite ali.
Olho para a porta na direção em que o Gai saiu e lá estava, ofegante, com o cabelo bagunçado, olhos lacrimejando e inchados, o amor da minha vida.
Iruka se aproxima um pouco atordoado.
- Quem é você? Cadê o meu guarda costas?! -Pergunto e ele me olha espantado. -To brincando amor, te assustei? -Abro um sorriso e isso faz ele cair em lágrimas.
- Você é um idiota! -Ele me abraça com cuidado. -Como ainda pode fazer uma brincadeira dessas?!
- Desculpa... -Murmuro acariciando seus cabelos.
- Você nunca mais vai sair sem um colete aprova de balas! -Ele se aconchega escondendo o rosto em meu peito.
- Bts? -Dou risada.
-Não tem graça! Você me assustou! -Passo a mão nas suas costas para que ele parasse de soluçar.
- Desculpa desculpa... Não gosto de te ver chorando. -Ele olha para mim, limpo seus olhos. -Está tudo bem agora. -Dou um beijo em seus lábios.
- "Está tudo bem agora"? Você não tem nem vergonha na cara! -Olho para a porta, Anko estava chorando. -Se você morresse eu iria ter que fazer um Frankstein seu pro Iruka!
-Que macabro! -Resmungo fazendo meu namorado rir. -As vezes a Anko fala cada merda sem pensar não é mesmo?
- Você deixou todo mundo preocupado! -Iruka diz me abraçando novamente, ouso o choro do Gai do lado de fora do quarto, Anko cai de joelhos escondendo o rosto com as mãos, e Iruka tremia.
- Desculpa pessoal, acabei assustando vocês. - Nostálgico? Acho que não, da última vez não foi assim, faltava algo que não falta agora.
Eu estava deitado na maca do hospital, as enfermeiras estavam arrumando o tubo de soro.
- Ah você acordou, você se lembra o que aconteceu? Você tomou um tiro e foi socorrido para cá, retiramos a bala e demos alguns pontos,ficará uma cicatriz, você tem algum parente ou amigo na cidade? Por enquanto ninguém veio visitá-lo, na sua identidade estava escrito que você é da Inglaterra, certo? Deve ser por isso que ninguém veio, vou chamar o doutor para te dar Auta.
A enfermeira estava errada, não veio ninguém me visitar porque eu não tinha ninguém, meus pais estavam mortos, e eu não tinha parente ou amigos, eu estava sozinho naquela época e... Ah, agora eu sei o que faltava antes, ninguém me amava antes.-Pessoal, eu estou bem! -Dou um sorriso enquanto algumas lágrimas escorriam pelo meu rosto.
*
-... Gai eu levei um tiro no ombro, não estou grávido! -Resmungo quando ele arruma meu travesseiro pela quinta vez seguida.
- Não enche! Você levou um tiro! E eu avisei para você tomar cuidado! -Ele diz segurando para não chorar.
- Não adianta falar com ele senhor Gai! -Iruka comenta acariciando minha mão. - "Nunca discutas com um idiota. Ele arrasta-te até ao nível dele, e depois vence-te em experiência." Mark Twain.
- Como eis sábio meu querido. -Ele me dá um beijo na testa.
- Soube que alguém foi pipocado! -Olho para a porta e uma chaminé deselegante coçava a barba.
- Bata três vezes na madeira seu fumante! -Gai repreende e asuma bate as três vezes no batente da porta.
- Saiba que não me ofendo ao você me chamar de fumante, cabelinho de tigela. -Asuma vem até mim e aperta minha mão. -Que baita susto você nos deu louco!
- Ah nem me fale! -Kurenai estava encostada na porta. - Eu já iria ligar para a CIA.
- CIA? Aquela CIA? -Iruka pergunta chocado. - Não brinca!
- A ex namorada dela é da CIA. -Tanto eu, quanto os outros dois morenos falamos em coro.
- As vezes eu fico com medo de vocês. -Iruka senta em sua cadeira e seguro sua mão apertando a firme. -Mas graças a Deus não foi nada muito grave.
- O que o médico falou? -Asuma pergunta parando ao lado da mulher.
- Que eu terei que passar mais um noite aqui, e depois será recuperação em casa. -Murmuro e ele afirma.
- Desculpe incomodá-los. -Uma enfermeira aparece. -Mas o horário de visita acabou, apenas uma pessoa poderá dormir aqui com o paciente, a meia noite tem troca de turno.
- Certo, obrigada, já iremos sair. -Kure diz educada e a enfermeira sai.
- Quer que eu fique aqui? -Gai pergunta.
- O Iruka fica esse turno comigo, pode trocar com ele a meia noite se ele quiser. -Digo.
- Então já vamos cara, deixamos nossos coroas em casa e viemos o mais rápido possível para ver se tu já estava vendo demôniozinhos! -Asuma diz.
- Bata três vezes na madeira! Três vezes! -Gai diz e asuma bate novamente revirando os olhos.
- Tchau Kakashi. -Kure vem até mim e beija minha testa, e depois da um abraço em Iruka. -Qualquer coisa nos ligue amore. -O moreno afirma.
- Iruka eu vou te mandar mensagem a cada meia hora! Não esqueça de responder! -Gai diz pegando suas coisas. -Voce sabe, nada de deixar ele levantar ou fazer esforços!
- Gai relaxa! -Peço.
- Quetinho! Eu não ouso mais nenhuma palavra saída dessa sua boca estúpida, que entrou na frente de uma arma carregada dando uma de Superman! -Diz histérico.
- Ja que eu me ferir eu estou mais para Batman. -Brinco e Asuma segura o pelos ombros antes dele voar na minha garganta.
- Vamos parceiro! -O do cigarro me dá uma piscadela e guia meu segurança para fora do quarto.
- Iruka! A cada meia hora! -Gai exclama antes de Kurenai fechar a porta.
- Tchau pombinhos! -Ela diz antes de ir.
- Agora que estamos sozinhos... -Puxo a mão de Iruka fazendo-o levantar, ele revira os olhos sorrindo e se aproxima de mim. - Eu quero um beijo apaixonante.
- Um beijo? -Ele passa os dedos em meus cabelos e aproxima seu rosto do meu.
- Uhum, um beijo... - Seus lábios tocam os meus provocando me. -Por enquanto.
- Você sabe que não pode fazer esforço né Kakashi? Olha aqui eu até entendendo que vocês estão apaixonados e tals. -Olho espantado para Iruka quando ouso uma voz familiar. -Mas você tem que entender que, se abrir os pontos ou inflamar a dor vai ser insuportável!
-ANKO?!? -Meu e o moreno gritamos em unisolo.
- Esqueceram que estão em um hospital? -Ela pergunta.
- Ela não está debaixo da cama não né? -Iruka suspira e se abaixa. -Ela está debaixo da cama.
- Evening Frankenstein! -Ela diz se levantando e Iruka dá um peteleco na testa da mesma. -Ai! Porque você fez isso louco?
- É eu que sou o louco daqui? -Iruka pergunta e se senta junto comigo na maca.
- Vai Anko, fala de uma vez, o que você estava fazendo debaixo da cama. -Pergunto segurando para não rir.
- Eu sou Anko Willians técnica de enfermagem desse hospital, e estou vindo aqui ver como está o paciente. -Ela levanta um crachá, olho espantado para mesma e depois para Iruka que estava com a mesma expressão.
- Você falsificou uma identidade médica?! -Pergunto.
- Mais ou menos isso. -Ela diz dando de ombros.
- Mas porque? -Eu conseguia ver a áurea de raiva envolta de Iruka.
- Ah para ficar aqui no hospital com você e o Iru! -Ela ri.
- Anko... Deixa eu, assim, te perguntar. -Iruka começa, coloco a mão na boca para não rir já imaginando o que aconteceria. -Esse crachá por um acaso foi caro de se fazer?
- Eu gastei um bom dinheiro nisso, porque eu mandei fazer rápido e tals! Mas porque amigo? -Diz inocente.
- Ah, me empresta ele aqui! -Iruka puxa o crachá das mãos dela. - Falsificando identidade Mitarashi Anko! Não tem vergonha na cara não?!
- Mas eu... -Ela começa.
- Tá pensado que é o Jean de supernatural?! -Ele suspira.
- Eu tenho outra! -Ela levanta outro crachá e começo a gargalhar.
- ENFERMEIRA!!! -Iruka berra, Anko tenta arrumar um lugar para se esconder porém o moreno a segura.
- Eu vou te denunciar por assédio sexual! -Ela diz.
- E eu te denuncio por espionagem, falsa identidade, e invasão. -Ele fala sabendo que ela não teria argumentos.
- Desculpe foi aqui que chamou? -Uma mulher loira aparece vestida de enfermeira.
- Sim, pode mostrar para essa senhorita a saída? -Pergunto segurando para não gargalhar.
- Meu deus, chegou a minha hora? Porque mandaste um anjo tão belo vir me buscar? -Anko pergunta olhando para a loira, e Iruka a larga. -Devo dizer que a senhorita é belíssima.
- Ah, obrigada. -A mulher se envergonha.
- Venha, vamos conversar mais lá fora, e talvez até mesmo trocar números que tal? -Anko diz educada e a mulher afirma sorrindo. - Tchau meus amigos, não poderei ficar mais. -Ela vira para mim e diz sem sair som de sua boca. - "Melhor que Maid é fantasia de enfermeira!"
E Iruka fecha a porta.
- Tadinho do Gai. -Resmungo.
- Tadinha da enfermeira! -Ele me olha respirando fundo. -Talvez devêssemos aproveitar que estamos no hospital e já encaminhar a Anko para o manicômio.
- Venha aqui meu querido. -Abro os braços e ele sorri vindo até mim. -Deixa a Anko ser feliz!
- Ela feliz é uma coisa, ela achando que é o Jean ou o Sam é outra coisa completamente diferente! -Ele ri se deitando comigo.
- Para mim ela está mais como Demon e Stefan, faz todas as garotas caírem aos seus pés. -Dou risada e ele revira os olhos.
- Eu ainda acho que ela é mais o Jean! -Ele ri, aquele sorriso era tão frágil e precioso quanto o dono.
- Deixe a aproveitar, vocês ficaram pouco tempo aqui em Paris. -Digo e ele me encara triste. -Ah mô não faz essa cara.
- Mas depois você vai ficar um tempão aqui... -Ele choraminga sobre meu peito.
-Vamos fazer assim meu bem, ficamos essa noite no hospital, e a partir de amanhã iremos aproveitar essa uma semana sua em Paris. -Digo acariciando seus cabelos.
- Mas um semana passa rápido demais. -Ele murmura então beijo sua testa.
- Não será não, faremos essa uma semana ser inesquecível! -Ele me abraça sorrindo e afirma.
- Sem a Anko! -Anuncia.
- Amor... -Repreendo e ele ri.
- Okok só um pouquinho de Anko. -Dou um beijo em seus lábios e descansa sobre mim. -So para não perder o costume de tê-la por perto.
E assim ficamos, até nos pegarem no sono, pelo menos aquele momento foi como Iruka queria, sem a Anko ou ninguém, só nos dois.
Não imagino que uma semana passará tão rápido.
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Leia-me Iruka
FanficIruka se apaixona por um escritor fantasma, seu pseudónimo é Sukea. O dono do coração do leitor e desse nome peculiar, não é ninguém menos que Hatake Kakashi. A nossa historia de amor acontece na bela Amsterdã, com suas paisagens perfeitas e suas ru...