AMOR DE PERDIÇÃO

A chance que eu não vou perder

Astoria Greengrass

Eu deveria ficar surpresa pelo fato dos gêmeos Malfoy-Granger nascer em Hogwarts em pleno baile de inverno? Não. Nada mais poderia me surpreender daquele casal que são minha família agora. Três meses se passaram desde que os pequenos vieram ao mundo e Lola teve a brilhante ideia de organizarmos o casamento do nosso casal preferido.

Hermione estava em casa com seus bebês, Gina e Harry curtiam seu pequeno de um mês também que havia nascido sob circunstâncias normais, Albus Severo Weasley Potter, um nome grandioso para um bebê tão pequeno, os pais mais babões que existe. Preciso falar sobre Lola antes de tudo, no início foi difícil por causa do ciúme bobo dela, achando que eu ia roubar sua melhor amiga, depois de algumas tardes de chá e outras manhãs babando juntas pelos gêmeos, então ganhei sua confiança e agora mais uma amiga foi adicionada a minha vida.

Nem preciso dizer que ela e Andy se deram muito bem, meu bebê conquista a todos com muita facilidade, graças ao carisma herdado do pai, o tempo passou tão rápido aqui na Itália que mal percebi, deixei Gui se aproximar e hoje, para ser mais exata estou esperando ele para jantar em minha casa.

Lola pediu para cuidar de Andy e eu não pude recusar, eles se adoravam e Pietro adorava fazer coisas gostosas para meu pequeno, tanto mimo que eu nem podia reclamar. Preparei algo simples, mas delicioso para jantar com Gui, eu queria surpreendê-lo, não suportava mais esperar, eu o queria.

Arrumei a mesa e tudo o que precisaria para o nosso jantar e fui terminar de me arrumar, um vestido simples, pouca maquiagem, um saltinho, tudo muito simples e delicado, pois essa era a nova Astoria, bem diferente da glamourosa bruxa de antes, hoje eu prezo pela simplicidade das coisas e Gui foi quem me ajudou com isso.

Não demora muito ele chega, sempre formal e elegante, por ser um advogado renomado, mas quando está comigo e Andy é alguém tão simples e doce, Guiseppe não é um bruxo, porém a magia que ele fez em minha vida não há comparação.

Sua paciência e dedicação tornaram meus dias mais alegres, mais leves, trouxe paz e serenidade para duas pessoas perdidas e angustiadas com a maldade das pessoas. Sou acima de tudo grata a ele por nos tratar tão bem e depois não posso negar que por detrás de seus olhos azuis há tanto carinho e amor que jamais vi alguém me dedicar assim.

Abro a porta e um sorriso involuntário surge ao vê-lo, traz uma boa garrafa de vinho e ao me ver beija minha mão, com todo o respeito do mundo, ele entra e a conversa flui naturalmente, não há silêncio constrangedor, há apenas duas pessoas adultas, livres e que se desejam mais do que tudo.

O jantar segue calmo e tranquilo, tento ir com calma com o vinho por ser fraca para beber, mas Gui nota meu nervosismo e ao me chamar para a sala senta ao meu lado e segura minha mão ao perguntar:

- O que há Ast? Está tão tensa...

- Gui, eu preciso te dizer... Mas não sei se consigo.

Seus olhos brilhantes me encaram com medo, dúvida, talvez ele nem tenha percebido que o quero tanto quanto ele me quer, preciso dizer logo:

- Eu gosto de você Guiseppe! Eu estou apaixonada por você, perdidamente! Não consigo parar de pensar em você e sinto sua falta sempre que está longe.

- Astoria, eu...

Gui sorria e eu pude ver lágrimas caindo no exato momento em que me confessei, suas mãos foram para o meu rosto e com seus olhos cravados em mim Gui disse:

- Eu te amo Astoria! Esperei tanto por esse momento.

E logo senti seus lábios nos meus, um beijo puro, delicado, como se me pedisse permissão, cheguei mais perto e colei nossos corpos o máximo que pude no sofá da sala, então o beijo de delicado foi para intenso aos poucos, sentindo um ao outro, cada toque suave, curioso, logo estávamos no quarto e eu não me importava nenhum pouco se estava indo rápido demais ou não.