𝐄𝐋𝐄𝐕𝐄𝐍.

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"Vou ficar no meu jogo de fingir Aonde a diversão não tem nenhum fim Não posso ir sozinha para casa de novo Preciso de alguém para anestesiar a dor"

"Vou ficar no meu jogo de fingir Aonde a diversão não tem nenhum fim Não posso ir sozinha para casa de novo Preciso de alguém para anestesiar a dor"

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𝐎 𝐖 𝐄 𝐍

A playlist já estava quase acabando, eu havia passado as últimas duas horas concentrada na letra de cada uma delas. Eu já conhecia a maioria mas nunca tinha parado e pensado nelas, e hoje eu tive a conclusão que tenho que fazer isso mais vezes. Escutar música serviu como um calmante que eu nunca experimentei, ainda não é melhor que o sexo, mas se continuar assim isso pode me ajudar a superar o vício.

Give me Love, do Ed Sheeran, já estava na última estrofe, eu estava tão atenta à música que só me dei conta que estava de noite quando um pequeno estalo vindo da janela me chamou a atenção, fui até a mesma e após abri-la encontrei o Finn jogando pedrinhas como forma de me chamar.

Sentei na grande almofada que eu deixava na parte plana de dentro da janela para poder observar as estrelas nas raras vezes que o céu de Londres estava limpo. Sorri para o Finn assim que estava confortável e esperei que ele começasse a falar.

- Hey S/N. Estava escutando música? Eu estou te chamando faz meia hora. - Finn comenta.

- Sim, eu estava. Não tenho esse costume de escutar música alta, mas depois de hoje pareceu o ideal. - Respondo e sorrio fraco. - Então por que me chamou? - Pergunto, olhando para as nuvens que se formaram no céu novamente.

- Eu só queria saber como você estava, minha mãe chegou toda nervosinha dizendo que você era uma viciada sem tratamento e que provavelmente tinha acabo de dar pra alguém... Bem, ela é louca e digamos que eu tenha te defendido. - Ele dá os ombros.

- Me defendeu? - Arco as sobrancelhas e o Finn assente. - Por que? - Questiono, não tenho ideia do por quê dele ter me defendido, talvez porque somos amigos mas ainda não entendo por que ele discutiria com a mãe por minha causa.

- Hm... Você é a minha vizinha mas também te considero minha amiga, sabe o que eu quero dizer? Você não tem muitos amigos por causa do seu vício e não gosta de falar disso, mas se abriu comigo e conseguiu me contar coisas que só eu e o seu irmão sabem.

Talvez o Louis agora também saiba, meu subconsciente lembra, causando-me uma ponta de arrependimento por ter confiado no Louis, agora que lhe dei um "fora" talvez ele possa sair e espalhar sobre o meu vício por ai, contar sobre como a Síndorme de Estocolmo me deixou assim. Finn franze os lábios e suspira.

- S/N, você tem confiança em mim, sabe que eu não contaria nada ao seu respeito e que muito menos deixaria alguém te chamar de 'viciada sem tratamento' - Finn continua, fazendo aspas com as mãos. - Foi basicamente por isso que eu te defendi, e também porque a minha mão já estava me aborrecendo o dia inteiro, precisava gritar com ela. - Não deixo de rir com o que ele disse.

- Obrigada Finn, obrigada mesmo.

Lhe agradeço esboçando um sorriso. - Não só por ter me defendido, mas também porque você sempre esteve ao meu lado sem ter medo que eu não me controle e te agarrar. - Digo e consigo ver o Finn corando, mesmo estando um pouco escuro. - Ei, será que...você poderia vir aqui? Eu preciso desabafar. - Solto um ar pesado depois de pedir para ele.

𝗢𝗕𝗦𝗦𝗘𝗦𝗜𝗢𝗡, ꪶ𝘰𝘶𝘪𝘴.𝘱 Onde histórias criam vida. Descubra agora