𝐓𝐖𝐄𝐋𝐕𝐄.

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"Aparecendo, desaparecendo

À beira do paraíso Cada pedaço da sua pele é um santo graal que tenho que encontrar Só você pode acender meu coração Sim, vou te deixar determinar o ritmo Porque não estou pensando direito Minha cabeça está girando, não consigo mais ver com clareza O que está esperando?"

Love Me Like You Do - Ellie Goulding (50 shares of Grey SoundTrack)

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𝐎 𝐖 𝐄 𝐍

Já se passaram duas semanas desde o incidente com o Finn, não saí de casa desde então, com pavor de encarar o mundo, além de ter a culpa me consumindo dia após dia. Devo ter perdido mais de três quilos, comi pouco na última semama e menos ainda nessa, também não frequentei nenhuma das reuniões do grupo de apoio, o lado bom é que não fui obrigada a enfrentar o Louis. Aqueles olho castanhos me fariam desabar de joelhos e eu permitiria que ele fizesse o que bem entendesse, aceitaria até ser sua escrava sexual, Louis bem que gostaria disso.

Por não ter saído do quarto me mantive distraída com músicas que escuto a todo momento pelo celular ou pelo notebook, quando não estou ouvindo música fico lendo diversos livros que o Tom tem trago da biblioteca onde está trabalhando. Meu irmão foi a única pessoa que eu falei ou tive algum contato, minha porta esteve sempre trancada por medo que minha mãe entrasse, nem sequer abri a janela com medo de encarar o Finn.

Depois de termos feito sexo na minha cozinha devido à minha desgraçada falta de controle, o Finn veio atrás de mim quando eu subi correndo para o quarto, mas tranquei a porta do quarto e em seguida me tranquei no banheiro por horas, só para não ter que ouvi-lo falar sobre nada. Fiquei mais de duas horas trancada no banheiro do meu quarto, pensando não só no que eu tinha acabado de fazer mas como também em toda a minha vida. O vício me move, mas ao mesmo tempo me enfraquece.

Estou deitada na minha cama com um livro pousado sobre a minha barriga, ele sobe e desce de acordo com a minha respiração, não tenho vontade de ler agora, nem de escutar música, mas queria sair um pouco, é a primeira vez em semanas que tenho vontade de sair de casa. Como ainda está de manhã, penso que talvez eu possa sair na hora do almoço com o Tom, poderíamos ir à algum restaurante próximo, apenas para que eu possa ver a luz do dia novamente. Tomo coragem depois de ficar pensando por alguns minutos, decido ir até o andar debaixo da casa para falar com o Tom.

Minha pele se arrepiou assim que eu abri a porta do quarto, me acostumei com a calefação quente do meu ambiente que agora estou morrendo de frio enquanto ando pela casa. Entro na sala timidamente e aos poucos vou me acostumando, Tom está jogado no sofá com o celular nas mãos enquanto digita sem parar. Sento-me nos pés dele e chamo sua atenção, meu irmão parece surpreso por me ver aqui.

- Veja só quem decidiu sair do modo hibernação! - Ele ironiza e ri. - Já estava na hora, você deve ter esquecido como é sua própria casa por estar sempre trancada no quarto. - Tom diz e se senta corretamente, abrindo mais espaço para eu me ajeitar.

𝗢𝗕𝗦𝗦𝗘𝗦𝗜𝗢𝗡, ꪶ𝘰𝘶𝘪𝘴.𝘱 Onde histórias criam vida. Descubra agora