𝐒𝐄𝐕𝐄𝐍.

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"Você está com as bochechas coradas? Você já teve aquele medo que não pode mudar?

Do tipo que não sai como algo nos seus dentes?

Tem algum truque na sua manga? Você não tem ideia do que a minha obsessão?"

Tem algum truque na sua manga? Você não tem ideia do que a minha obsessão?"

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𝐎 𝐖 𝐄 𝐍

Abri a porta de casa e pendurei meu sobretudo em um dos ganchos que ficava por trás. Entrei de mansinho sem querer chamar atenção da minha família, quando saí da fraternidade não pensei no fato que a minha tia poderia estar aqui ainda, por isso não passei nem perto da sala de jantar.

Não é possível ouvir vozes vindas de lá, comprovando a possibilidade da minha tia não estar aqui, passo pela cozinha para pegar alguma coisa para tomar, mas sem fazer nenhum barulho. Na geladeira encontro uma linda travessa de tomates cerejas, pego um garfo, a travessa e subo para o meu quarto.

A casa está silenciosa como se não estivesse ninguém nela, talvez tenham saído para mostrar Londres durante a noite, mesmo sendo um passeio arriscado, é muito bonito ver todas as luzes acesas e o olhar dos turistas ao ver os principais monumentos iluminados.

A porta do meu quarto rangeu alto quando eu a abri, mas o barulho mais alto foi causado quando eu derrubei a travessa no chão e ela se espatifou por inteiro, havia me assustado com as pessoas que estão dentro do meu quarto. Graças aos barulhos, todos os olhares estão fitados em mim, não sei o que fazer, estou completamente sem graça.

Minha mãe, meu irmão e uma outra mulher, que acredito ser a minha tia, se entre olham sem dizer nenhuma palavra.

- O que estão fazendo aqui? - Murmuro, sem manter contato visual com eles. Me agacho e começo a recolher os cacos espalhados, Tom faz o mesmo para me ajudar. Lanço-o um olhar de "o que está acontecendo?" mas ele apenas dá os ombros.

Tom sai do quarto para buscar a vassoura para varrer os cacos menores, me deixando a sós com as outras duas mulheres.

- O que está acontecendo aqui, por quê estão no meu quarto? - Rompi o silêncio fazendo muitas perguntas ao mesmo tempo. Engoli seco ao perceber que a minha tia me encarava de forma que me deixou um pouco assustada.

- Você deve ser S/N. Eu sou a irmã do seu pai. - A mulher estendeu a mão para me cumprimentar mas eu hesitei e apenas encarei sua mão que estava na minha frente até ela desistir que eu cedesse.

- S/N, eu estava comentando com a Mary sobre a sua obsessão. - Por fim diz minha mãe, cruzo os braços contra o corpo e evito contato visual com elas. - Amanhã marcamos de você falar com ela logo de manhã, a Mary vai dormir por aqui essa noite. -

- Não vou falar com ela, não vou falar com ninguém além da psicóloga do grupo. - Me oponho. - Você não tem o direito de marcar consultas sem saber a minha opinião antes. - A tia Mary solta o ar e se aproxima de mim, tento não hesitar e a deixo fazer isso.

𝗢𝗕𝗦𝗦𝗘𝗦𝗜𝗢𝗡, ꪶ𝘰𝘶𝘪𝘴.𝘱 Onde histórias criam vida. Descubra agora