𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐓𝐇𝐑𝐄𝐄.

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"Meus olhos da cor vermelha
Queria que você libertasse a minha mente
É assim que tudo acaba
Sinto as substâncias químicas queimando em minhas veias"

"Meus olhos da cor vermelhaQueria que você libertasse a minha menteÉ assim que tudo acabaSinto as substâncias químicas queimando em minhas veias"

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𝐎 𝐖 𝐄 𝐍

O resto da tarde passou mais rápido do que eu imaginava. Basicamente, fomos a algumas lojas de lingeries para que eu provasse diversas peças, todas escolhidas pelo Louis. Peças brancas de renda mais puras, vermelhas e pretas mais ousadas e sexys, cada lingerie era diferente da outra, de acordo com ele cada um seria para um momento diferente da noite.

Confesso que não deixei de ficar assustada quando o Louis entrou em um farmácia e comprou mais alguns tipos de camisinha e lubrificantes, de diversos sabores diferentes. Paramos para almoçar no final da tarde, e como eu já esperava, o Louis ficava de olho em tudo o que eu colocava na minha boca.

Quando me dei conta já se passavam das seis da tarde e o Louis estava me levando para casa. Eu sabia que minha mãe e o meu irmão já estariam em casa e não queria nem ao menos imaginar a reação dele ao me ver chegando com um garoto em casa.

Assim que viramos algumas ruas antes da rua da minha casa, eu já sentia o meu coração batendo mais rapidamente e a minha respiração ficar mais pesada. Nunca tive medo da minha mãe antes, até semana passada quando ela me deu um belo e dolorido tapa no rosto. Desde então estamos nos falando pouco ou quase nada durante o dia, eu mal tenho saído de casa quando ela vive na rua. o Tom é aquele tipo de pessoa fechada e que não costuma falar muito, mas seu silêncio chega a um ponto de ser arrogante. Apesar de tudo ele não deixa de ser um bom irmão mais velho, não deixava de ser.

Nos últimos anos desde que foi diagnosticada com compulsão sexual, ele se afastou muito de mim, talvez por medo de eu não conseguir manter o controle e agarrá-lo, algo que eu jamais faria. Ele é meu irmão, a pessoa que me viu nascer e que brincou comigo quando éramos crianças, a única pessoa para quem eu contei os meus segredos desde os seis anos de idade, alguém que eu consigo amar tanto quando amo a minha mãe.

Tento ignorar meus pensamentos assim que sinto o carro parar, olho para o lado e engulo seco ao ver que estamos estacionados de frente com a minha casa.

- Tudo bem com você, S/N? - Louis pergunta, percebendo o meu nervosismo.

- S-Sim.. Quero dizer... Não muito. - Gaguejo olhando fixamente para a casa. - Não sei se consigo entrar e encarar a minha mãe. Ela vai perguntar por onde eu estive durante o dia e eu não vou saber o que dizer. - Respirei fundo, tentando acalmar a mim mesma.

- Por que você tem tanto medo de enfrentar a sua mãe? - Ele pergunta em um tom preocupado, tirando o cinto de segurança que envolvia o seu corpo e virando-se para mim. Sinto-me um pouco mais calma no momento que os olhos dele se encontrar com os meus e suavemente ele move os lábios para falar. - Pode me contar, já me contou coisas mais intimas antes. Bem mais intimas.

- Eu nunca estive em um situação dessas antes, Louis. Nunca tive medo dela porque sabia que ela nunca faria nada para me machucar. Mas assim que a mão dela atingiu o meu rosto eu comecei a sentir esse medo que eu jamais fui capaz de sentir. Ela é minha mãe, nunca pensei que sentiria medo dela. - Falar tudo isso em voz alta foi como sentir um enorme peso saindo das minhas costas.

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