𝐍𝐈𝐍𝐄𝐓𝐄𝐄𝐍.

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"Sexo é sempre a resposta, nunca é uma questão."

𝐎 𝐖 𝐄 𝐍

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𝐎 𝐖 𝐄 𝐍

Todos os olhares estavam pairando sobre mim. Eu me sentia acurralada. As expressões de fúria da minha mãe junto as de preocupação do Tom e da tia Mary causavam-me uma grande aflição, eu só queria sair correndo para o meu quarto e me trancar até estar com certeza que ninguém iria me julgar.

Apresso meus passos ainda cabisbaixa e tento subir as escadas sem ter de falar com alguém, mas sou puxada para baixo com força, sendo arranhada pelas unhas nervosas da minha mãe. Mexo meu braço para tentar me livrar dela, mas sua força é maior que a minha, me encolho quando seus olhos de raiva encontraram os meus.

Ela nunca me bateu, ela nem sequer encostou um dedo em mim, mas nunca a vi tão brava, seu rosto está vermelho e sinto como se ela fosse espumar de raiva a qualquer momento. Pela primeira vez nos meus 18 anos de vida eu estou sentindo medo da minha mãe.

- Onde você estava? - Minha mãe grita, fazendo-me amuar ainda mais. Suas mãos rodeiam os meus pulsos com uma força ainda maior, sou obrigada a choramingar de dor para que ela finalmente me solte. - Me responde, S/N!

- E-Eu estava na fraternidade e... - Minha voz trêmula falha no meio da frase, não sinto que consigo prosseguir e continuar a falar. Respiro fundo para que possa abrir a bica novamente. - Eu estava na fraternidade dos amigos do Finn. - Admito e consigo sentir a respiração nervosa da minha mãe ao meu lado.

Levanto meu olhar e encaro o meu irmão e a minha tia, ambos estão estáticos do lado da minha mãe, parecem até estarem com medo dela. A tia Mary gesticula para que eu me mantenha calma e eu apenas assinto, respirando fundo mais uma vez para tentar não ficar trêmula.

- Amigos do Finn? Interessante.. - Minha mãe ironiza. - E com quantos deles você transou? Dois? Três? - Ela julga. Afasto as lágrimas bobas que se formaram e penso que tenho que manter-me instável para encará-la. Não posso deixar que ela me julgue assim. Eu posso ter compulsão sexual, mas isso não significa que eu seja uma vadia.

- Por que sempre que eu saio você pensa que fui parar na cama com alguém? - Questiono-a.

- Deve ser porque minha filha caçula é viciada em sexo e não consegue ficar uma semana sem dar para alguém. - Seu tom de voz machucam-me mais do que suas palavras. Elas disse com tanta certeza e precisão, jamais esperaria ouvir isso saindo da boca dela.

- Elizabeth! - Minha tia a adverte. - Pare de julgar a S/N desse jeito, você não vê que ela não gosta de ser assim? Acha mesmo que ela quer continuar tendo relações sexuais com todos por ai? - Ela grita com a mulher a sua frente, me defendendo. A mulher que me criou e me deu de tudo está agora me julgando, já aquela que em 18 anos não teve algum contato comigo está me defendendo. Como é possível que as coisas se tornem malucas de um dia para o outro?

- Mary, não se intrometa. Ela é minha filha. - Minha mãe rosna.

- Ela pode ser sua filha, mas do que adianta isso se você está xingando ela de vadia? - Meu irmão se intromete e o agradeço mentalmente por isso.

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