• 𝐏𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐈𝐈 •

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Depois que o príncipe Asafe foi embora, mamãe criou um verdadeiro alvoroço em casa

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Depois que o príncipe Asafe foi embora, mamãe criou um verdadeiro alvoroço em casa. Recolheu seus livros velhos e empoeirados, buscando as mais poderosas magias protetoras e de disfarce. Inutilmente, tentei argumentar sobre todos os contras de ter aceitado a proposta, mas nada adiantou.

— Maya, não posso usar qualquer tipo de proteção. — Jogou uma série de livros estragados nos meus braços. — Precisamos encontrar algo que possa proteger o ovo sem prejudicar a criatura. As aulas de hoje estão suspensas.

Assim, tive um dia de paz, sem a obrigação de escutar seus sermões e ensinamentos desnecessários sobre transfiguração e outras besteiras. Em compensação, li páginas e mais páginas sobre barreiras protetoras e armadilhas não fatais, tudo para no fim Agda não escolher absolutamente nada e deixar o ovo sobre  sua cama.

— Por que você aceitou? — a acuso no final do dia, tomando um pouco de coragem. — Existe grande perigo do exército de Khidora ou um espião maluco invadir nossa casa. A recompensa é alta, pelo menos?

— A recompensa não importa.

— Mãe! Você está colocando nossa família em risco, de novo!

— O príncipe confiou essa missão a mim. É necessário total sigilo e cuidado. — Agda forçou um sorriso sem graça, me conhecia bem o suficiente para perceber a raiva em meu olhar. — Não conte para ninguém, tenha calma. Vamos lidar com isso da melhor forma possível até acabar.

— Para quem eu ia contar? Quase ninguém fala comigo. A questão é que essa missão me parece um tanto complicada.

Amarrando os cabelos brancos em um coque desleixado, Agda suspirou. Assim como os meus, seus olhos são castanho-claros, e apesar do rosto cansado e enrugado não carregar muito do frescor da juventude, consigo vislumbrar um pouco de mim nela, quando expressa decepção e exaustão.

— Não se preocupe, pelos meus cálculos o período de incubação que resta para o ovo é curto. Ninguém nunca vai desconfiar que ele está aqui. Todos acham que Asafe está guardando em um lugar super seguro no castelo.

— Certo, então como ainda não temos armas de destruição em massa eficazes, vamos focar no dragão. Lembre-me de inventar algo mais mortífero com a ciência.

Era uma vez, uma bruxa (ANTOLOGIA)Onde histórias criam vida. Descubra agora