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Tudo mudou após aquela viagem, aquela relação, a vida de S/n Carpenter. Ela já não sabia o que é real ou não, não sabe em quem confiar.
Se todas aquelas pessoas não tivessem se aproximado talvez ela ainda estivesse feliz, ou talvez viva.
or...
"Não dava mais para segurar então corri para o mar no meio da madrugada e confessei à água meu amor por você quando terminei de falar o sal no corpo dela virou açúcar."
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Nós continuamos conversando a respeito de como ela havia mudado durante os três anos de experiência que eles tiveram juntos. A cada ocorrência que ela relatava, mais raiva e repulsa eu sentia pelo Johnny e seu irmão. Ela confiou em mim para dizer todos esses fatos e ver ela mal por tudo isso me feriu.
── S/n, me desculpa por ter perguntado. Não consigo imaginar como você se sente.
── Eu não sinto mais nada Noah ── ela suspira se sentando na grama.
Estamos no lago do restaurante e já está escurecendo. Ficamos em silêncio por um tempo, até que ela retira os saltos que estava calçando e coloca seus pés na grama.
Pego o maço de cigarros de meu bolso junto com o isqueiro. Retiro um e prendo contra meus lábios para acender. Trago a fumaça e depois solto a fumaça de meus pulmões. Pergunto se ela quer um mas Carpenter simplesmente retira o cigarro de meus lábios e traga. Sorrio e pego de volta meu cigarro de sua boca.
── Você deveria fazer o mesmo que eu.
── Pegar o cigarro de pessoas alheias? ── ela ri.
── Tirar seu sapato e ficar descalço.
── Por que eu faria isso?
── Eu te dei uma sugestão idiota, decide você se vai fazer ── sorrio sem mostrar os dentes e retiro meus calçados.
── Se você pudesse ir para algum lugar e decidir em que tempo, onde iria?
── Provavelmente para quando eu era criança, as coisas eram mais fáceis.
── As coisas ficam complicadas por nossa culpa.
── Nem tudo é minha culpa Noah ── ela suspira.
── Eu sei Carpenter, queria que fosse diferente.
── E eu queria não ter nascido ── ela diz em um tom brincalhão, porém não achei tão engraçado assim. Na verdade nem um pouco engraçado. ── Desculpa, tenho mania de fazer piada com os meus problemas.
Me levanto após uma pequena fração de segundos e puxo S/n para vir comigo.
── Noah os nossos sapatos! ── ela diz rindo.
── Eles não tem importância S/n, você tem.
Guio ela para um balanço preso em uma árvore na margem do lago. Me sento na base de madeira e ela se senta em meu colo. Começo a pegar impulso com os pés e por conta do álcool em seu sangue ela gargalhava alto. Sua risada é a melhor de todas que eu já ouvi em minha vida.
