Dominated

Capítulo II

Adivinha quem voltou? Eu mesmo, com mais um capítulo de Dominated pra vocês. Eu sei, eu disse que não ia colocar aviso no início dos capítulos, mas é mais forte que eu! Enfim, cá estou eu, atrasado, mas não desistam, sim? Preparem os corações docinhos.

Fica a dica: O couro é um dos tecidos mais marcantes do BDSM.

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A semana se passou num piscar de olhos. Pode-se dizer que Wei Wuxian e a família Jiang estavam encantadoramente felizes com a mudança, adaptavam-se estrategicamente na grande cidade e se acostumavam aos poucos com a movimentação e outros detalhes da capital.

Era segunda-feira novamente, o sol se exibia demonstrando pequenos raios entre as nuvens nubladas. Eles invadiam, com sua sutil claridade, a janela do quarto de Ying que na noite passada dormira sobre a escrivaninha de carvalho, com a lateral do rosto encostada em um PDF impresso com trechos de "Romeu e Julieta" que seriam utilizados nas aulas de literatura dessa semana. O moreno lia não só por obrigação, como também pelo prazer de interpretar todo aquele clichê, mesmo nunca tendo vivido um.

O alarme o despertou em um pulo, levantou-se com uma leve dor no pescoço e o estralou dos dois lados, fazendo o mesmo com as costa e logo após se arrastou preguiçosamente para o banheiro de seu quarto, tirando as vestes no caminho até lá.

A água quente sobre os cabelos fazia o vapor subir por todo o box, passou os dedos entre os fios negros e fechou os olhos, deixando que a temperatura relaxasse seus músculos.

Pensou em Romeu e Julieta e como o amor deles era inusitadamente trágico e masoquista, doloroso de se ler. Então seu desvaneio se prolongou até o rosto escultural de seu professor de literatura, era normal tê-lo em mente ao lembrar de uma atividade prosposta por ele. Mas, de modo estranho, as cenas de sua entrada majestosa na sala de aula no primeiro dia repassou como um flash vívido diante de seus olhos cessados.

O corpo, o estilo e a sensualidade involuntária, que percebera no professor durante convívio de algumas horas por três dias da semana, eram irresistíveis. Relembrou de seu conjunto de roupas da sexta-feira passada, quando retirou a jaqueta de couro exibindo os braços firmes e musculosos sem muito exagero, de pele alva e aparentemente lisa como cetim.

Ele havia justificado a retirada do traje por ter derrubado café no caminho para a sala, mas a blusa branca sobre sua pele não evidenciava nem sequer um respingo do líquido.

E tudo ficou mais confuso quando o professor não parou de encara-lo durante a aula, enquanto explicava algo banal em relação aos artistas da literatura romântica na Inglaterra mediaval. Sentia como se os olhos de âmbar o comesse disfarçadamente, ou seria apenas um fruto da imaginação fértil de Wei Wuxian?

Mas naquele momento nada parecia acontecer ao redor. Suas íris eram hipnotizantes e...

— No que você está pensando Wuxian?—Balançando a cabeça, perguntou para seu reflexo de cabelos úmidos e olheiras evidentes no espelho— ele é o seu professor. Pare com isso, está tão carente assim?

Suspirou passando o pente entre os fios e pondo um conjunto de roupas com uma paleta de cores diferenciadas: o vermelho vinho da blusa role que exibia seus ombros delicados, a calça preta delineando suas coxas sutis e o coturno da mesma cor, mas um pouco desgastado, quase cinza.

— Caralho Wei Wuxian!— De repente ouviu uma voz invadir o cômodo enquanto se analisava no espelho— vai a escola ou a um encontro?— Era Jiang Cheng, com a mochila nas costas e uma camisa preta coberta de pequenos raios roxos na estampa.