Capítulo XI

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Boa tarde docinhos, nunca posto capítulo nesse horário, mas já estou atrasado até demais! Espero que gostem, mais emoções estão vindo por ai, boa leitura.

P.S: deixem suas opiniões sobre a ideia do Huai, estou curioso.

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Se o tempo tivesse pernas estaria correndo uma maratona nesse momento. A semana havia sido de chuva, mas finalmente, no sábado, o Sol decidiu aparece como uma luz de esperança nos túneis nublados do céu acinzentado, porém não nos de Wei Wuxian, cujo céu sobre si parecia escurecer cada vez mais, principalmente quando pensava no acontecimento da Segunda-feira, o dia no qual sentiu toda a apreensão recair sobre seus ombros, talvez ele merecesse tudo isso.

Durante a semana não tocara no assunto com seu amado professor nem uma vez sequer, pelo contrário, evita-lo sutilmente estava sendo a melhor opção. Sabia que aquilo não faria a foto sumir da galeria de Xue Yang, contudo encarar os olhos flamejantes o fazia sentir o que menos gostaria: culpa.

A culpa era o sentimento que mais o consumia, mesmo que nada de ruim já tenha ocorrido com Wangji por sua conta, mas a sentia correr-lhe antecipadamente por dentro, afinal, como poderia confiar em Xue Yang? Era arriscado e despretensioso.

Ainda estava sobre uma balança desigual entre falar tudo e perde-lo ou omitir e acreditar que com o passar do tempo o sentimento ruim o abandonaria ou o assolaria até o fim.
Aquela situação fazia com que seu passado voltasse à vida em um pensamento subconsciente, as situações eram de fato distintas, mas o desespero e ansiedade continuavam os mesmos. Ele sempre acabava sofrendo.

Desligou-se do modo automático ao perceber que olhava fixamente para o copo d'água sobre o balcão da cozinha estilo americano. A casa permanecia quieta, silenciosa o suficiente para que as paranóias gritassem dentro de si. Agarrou o objeto, virando toda a água de vez, fazendo com que o líquido ajudasse no desentalar de seu bolo invisível na garganta, Wuxian nunca fora bom com emoções, mas ainda sim costumava ser alguém intenso, o suficiente para que elas o controlasse.

Arrastou-se até o sofá e viu o visor de seu celular brilhar, era Lan Wangji. Perguntando-lhe o porquê de esta sendo ignorado. O moreno sabia que se não respondesse adequadamente seu professor jogaria a culpa para os próprios ombros, achando que havia feito algo ruim.

— Preciso responder...— O hábito de falar sozinho tinha voltado desde que o conhecera.— Só me dê um tempo Lan Zhan— seus fios escuros foram repuxados para trás e logo após agarrou o celular.

Em menos de cinco segundos Wangji o ligou, como se adivinhasse que algo de errado acontecia. O mais novo riu ironicamente e atendeu o telefone contra-gosto.

— Wei Ying— a voz chamando pelo seu nome de nascimento causou-lhe satisfação, já faziam alguns dias desde a última vez.— Está bem?

— Mm— seu coração indeciso apertou.— E você?

— Wei Ying não responde minhas mensagens, foge de mim na escola, fico surpreso que tenha atendido essa ligação— ele suspirou.— Porquê não quer falar comigo? Fiz algo de errado? Podemos parar com os testes se quiser, caso seja isso que tenha incomodado Wei Ying.

— Lan Wangji— de repente o barulho da respiração que atravessava o microfone do professor parou.— Não é nada disso, está bem?— Pensou em algo convincente.— Desculpe por não avisar, estou muito ocupado estudando para a semana que vem, são as provas, esqueceu?

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