Capítulo IV

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Oi docinhos, sei que prometi o capítulo para sábado, mas acabei demorando mais do que imaginei para concluir. Ainda sim espero que gostem e já vão preparando o coração para o próximo, porquê vem aí! Muito obrigado pelos 1,85K e boa leitura.

P.S: quis focar esse capítulo mais nas emoções e sentimentos do Wei Wuxian, ficou um pouco longo, então no próximo focarei apenas no encontro, espero que gostem.

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Wangji não fazia a mínima ideia das consequências que viriam após ter dito aquelas palavras, porém às vezes deixava seu impulso falar mais alto que o cérebro calculista.

Não sentiu arrependimento algum após sua fala, pelo contrário, ansiava por uma resposta positiva do moreno que nem sequer respirava, com as bochechas tão rubras quanto o tecido da blusa que vestia. Ele era lindo e isso o Lan confessava internamente de bom grado.

Wei Wuxian, por outro lado torcia para que algo inesperado acontecesse e o tirasse dessa situação escorregadia e conflituosa. Aceitou o fato de que, no mundo da ficção, sair com um professor seria deveras emocionante e arriscado, contudo a realidade era muito mais perigosa do que clichês.

Um turbilhão de emoções se instalou no moreno quando Wangji aproximou-se, colando os lábios quentes sobre seu lóbulo, não era um beijo, mas apenas o roçar da pele delicada sobre a cartilagem de sua orelha misturando-se com a respiração tensa, conseguia ser mais lúbrico que um. Então ele pronunciou num tom tão suave e quente quanto brisas de verão:

— Preciso falar mais perto?— Sussurrou, seu perfume era forte, daqueles que empreguinava-se nas narinas, difícil de se esquecer.— Saia comigo— naquele momento Wuxian sentiu as pernas fraquejarem, o timbre não era mais suave e sim rígido.

Talvez esse tipo de relação minoritária fosse estritamente proibida de acordo com as virtudes éticas e sociais. Todavia, algo dentro do moreno gritava dizendo que o proibido seria excitante. E assim, era incapaz de pronunciar uma negação. Empurrou o corpo de Wangji, quase colado ao seu e antes que o coração desnivelado pudesse sair pela boca, respondeu no mesmo tom:

— Sim— não era isso que ele queria dizer, seu cérebro guerreava com seus atos e palavras impulsórias escapavam por sua boca.— Saio com você— afirmou aumentando um pouco a voz, vendo o professor sorrir ladino.

— Ótimo— Wangji afastou-se voltando calmamente para a mesa enquanto era seguido por Wei.— Hoje?— Perguntou arrumando os questionários.

— Às sete. Eu escolho o lugar e...

— Eu te pego.

— Ei!— Wei exclamou surpreso pela ousadia de seu professor. Claramente não pretendia chegar a esse ponto de intimidade neste encontro, se é que poderia considerar como um.— Lan Wangji, não me faça mudar de ideia sobre você e achar que está apenas tentando tirar proveito de um aluno que nem sequer conhece.

— O encontro é para isso, nos conhecermos melhor e...— Certo, ouvir a palavra "encontro" saindo pelos belos lábios carnudos foi mais satisfatório do que Wei poderia imaginar.— Eu não estava falando no sentido carnal, quis dizer que vou te buscar. Na sua casa.— Esperou uma resposta do moreno que olhava para baixo enquanto as maçãs do rosto coravam, causando no mais velho uma sensação adorável.— A não ser que prefira me dizer o local e nos encontramos lá...

— Não, tudo bem, você pode me buscar. Aguento a curiosidade do meu shidi depois— revirou os olhos, logo após encarando as íris amareladas inexpressivas de Wangji.

— Oh... Então ele é seu shidi— afirmou duvidoso, pendurando a alça da bolsa com os fichários já organizados e virando-se rente ao mais novo.

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