Poemas eróticos

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Já passava das dez da manhã quando saí do quarto, me sentindo renovada, depois de tantas horas de trabalho.

A televisão ligada na sala me atraiu para aquele cômodo e eu encontrei Carolina ali, deitada no sofá assistindo a um desenho animado na televisão.

Por um momento cheguei a pensar que a presença dela naquela casa tivesse sido apenas um sonho. Afinal, tinha passado a noite inteira sonhando com ela. Não sei se pela sua chegada que me pegara de surpresa, ou se por eu ter o hábito de sonhar com as coisas que tiveram mais impacto na minha vida durante o dia.

Lembro que o primeiro sonho consistia em Carolina correndo atrás de Victor com um machado, enquanto eu corria atrás dela para impedi-la de matar meu filho. Esse sonho tinha me feito acordar cansada no meio da noite, como se estivesse correndo de verdade. Voltei a dormir, apenas para sonhar com ela mais uma vez, que agora recitava o mesmo trecho do poema da noite anterior, chorando, e depois dizia que desistiu de Victor. Que o amor que ela sentia por ele tinha acabado. E eu, honestamente, não duvidava que isso acontecesse fora do sonho também.

E agora ali estava ela rindo enquanto um personagem amarelo, que eu não conhecia, fazia alguma graça.

- Bom dia, Carolina.

Seu olhar desviou imediatamente da TV, e ela me encarou aumentando ainda mais o sorriso e levantou, sentando no sofá de forma descontraída.

Descontraída até de mais, eu me atreveria a dizer. Uma perna sua permaneceu no sofá enquanto a outra foi para o chão, deixando-a um tanto exposta de mais por causa da saia muito curta, que mal cobria um terço das suas coxas. E apesar da meia longa que ela usava, mais de metade das suas coxas estavam expostas.

- Bom dia, Bárbara. Dormiu bem?

Não comentei nada sobre a sua mudança de tratamento, passando a me chamar pelo primeiro nome, já que não era assim tão velha para ser chamado de senhora.

- Muito bem. E você?

- Como um anjo - ela falou, ficando em pé com um salto suave. - Já tomou seu café da manhã?

- Ainda não. Estava indo fazer isso agora.

- Vou lhe fazer companhia então - ela concluiu sem deixar de sorrir e se abaixou para pegar suas sapatilhas que estavam no chão, sem cuidado nenhum, quase fazendo sua calcinha aparecer.

Desviei o olhar enquanto ela calçava os sapatos. Carolina passou ao meu lado, me puxando pela mão para que eu a seguisse como se já estivesse completamente à vontade com aquela casa. E só então eu percebi que a sua saia não era a única coisa que ela vestia que era pequena demais para ela. Seu casaco cinza não conseguia cobrir sua barriga, deixando quase quatro dedos de pele exposta e os botões deixariam seu colo completamente de fora se não fosse pelo top preto que ela usava.

- Elizabeth! - Carolina chamou com um grito, assim que chegamos à sala de jantar e ela logo aparecia, saindo da cozinha. - Você pode trazer o café da manhã da Dra. Passos, por favor? Ela deve estar faminta.

Liz lançou um olhar questionador para as nossas mãos entrelaçadas, seu cenho franzindo, mas tudo que ela fez foi assentir e se retirar em seguida.

Carolina ainda agindo daquela forma estranha, soltou minha mão para puxar a cadeira para que eu sentasse.

- Aqui está o seu jornal - ela falou, pegando o jornal que estava dobrado num canto da mesa e me entregou.

- Você está bem, Carolina? - perguntei preocupada, ignorando o jornal e encarando-a.

- Claro que sim. O mau humor de ontem já passou - ela falou, abanando uma mão no ar como se tentasse afastar uma memória ruim e sentou ao meu lado. - Ainda estou chateada com Victor, é claro, mas não vou deixar isso estragar a minha vida. Há coisa muito melhores para se fazer do que lamentar por uma pessoa que não merece.

𝗗𝗼𝗰𝗲 𝗣𝗲𝗰𝗮𝗱𝗼 - G!POnde histórias criam vida. Descubra agora