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Assim que chegamos em casa, ajudei Carolina com suas compras, levando tudo para o andar de cima, me preocupando apenas para que ela não visse a sacola preta da Cartier.
Sugeri tomarmos um banho rápido antes do jantar, mas Carolina achou melhor cozinhar antes, já que o bolo de carne demoraria um pouco a ficar pronto. Então fui logo tomar meu banho, me encarregando de arrumar a mesa a seguir.
Enquanto pegava os pratos e talheres, Carolina subiu para tomar seu banho. De alguma forma que não conseguia explicar, eu me sentia nervosa pelo que poderia acontecer aquela noite.
Era quase como se eu estivesse voltado à minha adolescência e estivesse nervosa pela minha primeira vez. Mas o problema era que eu sabia que, de uma forma ou de outra, Carolina me compararia a Victor. Seria inevitável. E mesmo sabendo que tinha muito mais experiência do que ele, eu me sentia na obrigação de superá-lo.
A demora de Carolina estava começando a me deixar apreensiva. Já fazia mais de meia hora que ela tinha subido para tomar banho e até agora nada do seu retorno. Sem querer, coloquei na minha cabeça que ela estava se preparando para esta noite, e a minha curiosidade súbita me dominou.
Subi as escadas tão rápido que chegava a pular dois degraus por vez.
Nem bati à porta, como mandava aeducação, e entrei no quarto de hóspedes ocupado por Carolina, mas o encontrei vazio. Uma muda de roupa estava dobrada sobre a cama e o som do chuveiro chegava até mim através da porta fechada.
Fiquei alguns segundos encarando a madeira escura, talvez tentando abri-la com a força da mente, ou talvez querendo tornar a madeira transparente. E como uma tarada pervertida, comecei a imaginar que eu me aproximava da porta, e com um olho na fechadura, espiava a garota lá dentro, sabendo que o vidro transparente do boxe me permitiria ver todo seu corpo molhado. Mas antes que eu pudesse transformar aquela ilusão em realidade, o som do chuveiro sendo desligado me fez sair do transe e me apressei a sair do quarto antes que Carolina me visse ali.
E quando ela finalmente desceu, vestindo a roupa que eu tinha visto sobre a cama, eu já estava sentada confortavelmente no sofá da sala.
— Vamos jantar? — ela chamou, mas nem esperou por mim, indo direto para a cozinha.
O jantar transcorreu como nas outras noites, com a conversa fluindo naturalmente, enquanto comíamos o bolo de carne que, por sinal, estava delicioso.
Estava começando um dos filmes de James Bond, ainda com Sean Connery, e foi esse que ela escolhe para assistir, embora eu estranhasse essa decisão. Carolina já tinha dito uma vez que não gostava desses filmes com excesso de testosterona. Palavras suas.
Ainda assim, ficamos assistindo o filme, Carolina sentada em uma ponta do sofá de três lugares, de frente para mim, e eu na ponta oposta, fazendo nossas pernas se encontrarem no meio do caminho.
No começo, eu brinquei com esse fato, fazendo cócegas nos seus pés, e às vezes chegando até a deslizar as mãos pelas suas pernas cobertas pela calça listrada, mas quando Carolina ignorou minhas investidas, eu parei.
Eu não conseguia entender o porquê de Carolina estar agindo daquela forma tão estranha essa noite. Desde que chegamos, ela tinha feito o possível para evitar ficar sozinha comigo. Ela vinha agindo estranhamente desde o começo do dia, aparentando um nervosismo anormal.
A única explicação lógica que eu encontrava para o seu comportamento era que Carolina tinha se arrependido de se envolver com alguém como eu. Uma pessoa mais velha.
Alguém que também era a mãe do seu namorado, apesar de tudo. E se esse era o motivo da sua mudança, tudo que eu poderia fazer era aceitar e ficar quieta, esperando para ver se aquela atitude mudaria ou não.
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𝗗𝗼𝗰𝗲 𝗣𝗲𝗰𝗮𝗱𝗼 - G!P
ФанфикшнOnde após ser traída pelo namorado Carolina Marzin busca consolo nos braços da sogra, Bárbara Passos *Bárbara intersexual* ⚠️A fanfic terá abuso sexual⚠️ |Adaptação, história original está no perfil: whyjaurelesba|
