15. mistaken - pt. 2

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- Melissa! 

Alguém gritou seu nome enquanto a garota passava pelo longo corredor da Central. Ela apenas ignorou, esperando que a pessoa, que ela sabia exatamente quem era, entendesse o recado que ela não estava muito afim de conversar agora. 

- Eu sei que você está me ouvindo. 

Melissa se virou e, para sua surpresa, a pessoa estava mais próximo do que ela esperava.

- O que foi, Alec? - ela perguntou entediada. - Eu já te disse que eu não acredito que aquela pessoa na sala não seja Valentim. 

Alec revirou os olhos para a menina, que cruzou os braços em um sinal de desafio. 

- Melissa... - Alec respirou fundo - Você precisa acreditar em mim. Aquele é Magnus. 

A garota bufou e balançou a cabeça negativamente. 

- E em o que você se basearia nisso? - ela perguntou ao homem na sua frente. - Ele disse algo fofo pra você? 

- Ele me disse algo íntimo. Algo que apenas Magnus e eu sabemos. 

- Ok, Alexander. Eu não preciso saber detalhes de quando você perdeu a virgindade. A primeira vez de todo mundo é a mesma coisa. - Melissa disse, dando de ombros, tentando zombar com a situação. Ela deu as costas para Alec e continuou seu caminho para seu quarto. 

Antes que ela pudesse andar mais, Alec a segurou pelo braço. 

- Melissa, me escute. Por favor. - ele praticamente implorava a garota. - Sua avó acabou de pedir a execução de Valentim. Se a Clave aceitar e ela o fizer, não será Valentim naquele corpo. Acredite em mim! 

- E se for, Alec? - Melissa contrapôs, cerrando os olhos. - E se tudo isso for um grande jogo que ele esteja fazendo com você e que você esteja caindo igual um bobo? Afinal, e se você não for Valentim falando?

- Não, Melissa! - Alec aumentou o tom de voz, fazendo com que Melissa inclinasse a cabeça para o lado, analisando o comportamento de seu irmão postiço. - Por favor. Eu preciso que você confie em mim. 

A garota analisou, atentamente, o comportamento de Alec. Mãos inquietas, o olhar sempre se virando para o elevador toda vez que o som indicava que havia alguém saindo do mesmo. Aquele era o mesmo comportamento que ele tinha quando ela pedia para fazer algo e ele, mesmo sabendo que era errado, deixava, por saber que, muitas vezes, aquela era a única opção. 

Talvez, bem no fundo, havia uma mínima chance daquilo ser verdade. 

- Eu não vejo Imogen há algumas horas. Se ela pediu algo, já teve tempo de realizar. - Melissa disse, só que, dessa vez, ao invés de seguir caminho para seu quarto, ela foi em direção os elevadores, apertando o botão que os levava para as celas. - É bom que você esteja correto sobre isso, Alec. 

- Só tem uma forma de saber. - ele disse, seguindo a menina para dentro do elevador. 

Alguns segundos depois, quando as portas se abriram e eles foram cumprimentados pela ventania fria do sótão do Instituto, eles podiam ouvir o barulho dos saltos finos de Imogen ecoando pelo lugar. 

- Inquisidora? - Alec perguntou em voz alta. Como resposta, os passos pararam, e eles tiveram certeza que era realmente ela ali. Quando eles chegaram um pouco mais próximo da cela, viram Imogen de costas pra eles, totalmente imóvel, assistindo Valentim na cela. - A senhora vai executar Valentim sozinha, aqui mesmo no Instituto? 

- Desliguei o sistema de segurança antes, claro. - ela disse, friamente. 

- Isso não faz parte do prot-

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