não seja leitor fantasma,
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- Onde está Magnus? - eu perguntava, sem nem olhar para Raphael.
- Melissa, - ele me chamava mais uma vez. - por favor. Vamos conversar. Não é nada disso o que você pen-
O interrompi e, pela primeira vez, o olhei dentro de seus olhos.
- Não ouse em falar isso. - eu falava rangendo os dentes. - Você e Isabelle são dois adultos que sabem o que fizeram, e agora eu só consigo sentir nojo de vocês. Nojo e pena.
Virei de costas pra ele e, quando eu estava prestes a abrir a porta, pude sentir que ele estava atrás de mim.
- Se você realmente acreditasse em mim, você saberia que eu fiz isso pra ajudar sua irmã. - ele rebatia.
Sem conseguir me conter, me virei de uma vez só e o dei um soco, o empurrando em seguida.
- Se você quiser viver o resto dessa sua vida imunda, não fale comigo de novo. - eu o avisei, apontando o dedo. - Por favor.
Levei o silêncio de Raphael como consenso e saí do loft, batendo a porta atrás de mim.
Eu estava cansada.
Na verdade, exausta.
E não era uma exaustão física, e sim mental. Todos os dias são os mesmos, todas as vezes é a mesma coisa. Talvez, vendo por um lado mais frio, eu estava entendendo o porquê Valentim surtou.
Eu merecia um tempo só pra mim.
Parei em um parque algumas quadras antes e desliguei meu celular, me privando de qualquer coisa que pudesse me incomodar naquele momento. Se precisassem de mim, me encontrariam.
Passei a noite toda ali, observando crianças com seus pais, pessoas bêbadas e sem tetos rindo por uma besteira qualquer. Vi o sol nascer e, por menor que fosse, aquilo me deu alguma esperança interior.
Fazendo o mesmo repetitivo caminho de sempre, voltei para o Instituto e, antes que eu pudesse fechar a porta direito, ouvi Imogen me chamando.
- Melissa! - sua voz ecoou pela minha cabeça e me virei a ela com o melhor sorriso forçado que eu podia. - Onde você estava?
- Andando por aí. - menti. - Porque?
Ela deu um sorrisinho de lado e acariciou meu ombro.
- Andando? Até agora? - ela perguntava duvidosa, apenas assenti com a cabeça. - Preciso que você ajude Jace e Alexander a procurar um Demônio Maior, Azezal. Depois, precisamos conversar.
Arregalei meus olhos.
- Azezal? - eu repetia, só para ter certeza de que eu não estava ficando doida.
Ela murmurou um 'sim' e me guiou até a Central, onde Jace e Alexander estavam.
- Achamos quatro mundanos mortos ao estilo dele... - ouvi Alec falando com Jace quando estava perto. - Ele está indo para o sul.
- Então vamos! - Jace disse indo em direção à saída mas parou quando ouviu Imogen.
- Pegar um Demônio Maior que vocês invocaram para o Instituto desafiando todo o protocolo e o bom senso? - ela perguntava e eu, mais uma vez, arregalava os olhos.
- O quê? - eu indagava.
- Não coloque a culpa toda em Jace. Eu tive parte nisso também. - Alec falava evitando meu olhar.
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Ficção Adolescente❝Casa, um lugar onde posso ir para tirar o peso dos meus ombros. Alguém me leve para casa.❞ (shadowhunters characters x oc's.) → SEGUNDO LIVRO → SPIN OFF DE SHADOWHUNTERS → LIVRO OFICIAL