13. you are not your own

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não seja leitor fantasma, 
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continuação.

- Onde está Magnus? - eu perguntava, sem nem olhar para Raphael. 

- Melissa, - ele me chamava mais uma vez. - por favor. Vamos conversar. Não é nada disso o que você pen- 

O interrompi e, pela primeira vez, o olhei dentro de seus olhos. 

- Não ouse em falar isso. - eu falava rangendo os dentes. - Você e Isabelle são dois adultos que sabem o que fizeram, e agora eu só consigo sentir nojo de vocês. Nojo e pena.

Virei de costas pra ele e, quando eu estava prestes a abrir a porta, pude sentir que ele estava atrás de mim. 

- Se você realmente acreditasse em mim, você saberia que eu fiz isso pra ajudar sua irmã. - ele rebatia. 

Sem conseguir me conter, me virei de uma vez só e o dei um soco, o empurrando em seguida. 

- Se você quiser viver o resto dessa sua vida imunda, não fale comigo de novo. - eu o avisei, apontando o dedo. - Por favor.

Levei o silêncio de Raphael como consenso e saí do loft, batendo a porta atrás de mim.

Eu estava cansada.

Na verdade, exausta.

E não era uma exaustão física, e sim mental. Todos os dias são os mesmos, todas as vezes é a mesma coisa. Talvez, vendo por um lado mais frio, eu estava entendendo o porquê Valentim surtou.

Eu merecia um tempo só pra mim.

Parei em um parque algumas quadras antes e desliguei meu celular, me privando de qualquer coisa que pudesse me incomodar naquele momento. Se precisassem de mim, me encontrariam.

Passei a noite toda ali, observando crianças com seus pais, pessoas bêbadas e sem tetos rindo por uma besteira qualquer. Vi o sol nascer e, por menor que fosse, aquilo me deu alguma esperança interior.

Fazendo o mesmo repetitivo caminho de sempre, voltei para o Instituto e, antes que eu pudesse fechar a porta direito, ouvi Imogen me chamando.

- Melissa! - sua voz ecoou pela minha cabeça e me virei a ela com o melhor sorriso forçado que eu podia. - Onde você estava?

- Andando por aí. - menti. - Porque?

Ela deu um sorrisinho de lado e acariciou meu ombro.

- Andando? Até agora? - ela perguntava duvidosa, apenas assenti com a cabeça. - Preciso que você ajude Jace e Alexander a procurar um Demônio Maior, Azezal. Depois, precisamos conversar.

Arregalei meus olhos.

- Azezal? - eu repetia, só para ter certeza de que eu não estava ficando doida.

Ela murmurou um 'sim' e me guiou até a Central, onde Jace e Alexander estavam.

- Achamos quatro mundanos mortos ao estilo dele... - ouvi Alec falando com Jace quando estava perto. - Ele está indo para o sul.

- Então vamos! - Jace disse indo em direção à saída mas parou quando ouviu Imogen.

- Pegar um Demônio Maior que vocês invocaram para o Instituto desafiando todo o protocolo e o bom senso? - ela perguntava e eu, mais uma vez, arregalava os olhos.

- O quê? - eu indagava.

- Não coloque a culpa toda em Jace. Eu tive parte nisso também. - Alec falava evitando meu olhar.

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