8. cat

1.4K 139 34
                                    

[ não seja leitor (a) fantasma 
vote e comente!
xoxo ]

- VOCÊ TÁ LINDA! Não me espanto de Max ter te convidado pra ser a sua madrinha... - eu ouvia a voz de Jace por trás de mim. 

Olhei para ele pelo espelho, revirei os olhos e continuei colocando meus brincos. Eu estava com um vestido midi que tinha uma pequena fenda lateral e um salto. Meu cabelo estava com pequenas ondas e eu havia me esforçado um pouco mais na maquiagem.

- Eu soube do teste. - ele disse, por fim, se encostando no batente da porta. - Deve ser difícil essa coisa de ser da realeza do Idris! 

Eu não queria tocar naquele assunto, principalmente com Jace. Agora que eu tinha a confirmação que realmente não éramos irmãos, a ficha tinha começado a cair. 

- Eu tive dois sobrenomes diferentes nesse verão, mais um não faz diferença. - me virei para ele. - Você sumiu o dia todo. Onde você estava? - ele soltou uma longa respiração antes de me responder.

- Lutando. - disse. - Clary estava escutando uns barulhos estranhos e acabamos por descobrir que era o Anjo Azazel falando com ela, acredita? Valentim estava o torturando e, quando conseguimos soltá-lo, ele nos mostrou algo. Depois te mostro também. - ele retomava o fôlego. - Foi um grande dia! 

- Uau, uma grande ação! - eu dizia irônica e ria com sua reação. Olhei as horas no meu relógio na parede e me espantei. - Vamos logo.

- Raphael vai estar lá também? - Jace perguntou, fazendo meu coração se apertar em meu peito.

- Não. - o respondi seca. - Ele tem coisas melhores para fazer e eu tenho uma festa para ir. Vamos?

Ele dava de ombros e me oferecia seu braço como apoio, eu ri e entrelacei o meu braço no dele. Só por hoje eu poderia fingir que estava tudo bem por mim e por Max. O caminho do Instituto para o loft de Magnus, onde que, por um milagre divino, seria o cerimônia, foi de um silêncio eterno.  

Eu não queria privar Jace de saber sobre minha família, mas queria que, quando eu fosse conversar sobre o assunto, eu me sentisse mais confortável. Ainda era tudo muito novo. 

Quando chegamos na porta do loft, antes que eu pudesse abrir a porta, ele me virou para si. 

- Melissa... - ele disse. - Não importa qual nosso sobrenome, nós sempre vamos ser irmãos. A única coisa que me mantém vivo é saber que você ainda continua do meu lado por piores que sejam as circunstâncias. Clary pode ser minha irmã de sangue, sim. Mas é você quem ocupa esse lugar. - ele retomava o fôlego. - Tudo bem?

Eu funguei algumas vezes na tentativa de dissipar as lágrimas que eu sabia que iriam cair. Ele me puxou para um abraço e eu fiquei ali por alguns minutos me acalmando. Ele não falava nada, apenas mexia no meu cabelo. Eu estava em casa. Recuperei minha postura e arrumei meu cabelo. 

- Eu te amo. - ele dizia, me mandando uma piscadela e arrumando o terno em seu corpo. 

- Eu também te amo! - eu ria. - Agora, vamos arrasar nessa festa. 

Entrelaçamos nossos braços novamente e abrimos a porta dupla junta. Em questão de segundos, nossos ouvidos foram cheios de música latina e conversas paralelas. Alguns caçadores já estavam pendurados no bar e uma escultura da runa angelical feita de gelo seco enfeitava o meio da grande sala. 

Home | shadowhunters.Onde histórias criam vida. Descubra agora