Three;

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Não tomei tantos compridos, apenas três com vodka. Fui andando pelos corredores e me apoiando em cada parede até chegar no quarto de Michael e ver o padre que eu havia chamado morto no chão com sua garganta cortada. Como ele consegue ficar tão sereno após uma matança...

- Eu já estou cheia disso, Michael. - Falei me aproximando dele. - Não importa, quem chega perto de você acaba sempre morto, você tem noção disso?

- Me desculpa, vovó... - Falou com uma voz mansa.

- Desculpa, desculpa, desculpa. - Repeti irritada. - Não adianta pedir malditas desculpas, porquê não vai mudar nada, não vai mudar o monstro que você é.

- Eu não queria ser assim, eu juro... - Ele se levantou negando com a cabeça.

- Olha pra você, Michael. Você não vai mudar, isso não é uma fase, é o que você é.

Comecei a gritar com o mesmo que se aproximava de mim e eu o impedia com a mão.

- Eu preciso de ajuda... eu sou só um menino. - Ele inclina sua cabeça para o lado.

- Você. Não. É. Um. Menino. - Falei separadamente e claro segurando em rosto e logo o solto - Eu não não ver você nunca mais, saia desta casa, não me importo pra onde vá, se vai dormir em algum banco no ponto de ônibus, suma daqui

Ele se ajoelhou em me abraçou chorando implorando para que eu não fizesse isso.

- Vai embora, Michael

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- Vai embora, Michael. - Falo alto jogando o casaco no mesmo.

P.o.v. Constance Off

Estava saindo de casa e indo para a casa de Constance. Fiquei 9 dias sem ir por causa do meu resfriado forte. O frio é bom mas ninguém merece morrer por causa dessa mudança de clima trágica. Vou indo a pé mesmo e fico pensando no que deve ter acontecido nesses últimos dias e se Michael estava bem... sendo sincera, ele é o que mais me preocupava e me preocupa. Eu sei que ele precisa de ajuda e estou disposta a ajudar porque sei que ele é um garoto diferente. Ainda não consegui digerir que sua mãe tentou matar ele, o abandono do pai não é algo que me surpreende mas são muitas coisas para processar.

Apesar disso, ele não tem culpa de ser assim por causa desses traumas familiares. Espere, Quem é aquele que está saindo da casa da Constance?

Vejo que o garoto estava com os olhos avermelhados e vi suas lágrimas caírem. Não pode ser... Aqueles cabelos loiros e seus olhos azuis. Sabia que seu crescimento era rápido mas não tão rapido assim, e... por que ele está correndo pra mim?

Senti o impacto do seu abraço sobre mim e retribuir passando a mão em seus cabelos.

- Me desculpa, ____. - Ele se desculpou dizendo meu nome.

- Ei, tá tudo bem. Olha pra mim. - Tentei segurar em seu rosto e ele se nega. - Michael, olha pra mim.

Segurei em seu rosto e o ver chorando me dava vontade de chorar também, mas me segurei.

Segurei em seu rosto e o ver chorando me dava vontade de chorar também, mas me segurei

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- O que aconteceu? - Perguntei mantendo o contato visual.

- Eu não posso mais voltar pra casa. - Ele segurou em minhas mãos que estavam no seu rosto.

Não queria perguntar agora o motivo disso, talvez poderia piorar a situação. Segurei agora em suas mãos e o achei melhor leva-lo pra minha casa, eu não vou deixar ele sozinho nessas ruas.

Nos mantemos calados no caminho até chegar em minha casa. Peguei as chaves e abri a porta e fiz um gesto para ele entrar.

- Pode se sentar ali. - apontei para o sofá e fecho a porta.

Vou até o mesmo e me sento no seu lado.

- Eu sou um monstro. - se virou para mim falando.

- Não, você não é um monstro. - limpei suas lágrimas. - não precisa chorar, eu to com você agora.

Dei um breve sorriso fazendo cafuné em seu cabelo. Acho que ele precisava de afeto agora, não sei se Constance fazia isso com Michael. Ele sorri e assim retribuo novamente.

- Você lembra do que eu falei na última vez que nos vimos? - Ele fica em silêncio. - Eu disse que iria cuidar de você.

Dava pra perceber que Michael só havia crescido fisicamente. Ele parece um garotinho que precisa da atenção dos pais, mas no caso sou que vou dar a atenção.

Era por volta das 16:14 da tarde quando chegamos em casa.

- Você deve está com fome, quer comer algo?

- Sim... obrigado. - o garoto olhava pra suas pernas.

Me levantei até parar por sentir sua mão segurar o meu pulso. Viro para ele e o mesmo fala.

- Você não vai me deixar, não é?

Who is saved? - Michael Langdon Onde histórias criam vida. Descubra agora