Eleven;

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Eu senti meu rosto esquentar e meu coração palpitar como da última vez...

Tentei fechar os olhos e tentar me acalmar. Mas porra, não dava...

Toda vez que ele se aproxima e fica tão perto de mim, sinto que meu coração vai sair pela boca.

Sinto aquelas malditas, malditas borboletas.

Me virei e seu antebraço permaneceu em minha cintura, meu rosto estava próximo do seu e conseguia sentir sua respiração com a minha.

- Você é tão precioso, Michael. - Olhei em seus olhos com minha mão acariciando seu rosto.

- Eu não sou isso que você pensa. - O mesmo tirou suas mãos de mim e a colocou encima da minha mão que estava em sua face.

- Pra mim você é. - Automaticamente minhas bochechas ficaram rubras.

- Por que você confia tanto em mim? - Ele pergunta e dá uma pausa. - Não tem medo de mim?

- Porque você não me machucaria - apertei levemente uma parte de sua face. - Não é?

- Não - Ele fala rapidamente.

Encostei minha testa na sua e fechei os olhos.

Eu espero mesmo que isso seja verdade, Michael, porque...

- Por favor, não me desaponte. - Senti lágrimas querendo descer ainda quando meus olhos estavam fechados.

Eu gosto de você, Michael.

- Ei! - o mesmo desencostou nossas testas e se sentou na cama. - ____.

Abri meus olhos e o olhei, ele estava com os braços abertos, dizendo para eu abraçá-lo.

Me sentei na cama e fui me aproximei dele. Envolvi meus braços no mesmo recebendo o seu abraço forte e apertado.

Normalmente sou eu que o conforto, mas ele me abraçou agora...

Não sei porque essa vontade repentina dessas lágrimas quererem sair. Talvez seja porque eu estou com medo.

Medo desse sentimento me levar, por mais que eu já esteja me apaixonando por ele...

Eu não queria isso, minhas experiências com "amor" nunca foram tão boas, e eu não queria me deixar ir, mas eu não consigo me segurar.

- Você me disse que não gosta de me ver chorar, eu também não gosto de te ver assim. - Sua voz era calma.

Apenas me afaguei mais em seus braços e não queria mais sair do seu abraço.

Não sei ao certo quanto tempo fiquei abraçada com ele, apaguei rapidamente por causa daquele bendito banho de chuva, não me arrependo disso de forma alguma, foi até bom para nós dois.

Dessa vez o meu sono foi bastante pesado, dormi feito uma pedra.

Abro os olhos lentamente e vejo um pouco da claridade da cortina que estava na janela. Eu estava toda embrulhada, parecendo um saco de batata. Me virei para o outro lado da cama e percebo que estava sozinha. Me sentei espreguiçando e passei a mão nos meus cabelos o jogando para trás.

Levantei da cama e pus meus chinelos. Ajeitei a cama rapidamente porque sei que se não arrumar agora, não vou arrumar depois. Saio do quarto e fecho a porta andando pelo corredor.

- Michael? - O chamei em voz alta?

Não obtive nenhuma resposta e fui até a cozinha, o chamei de novo e ele não estava lá.

- Isso não tem graça, Michael...

Voltei para o corredor e abri a porta do outro quarto, merda, onde esse garoto se meteu?

Procurei em todos os cantos dessa casa e nada dele. Porra!

Já estava preocupada, passei agoniantemente a mão em minhas coxas até escutar um barulho na porta, ouvi três batidas e corri para abri-la.

- Droga! Michael? - O olhei assustada e travei um instante em frente a porta

Who is saved? - Michael Langdon Onde histórias criam vida. Descubra agora