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Olhei meu celular e era por volta das 18:47; Nós ainda estávamos na sala e de vez quando eu olhava Michael para ver se ele ainda estava acordado, ele não dormiu em nenhum momento, se fosse eu, na hora que deitasse e se alguém tocasse no meu cabelo, já estaria dormindo.

Escutei os leves barulhos de água se tornaram pingos grotescos, estava chovendo de novo. Não vou negar, gosto bastante desse clima apesar de fazer muito frio.

- Estava pensando... - falei.

O mesmo virá sua cabeça para o lado para me olhar e assim faço o mesmo.

No momento ele estava sentado em cima de sua própria perna e assistindo atentamente.

- Assim - Me ajeitei e sentei de frente nos deixando corpo a corpo. - Você quer banhar na chuva?

- É sério isso? - Ele arfa rindo.

- Ah, qual é! - dei um leve soco em seu braço sorrindo. - Bora.

Me levantei e peguei em suas duas mãos tentando puxar ele.

- Pare de hesitar. - Coloquei minhas mãos na cintura o observando na sua frente em pé.

Ele pegou minhas mãos que estava na cintura e me puxou fazendo me apoiar no sofá deixando meu rosto próximo ao seu.

- Vamos então. - O sorriso sem mostrar esboçou em sua face.

Saio de "cima" do mesmo e peguei o controle da TV em cima do sofá e desliguei.

Meus nervos estavam fazendo um batuque.

Eu gosto de me arriscar, hein? fiquei com um resfriado forte na última vez que peguei uma chuva forte e agora tô querendo sair pra banhar na chuva.

Não vou morrer pra um resfriado(eu acho), então vamos.

Peguei no antebraço do Michael e levei ele até a porta, abri a mesma; senti o vento frio passando por mim fazendo me arrepiar.

- Tem certeza que quer ir? - Ele pergunta

- Você não quer?

Vi o mesmo ficar em silêncio e logo após ele sai ficando comigo no lado de fora e fecha a porta.

Dou um sorriso largo e corri para a calçada, a estrada estava fazia.

Senti a água da chuva passar por todo o meu corpo; passei minhas duas mãos em meu cabelo o levando para trás e me virei para trás vendo Michael que estava fitado em mim.

- Você não vai vir? - Coloquei a mão na minha testa evitando que muita água caia em meus olhos.

Michael veio até a mim andando e logo respirou fundo inclinando sua cabeça para cima, a água caia sobre seu rosto e seus cabelos loiros e levemente ondulado, até cair por toda extensão do seu corpo.

- Michael. - O chamei. - Segura nas minhas mãos. - estendi as mãos para ele

- Por quê? - Ele indaga olhando para os meus palmos e em seguida para seu rosto.

- Vai, pode segurar. - Ele parecia meio receoso

- Vamos andar por aí por alguns minutos, antes que a gente pegue uma gripe, que acho muito provável de acontecer - Rio apertando suas mãos.

- Andar por aí sem rumo?

- Só eu e você.

Soltei uma de suas mãos e o puxei, começamos a correr em cima da calçada e sentimos a correnteza da água nos nossos pés.

Parece que me senti revivi novamente, está ali com ele era uma sensação boa e diferente.

Isso parece tão clichê; correr por aí de noite com outra pessoa de mãos dadas. Confesso que sempre queria fazer isso, era um sonho bobo que queria realizar e agora estou aqui, e com o Michael...

Ficamos poucos minutos por aí e voltamos em frente a minha casa, mas antes que pudéssemos chegar até a porta e entar, ouvi a voz masculina me chamar.

- ____... - Ele falava ofegante após essa nossa corrida

Me virei para o loiro e ele estava parado em minha frente. Fiquei sem entender porque ele não havia falado ainda.

Na hora que abri a minha boca para falar algo, ele me envolveu seus braços em minha cintura e me deu um abraço. Retribuo e um sorriso se encontra em meu rosto.

- Michael, vamos entrar... - falei me afastando um pouco mas ainda no seu abraço.

Nos soltamos e abri a porta adentrando na casa.

- Espera bem aqui, vou pegar uma toalha.

Nós dois estávamos encharcados e fui até o meu quarto pegar duas toalhas limpas. Voltei correndo para a sala e envolvi a toalha nele.

- Vá se trocar logo. - falei com minhas mãos em seu ombro e logo em seguida passei em seus cabelos molhados que estavam sobre a testa.

- Depois vamos fazer isso de novo. - Ele falou calmamente.

- Com certeza.

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Após nos trocarmos e vestir uma roupa mais adequada para o frio, fui fazer um chocolate quente para tomamos.

(...)

Já estava tarde da noite e o sono veio mais rápido que o normal. Michael estava se arrumando sua cama.

Eu estava com a cabeça encostada na porta de braços cruzados e dando um pequeno sorriso com os lábios fechados o olhando.

- Você vai ficar aqui hoje? - Ele se senta na cama perguntando.

Bom... acho que não teria nenhum problema.

- Vou sim. - entrei no quarto e fechei a porta.

Vou até a cama a me sentei ajeitando a coberta quente em nós dois. O frio estava de matar hoje.

Me deitei do lado oposto do mesmo e desliguei o abajur em cima do criado-mudo.

Fechei os olhos lentamentes e ouvi a sua voz quebrar o silêncio.

- Eu posso? - Ele perguntou.

- Pode o que? - o olhei por cima do meu ombro ainda deitada.

- Fazer isso.

O mesmo aproxima seu corpo do meu e passou sua mão por cima da minha cintura me abraçando.

Virei a cabeça para o travesseiro e segurei seu antebraço que estava envolvido em mim.

Eu senti meu rosto esquentar e meu coração palpitar como da última vez...

Who is saved? - Michael Langdon Onde histórias criam vida. Descubra agora