Pesadelo narrando
- Fica calmo amor. - Pat senta no meu colo e começa a rebolar.
A Alana conseguiu acabar com toda a minha paciência. Quem aquela garota pensa que é para me enfrentar na frente de todos.
Já faz um tempo que ela saiu da festa e não consigo parar de pensar nela, por isso fiquei aqui bebendo e conversando com o Gl.
- Vamos para o quarto amor. - Pat sussurra no meu ouvido e empurro ela.
- Eu estou ocupado, mais tarde a gente se encontra. - levanto da cadeira e saio da festa.
Pego a minha moto e vou direto para a casa da Alana. Chego na casa e como o portão está aberto, entro direto.
- Ele me humilhou na frente de todos tia. - escuto Alana falar com sua tia, por isso resolvo esperar escondido. - o que eu fiz de tão ruim para merecer isso ?
- Isso vai passar minha filha. - as duas se abraçam.
- Lembra de como eu sonhava com o meu casamento ? De como eu admirava o amor e a vida a dois tia ? - ela faz uma pausa. - agora tudo está morto, eu só consigo sentir ódio, é como se minha vida tivesse acabado.
- Eu não vou te julgar, tudo que você está passando é desumano. Mas não culpe o amor, o que esse idiota sente por você não é amor. - faz uma pausa. - tudo um dia acaba e quando essa fase acabar, não se prive de viver uma vida feliz com alguém. - as duas choram.
Não sei o que está me dando, mas ver a Alana chorar mexeu com o meu coração, por isso saio da casa e volto para a festa.
Alana narrando
Depois de conversar com a minha tia, passamos o resto do dia juntas.
Acordo no dia seguinte, tomo um banho, visto uma roupa simples e começo a estudar, por mais difícil que seja eu preciso focar nos meus estudos. Meu telefone começa a tocar.
Ligação On
- Alô ?
- Estou aqui fora. - pela voz já sei que é o Pesadelo.
- Estou estudando, não posso sair.
- Coloca uma roupa maneira e vem logo. Não me faça entrar para te buscar.
Termino de trocar de roupa, pego minha bolsa, deixo o recado na geladeira para minha tia e saio de casa.
- Demorou em ?! - Pesadelo fala entrando no carro.
Entro no carro e nem me dou o trabalho de responder.
- Não vai perguntar para onde vamos ? - pergunta enquanto dirige.
- Para que ? Aposto que vamos a algum quartinho e você vai me violentar novamente. - falo com indiferença.
Depois de alguns minutos chegamos no topo do morro, mas não era qualquer lugar, era um lugar bem escondido e afastado das pessoas.
- Você vai me matar ? - pergunto já que não tem ninguém por perto.
- Se eu quisesse te matar, te mataria na sua casa mesmo, não teria o trabalho se vir até aqui.
Depois de mais um tempo de caminhada chegamos em um restaurantezinho longe de tudo e todos.
- Nunca ouvi falar desse lugar. - falo observando tudo enquanto entramos.
- E nem vai, só gente autorizada pode vir aqui.
Sentamos, fizemos nossos pedidos e pela primeira vez percebo que o Pesadelo não tem nada para falar, por isso resolvo olhar a paisagem.
- Você está bem ? - ele fala se referindo ao roxo que está no meu rosto, por causa do tapa na festa de ontem.
- A dor física não é nada se comparada a emocional. - falo.
- Se você entendesse o seu lugar nada disso teria acontecido.
- Você está falando que a culpa é minha ? - pergunto com raiva.
- Você não se comporta como minha mulher. Tem várias meninas que querem estar no seu lugar.
- Escolha uma delas e me deixe em paz então. - falo olhando nos seus olhos com nojo.
- Você realmente não sente nada por mim ?
- Seria estranho amar o homem que fez do último ano da minha vida um inferno.
Nossa comida chega, para a minha felicidade ele não disse mais nada. Depois de comer, fomos embora caminhando até o carro.
- O que é isso ? - ele pega meu pulso e vê os cortes que fiz ontem.
- Não é nada. - puxo meu pulso de volta e saio andando.
- Você está se cortando ? - corre atrás de mim e me puxa pelo braço.
- Isso não te interessa. - tento me soltar, mas ele é mais forte.
- Alana escuta bem o que eu vou te dizer. - olha nos meus olhos. - se você continuar com isso, juro que...
- VOCÊ VAI ME ESTRUPAR ? BATER ? MATAR ? - pergunto gritando e desabo a chorar.
Ele me abraça e choro ainda mais no seu peito.
- Eu não aguento mais Pesadelo. - sussurro.
- Alana você me odeia tanto assim ?
- Eu só quero minha vida de volta. - choro mais ainda.
- Eu sinto...
- Não precisa terminar de falar, eu já sei que você não vai me deixar ir e que se me ver com outro homem me mata. - me afasto, seco as lágrimas e continuo caminhando.
- Alana...
- Me deixa quieta por favor, só por alguns minutos pelo menos. - peço e ele pela primeira vez obedece.
Voltamos para o carro sem dizer sequer uma palavras e agradeci mentalmente a Deus por isso. Eu estou tão cansada dessa situação, se ainda não me matei foi pela minha tia, ela seria a pessoa mais atingida.
- Chegamos. - ele para na casa onde me trás quando quer transar. Olho para ele decepcionada. - o que foi ?
- Nada, vamos acabar logo com isso. - desço do carro.
Entro na casa, vou para o quarto, tiro minha roupa, deito na cama e fico esperando ele, que não demora muito chega, tira sua roupa e se joga em cima de mim. Por mais que eu tente, não consigo segurar as lágrimas, se antes eu tinha um pouco de dignidade, ela não existe mais.
- Ah gostosa... - ele estoca firmemente na minha vagina.
A dor física é absurda, mas a cada estocada é como se meu coração se partisse em pedaços. Por que eu tive que me entregar naquele baile para ele ?
Ele goza, sai de dentro de mim e vai para o banheiro. Levanto, visto minha roupa e saio dali sozinha mesmo.
No caminho sinto meu corpo bem fraco, mas consigo chegar em casa, onde me deparo com minha tia vendo televisão.
- Olá querida. - respondo com um sorriso.
Eu tento dar apenas mais um passo, mas de repente tudo fica escuro.
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A obsessão do traficante
RomanceA história será um romance dark : Alana é uma menina de 18 anos que acabou de terminar seu ensino médio. Moradora do morro do Alemão, Alana vive uma vida com bastante dificuldades, quando tinha apenas 5 viu seu pai ser morto pelas drogas, aos 10 ano...