Alana narrando
- Eu vou. - falo depois de um longo suspiro.
- Você vai ? - pergunta sem acreditar na minha resposta.
- Sim ! - falo com firmeza. - não vou me contentar em viver o resto da minha vida sendo escrava sexual de um louco. Eu tenho que sair daqui por mim e pela minha filha. - coloco a mão na barriga.
- Você está certa. Vou passar sua resposta para eles. -
- O que você está fazendo aqui Alana ? Quero você do meu lado. - Pesadelo fala interrompendo nossa conversa.
- Eu quero ficar aqui com minha amiga. - falo em protesto e ele me fuzila com o olhar.
Mariana me dá um abraço e sussura :
- Se você quer sair daqui, faça tudo que ele quer. Para o plano dá certo você precisa ter um pouco de liberdade. - se afasta e sorrio em resposta.
Por causa da música alta o Pesadelo não ouviu o que Mariana disse. Ela está certa, eu preciso aguentar apenas mais alguns dias.
- Você está certo Pesadelo. - pego em sua mão. - tchau Mari.
Volto para o centro do camarote ao lado do Pesadelo. Ele fica bebendo e conversando com seus parceiros e percebo que as mulheres que estão acompanhando seus aliados estão sentadas em seus colos. Por isso, respiro fundo, tomo coragem e sento em seu colo.
- O que está fazendo ? - ele sussurra no meu ouvido.
Eu preciso entrar no jogo. Não posso recuar. Tenho que fazer ele pensar que estou feliz ao seu lado.
- Você não gostou ? Quer que eu levante ? - falo manhosa.
- Não ! Aí está perfeito, só não sei por quanto tempo mais irei aguentar. - sinto sua ereção.
É por um bem maior Alana.
- Você não precisa aguentar. - sussuro em seu ouvido e mordo o lóbulo da sua orelha.
- Alana o que deu em você ? - sorrio. - vamos embora daqui. - ele levanta rapidamente e me coloca em seu frente. - você vai ter que esconder isso. - esfrega sua ereção na minha bunda e sorrio fingindo estar gostando da situação.
Ele se despede do pessoal e saímos do baile.
- O que aconteceu com você ? Pensei que estivesse com raiva ?
- Você não tem culpa Pesadelo. - sorrio. - minha tia foi embora porque quis. Agora eu vou viver minha vida junto do meu namorado e da minha filha.
Ele não fala mais nada e continua dirigindo. Assim que chegamos em casa, ele me leva para o quarto e transamos lá mesmo.
Acordo no dia seguinte e percebo que ele já saiu, por isso tomo banho, coloco uma roupa simples, desço para tomar café da manhã e percebo que o Pesadelo ainda não saiu de casa.
- Bom dia. - forço um sorriso.
- Bom dia. - continua comendo.
- Posso chamar a Mariana para vir aqui ? - pergunto.
- Pode. - curto e grosso.
- Obrigada. - dou um beijo nele.
Eu preciso falar com a Mariana para saber se ela já sabe qual o próximo passo.
- Fico feliz que você finalmente tenha entendido que é minha. - ele levanta. - até mais tarde. - sorrio.
Eu sinto ânsia de vômito toda vez que meu corpo entra em contato com o dele. Mas o que eu posso fazer ? O bom é que ao que parece ele está acreditando.
Passo a manhã inteira vendo séries na Netflix.
- ALANA. - Mariana entra gritando.
- Mari. - vou até ela e a abraço.
- Então amiga, você fez o que eu te disse ontem ? - concordo. - agora entendi porque o Pesadelo está de bom humor.
- Você encontrou com ele ?
- Não, o Guilherme foi quem o encontrou. Ele acabou comentando comigo quando me disse para vim visitar você.
- Eu juro que não aguento mais ter que fingir que gosto dele, mas é por uma boa causa. - sentamos no sofá. - agora fala Mari. Você falou com eles ? Qual é o próximo passo ?
- Calma menina. Desse jeito você vai fazer mal para sua filha. - ela respira fundo. - você tem passaporte ? - nego. - então precisamos fazer um para você.
- Acho que não vai ficar pronta a tempo.
- Se isso acontecer, você vai encontrar sua tia em outro estado e depois de pegar o passaporte vocês encontram com o Lorenzo.
- Entendi. Mas o que vamos fazer para o Pesadelo não ir atrás de mim ?
- Nós vamos enganá-lo.
- Como ?
- No dia da fulga, ele vai achar que saímos para comprar as coisas da bebê, vamos nos aproveitar disso e falar que você sofreu um acidente e acabou morrendo.
- Isso não é muito radical ?
- Enquanto ele souber que você está viva, você não vai viver em paz. - concordo. - agora vamos comer alguma coisa, porque estou morrendo de fome.
Durante o almoço combinamos de tirar o passaporte amanhã. Eu tenho apenas que inventar uma desculpa para o Pesadelo.
Passamos a tarde inteira juntas, Mariana foi embora já era noite.
- Pensando em que ? - Pesadelo pergunta assim que chega em casa.
- Na minha amizade com a Mari. Ela com certeza ser a madrinha da nossa filha.
- E o Gl o padrinho. - ele vem até mim e me abraça.
- Preciso comprar algumas coisas para mim e nossa filha, posso ir amanhã no shopping.
- Se fosse em outro momento, eu não deixaria. Mas ao que parece você finalmente entendeu que seu lugar é ao meu lado, por isso pode ir. Mas não esqueça de ir junto da Mariana, não quero você andando sozinha.
- Ok.
Dito isso ele começa a me beijar e já sei o que ele quer.
Dia seguinte
Já está na hora de ir para o shopping, por isso tomo um banho, arrumo o cabelo e visto uma roupa.
Encontro com a Mari na entrada do morro e de lá vamos direto tirar o passaporte.
Depois de terminar de fazer tido para o passaporte, resolvemos ir para o shopping, afinal temos que comprar algumas coisas para disfarçar.
- Essa é tão linda. - Mari fala olhando para um vestidinho vermelho. - eu vou comprar.
- Não. Se você comprar agora, vou ter que deixar o vestido na casa do Pesadelo. Você pode comprar no dia em que eu for fugir.
- Você está certa. - sorri. - vamos comer.
Comemos um Mc na praça de alimentação, compramos algumas roupinhas e fomos direto para o morro, afinal, não queremos que o Pesadelo suspeite de nada.
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A obsessão do traficante
RomanceA história será um romance dark : Alana é uma menina de 18 anos que acabou de terminar seu ensino médio. Moradora do morro do Alemão, Alana vive uma vida com bastante dificuldades, quando tinha apenas 5 viu seu pai ser morto pelas drogas, aos 10 ano...