00 - Prólogo

163 18 3
                                        

"'De fato, se vocês perdoarem aos homens os males que eles fizeram, o Pai de vocês que está no céu também perdoará a vocês' - é o que diz o Senhor, em Mateus 6, 14.

Desde pequenos, somos ensinados sobre a importância de perdoar. Aprendemos com nossos pais, na igreja e até mesmo na escola que, apesar de todas as mágoas e ressentimentos, devemos praticar o perdão. Nos ensinam que perdoar é uma ação libertadora, que nos livra do rancor, raiva e vingança.

Somos ensinados que a vingança pertence a Deus, que devemos amar ao próximo e perdoá-lo. Devemos perdoar, mesmo que a injustiça sofrida tenha sido grande, para ficarmos em paz, com nós mesmos e com o próximo.

Disse Jesus a Pedro, em Mt. 18, 21-23 - 'Não lhe digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.'

É preciso perdoar, para nos libertarmos da amargura que nos aprisiona.

O poder do perdão é imenso. É como uma sentença de liberdade para quem vive atormentado pelos acontecimentos passados. Perdoar é compreender que tais acontecimentos ficaram no passado, aprender com tudo que aconteceu e se libertar do peso da mágoa.

Guardar rancor é como uma pedra, presa aos nossos calcanhares, que sempre nos arrasta para o fundo. Para a escuridão. Ódio, rancor e sede de vingança são sentimentos ruins, que nos afastam de Deus.

Na bíblia, aprendemos a necessidade e importância de perdoar. Aprendemos que, se perdoamos, somos perdoados. Que o perdão nos traz libertação e não tem limites - devemos perdoar sempre que necessário.

Quando guardamos rancor, criamos muros difíceis de derrubar, nos isolando dos outros. Não devemos nos vingar ou guardar ira, devemos amar. Devemos perdoar.

Perdoar não é fácil. Não é tão simples livrar-se do desejo de vingança, que corrói cada parte do seu ser.

Perdoar, diferentemente do que pode parecer à primeira vista, não é esquecer. O perdão faz parte de um processo que, muitas vezes, é doloroso, mas extremamente necessário para a nossa libertação. É como mexer em uma ferida. Resistimos em mexer nela, em abrir e passar o remédio necessário. Mas é dessa forma que ela irá cicatrizar a não doer mais.

Expor o ferimento da alma e tratá-lo, não é um ato confortável, mas crucial para que possamos alcançar a cura.

O perdão de coração aos nossos irmãos nos aproxima das lições de Jesus e dos caminhos que Deus nos reservou. É algo que nos torna pessoas melhores não só para nós mesmos, mas para todos os que estão à nossa volta...

Lembrai-vos: 'Quando vocês estiverem orando, perdoem tudo o que tiverem contra alguém, para que o Pai de vocês que está no céu também perdoe os pecados de vocês.' - Marcos 11, 25."

– Pe. Matthew Hyde.

PROFANO | PausadaOnde histórias criam vida. Descubra agora