BBFY - 2 Nada será como antes. ↬ sᴘʀᴏᴜsᴇʜᴀʀᴛ

4.5 Preciso de você

Cole

Quando enfim chego ao aeroporto, ja passa das 23:00, e estou eufórico.

O próximo voo para os EUA é daqui a 20 minutos. Então suponho que estou adiantado.

O meu subconsciente me lembra a cada 5 minutos que a dois dias atrás Lil estava aqui no meu lugar, só que la em Las Vegas.

Isso me deixa estressado. Apesar de não concordar em ir atrás de Lili, eu ainda quero vê-la novamente. Acho que nosso vínculo jamais será quebrado.

Eu não tenho forças para viver longe dela e de Anna, e ela sabe disso, mas também sei o quanto ela sofreu com todas as merdas em que aconteceram nos últimos anos.

E por causa de mim, e de todas as minhas escolhas erradas.

Porra, isso me faz sentir vontade de voltar para o meu carro e ir para casa. Odeio ser o mal de Lili.

Quando chego perto do portão de embarque, observo as lojas de comida que tem por perto para ver se encontro ela. Lil tem deixado um pouco de lado a ambição de ser tão saudável, então supondo que esteja afogando as mágoas em doces.

Sem sucesso, me aproximo da pequena fila que tem próximo ao portão, e me sento nos bancos de espera.

Bem, só me resta esperar.

Ligo algumas vezes para Lili, mas ela não me atende. É óbvio que não vai me atender, eu devo ser a última pessoa na qual ela quer ver no momento.

Eu tenho medo de que ela tenha decidido de vez que a nossa história chegou ao fim. Mesmo que já tenhamos tido muitos conflitos ao longo desses anos, ainda sim tenho medo de que ela se canse.

Apesar de que o último ponto na nossa história, quem deu foi eu.

– Cole... – A voz de Lili me acorda de meus pensamentos, e me levanto rapidamente.

– Oi... – Digo, sem forças. – Oi, Lili.

– Você tem 15 minutos para me dizer o que preparou, para que eu possa te mandar embora e a gente coloque de vez um fim nisso.

– Na verdade... Eu não preparei nada. – Confesso, e ela desvia seu olhar.

– É claro que não preparou. – Ela diz, suspirando.

– Olha, Lili se quer saber, eu nem sei o que vim fazer aqui. – Digo em um tom grosseiro, e ela me encara. – Eu ja havia dito que a nossa história tinha chegado ao fim.

– É, você disse. – Ela concorda, e suspiro.

– E eu sei que você está magoada, mas sabe Reinhart, eu também estou. Eu também fui profundamente atingido com suas palavras e atitudes, eu também sofri com tudo o que aconteceu e o choro que você chorou, foi o mesmo
que eu chorei, ou até pior.

Ela me encara surpresa. Sei que não estou sendo objetivo, mas quero prender sua atenção para que ela me ouça.

– Eu cansei de você, do seu egoísmo e da sua teimosia. Eu decidi que nós ja estávamos saturados e que o certo era me afastar de você e seguir a minha vida.

– Eu ja sei de tudo isso, Cole. – Ela diz, suspirando. – Se não veio aqui me convencer de que devemos dar mais uma chance a nós, então não temos mais nada para falar.

– Nós temos sim, Lili. – Digo, me aproximando dela. – E você vai me ouvir até o fim.

Ela me encara e suspira, suspira e suspira.

– Então, fala.

– Eu realmente deveria te deixar ir, resolver a questão da guarda da Anna na justiça e nunca mais falar com você de novo. Deveria seguir em frente, achar outra mulher e me casar com ela.

Vejo que minhas palavras mentirosas atingem Lili, pois sua expressão muda. Boba, mal sabe ela que jamais me veria com outra mulher novamente.

– Mas quer saber, Reinhart?! – Retomo, me aproximando ainda mais dela. – Eu não irei fazer isso, não irei te deixar ir assim.

– E por que não, Cole? – Ela pergunta, me olhando nos olhos.

– Porque eu não quero te perder agora, Lili. – Confesso, e ela suaviza sua expressão. – Eu não posso te perder agora.

– Cole...

– E se possível, eu não quero perder você nunca, nós sabemos o quão difícil foi chegar até aqui e seria loucura jogar a nossa loucura fora.

– Você realmente acha que somos loucura. – Ela diz com um sorriso fraco, e eu concordo.

– Eu te amo, e quero mais uma chance porque eu sei que mereço ter você, sei que merecemos mais do que tudo ser felizes e isso não irá acontecer se eu não tiver você. Eu preciso de você.

– Eu sei... – Ela enfim deixa suas lágrimas caírem. – Eu preciso de você também.

– Mas eu quero que me prometa, Lili. Me prometa que jamais continuará comigo por causa de Anna, a sua infelicidade seria a pior coisa do mundo para mim, ainda mais se ela for ocasionada pela a minha pessoa.

– Eu te amo, Cole. Mesmo que esteja infeliz, ainda preciso de você.

– Não. Eu não quero a sua dependência emocional, se você não me disser que vai recuperar sua independência novamente, então eu vou embora e acabamos por aqui.

– Eu preciso tentar, Cole. Não quero te prometer algo que eu não tenha certeza de que posso cumprir.

– Nós vamos ajustar tudo isso com o tempo, juntos. – Digo, chegando perto de seu pequeno corpo. – E ai, minha pequena. Sem mais mentiras?

– Sem mais mentiras. – Ela diz, agarrando seu dedo mindinho ao meu.

No mesmo momento, ela se joga em meus braços e enfim nos beijamos, apaixonadamente. As pessoas a nossa volta aplaudem, e me sinto em paz.

– Podemos deixar tudo isso para trás e nos concentrar em nosso futuro? – Ela pede, sem se soltar de mim.

– É tudo o que eu mais quero. – Digo, e ela me beija novamente.

O portão de embarque enfim se abre, e Lili o encara seriamente. A tensão das pessoas a nossa volta é tão profunda quanto a nossa, e respiro fundo.

Mas como minha Lil. ela apenas olha para ele e mostra o dedo do meio.

– Eu te amo tanto, minha pequena. – Digo apaixonado por minha mulher, e ela sorri.

Com uma pequena mas brilhosa luz de esperança, caminhamos até o meu carro, e vamos felizes para a minha casa. Talvez, enfim podemos ser felizes.

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Me odeiem, mas eu ainda estou viva e ainda amo um clichê então me aturem.

Gente, o que foi isso? Meses sem atualizar e eu volto do nada? Quem eu penso que eu sou?