4.3 Não acredito no que vejo

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Lili

— Eu não acredito que você me fez sair daquela cama quentinha e confortável para me trazer em um baile de gala, Bárbara. — Digo para a minha amiga, que da risada.

— Deixa disso garota! — Ela responde.

— Ainda com um vestido que me pinica até a bunda. — Digo tentando me soltar um pouco do pano apertado.

— Lili, que coisa! Você nunca foi assim, sempre amou uma festa. — Bárbara diz, e reviro os olhos.

— Mas não uma festa tão formal. — Respondo enquanto coço minhas auxilias, que pinicam diante do pano.

— Como você é sistemática!

— Eu me sinto no colegial novamente. — Reclamo, e Bárbara ri de uma forma divertida.

— Vê se relaxa, ta legal? — Ela solta um pouco do vestido pelas minhas costas, e enfim relaxo. — Prometo que iremos nos divertir muito hoje.

Dou um sorriso a minha amiga, e ela retribui com o mesmo gesto. Sei que só está tentando me ajudar esquecer um pouco esse momento difícil.

— Chegamos!! — Dylan diz do banco do motorista, e percebo que por minutos esqueci que ele estava lá.

— Uhul! — Bárbara comemora enquanto Dylan abre a porta do carro pra ela.

Que fofo!

O relógio marca exatas 19:30 quando descemos do veículo, e Dylan pega na mão de Bárbara.

Assim que ele entrega as chaves ao manobrista, Bárbara gruda em mim e nossos braços se engancham.

O lugar é grande e muito iluminado, quase me lembra Las Vegas. Tem muitos carros que entram e saem do estacionamento, e vejo dezenas de pessoas caminhando até a entrada.

Quando entramos, o lugar revela uma enorme e exaustiva fila, e fico pensando em como essas pessoas podem esperar tanto só para um mísero baile.

Enganchada em bárbara, caminhamos até o segurança que, depois de se certificar que Dylan é realmente Dylan, nos deixa passar direto.

Passamos por uma sala de paredes bordo, juntamente de leds vermelhos, e isso me lembra o clube. Meu clube.

— Lil, você ja visitou o Bellagio, em Vegas? — Dylan me pergunta, fazendo com que paremos diante a uma enorme cortina vermelha.

— Sim. — Respondo, me lembrando da primeira vez que sai com Cole. — Cole me levou la uma vez, e me contou que era sócio e..

No mesmo momento, tudo faz sentido. Estamos em uma das filiais de cassinos da família Sprouse.

— Este aqui é o Spielothek, uma das casas de sorte nas quais a família Sprouse tem associação a anos.

— Meu Deus! — Digo quando atravessamos a cortina. — Que lugar incrível!

— É muito empolgante, né!? — Bárbara bate leves palminhas. — Eu amo esse lugar, e fui eu que sugeri a ideia de fazermos um evento com tema de gala.

Quando meus olhos rolam pelo lugar, posso ver centenas de rostos desconhecidos, todos vestidos como tal para a ocasião. A música é em inglês, mas a conversa é toda em alemã.

— Esse lugar é incrivel! — Digo quando descemos a pequena escada de 3 degraus.

Enquanto caminhamos para dentro da festa em si, noto muitos olhares predadores em cima de mim, e isso me lembra uma certa época.

Faz tanto tempo que não sinto isso, havia me esquecido de como é desafiador sentir-se desejada.

— Eu vou jogar. — Dylan avisa bárbara, e me surpreendo. — Qualquer coisa manda me chamar.

BBFY - 2 Nada será como antes. ↬ sᴘʀᴏᴜsᴇʜᴀʀᴛOnde histórias criam vida. Descubra agora